nÃo hà / O MinistÃrio de EducaÃÃo - MEC incluiu, em 2005, a responsabilidade social (RS)
das instituiÃÃes de ensino superior â IES, como item de avaliaÃÃo. Trata-se de um
conceito sinonÃmico, que se define por esta expressÃo e diversos outros termos
correlatos. Em termos objetivos, foram analisados os discursos em torno dos
projetos de responsabilidade social das IES, no que se refere Ãs formas de
apropriaÃÃo e interpretaÃÃo das determinaÃÃes do MEC para este fim. Segundo o
MEC (2010) os projetos de responsabilidade social devem discutir/intervir na:
promoÃÃo da equidade social, na preservaÃÃo do meio ambiente e numa sÃrie de
outras temÃticas. A pesquisa a foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas,
observaÃÃo direta e anÃlise documental, perfazendo 12 instituiÃÃes de ensino
superior privadas. Foram pontuados quatro lugares de fala: das coordenaÃÃes, das
direÃÃes, do material publicitÃrio e dos projetos sociais formalizados. Uma
caracterÃstica comum aos projetos e aÃÃes sociais privadas das propostas
interventivas que foram pesquisadas, Ã que a necessidade objetiva de desenvolver
os projetos sociais, nÃo pode ser entendida como uma escolha de participaÃÃo
polÃtica, de transformaÃÃo das questÃes sociais que nos afligem, Ã uma atitude
necessÃria, como prÃtica profissional, o mercado impÃe e o MEC regulamenta.
Portanto, Ã uma determinaÃÃo que exige um cumprimento das regras e as IES nÃo
tÃm o menor constrangimento de assumir que, enquanto cumprem determinaÃÃes
legais ou prÃticas laborais, desenvolvem projetos sociais e nÃo ao contrÃrio. Nessa
relaÃÃo entre os atores que se constituem como interventores e beneficiados, se
desenvolve uma solidariedade verticalizada e contrassensual (ZALUAR, 2001), em
que os discursos de libertaÃÃo sÃo ao mesmo tempo de discriminaÃÃo (MARTINS,
2008). A estigmatizaÃÃo, no sentido de Goffman (1982), dà o tom das escolhas e da
percepÃÃo do outro nessas propostas de ajustamento social por meio de aÃÃes
solidÃrias, apesar das boas prÃticas e do comprometimento dos sujeitos envolvidos
nos projetos. Nesse sentido, os projetos e aÃÃes sociais se caracterizam por sua
âfunÃÃo de redentoresâ quando as IES tomam para si o papel de salvar o mundo,
mas nÃo reconhecem as singularidades e potencialidades das comunidades em que
atuam, desse modo, colocam os indivÃduos numa condiÃÃo de nÃo aceitaÃÃo social
plena, de inabilitado ou de carente. / The Ministry of Education - MEC included, in 2005, the social responsibility (SR) of
higher education institutions - HEI, as an appraisal item. It is a synonymic concept,
which is defined by this expression and several other related terms. In objective
terms, the discourse about social responsibility projects of HEIs were analyzed, in
relation to forms of appropriation and interpretation of the MEC determinations for
this purpose. According to the MEC (2011) the social responsibility projects should
discuss / act on: promoting social equity, preservation of the environment and a
range of other issues. The survey was conducted from semi-structured interviews,
direct observation and document analysis, comprising 12 private higher education
institutions. Four places speech were scored: coordinations, the directions,
advertising material and social projects formalized. A common feature of social
projects and actions of private interventional proposals that were surveyed is that the
objective necessity to develop social projects can not be understood as a choice of
political participation, transformation of the social issues that plague us; it is an
attitude required, as a profession, the market requires and regulates MEC. Therefore,
it is a determination that requires compliance with the rules and HEIs do not have the
slightest embarrassment to assume that while they comply with legal requirements or
labor practices, they develop social projects and not otherwise. In this relationship
between the actors formed as intervenors and benefited develops a vertical and
contrasensual solidarity (ZALUAR, 2001), in which the discourses of liberation
happen concomitantly with discrimination (Martins, 2008). Stigmatization, to Goffman
(1982), sets the tone of the choices and the perception of the other proposals in
these social adjustment through solidarity actions, despite the good practices and the
commitment of those involved in the projects. In this matter, social projects and
actions are characterized by their "redemptive function" when HEIs take upon
themselves the role of saving the world, but do not recognize the uniqueness and
potential of the communities in which they operate, thereby, placing individuals in the
condition that the society does not accept them fully, the disqualified or needy
conditions.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:7504 |
Date | 06 September 2013 |
Creators | Ana Claudia Vieira Silva |
Contributors | Danyelle Nilin GonÃalves, Maria Helena de Paula Frota, Antonia Rozimar Machado e Rocha, Antonio George Lopes Paulino |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Sociologia, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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