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Úlceras de estase crônicas: aspectos clínicos e perfil bacteriológico

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Previous issue date: 2007 / A fisiopatologia das úlceras de estase crônicas dos membros inferiores é multifatorial, sendo
a insuficiência venosa crônica descrita como a principal responsável. Ocorre,
principalmente, no gênero feminino e, freqüentemente, o acometimento inicial é observado
no curso da 6ª ou 7ª década de vida. As úlceras de estase crônicas dos membros inferiores
são a 14ª causa de licenciamento temporário e a 32ª causa de afastamento definitivo das
atividades laborativas, constituindo um grave problema de saúde pública com grande
impacto sócio-econômico. O conhecimento da associação da insuficiência venosa crônica e
da doença linfática com a formação e evolução das úlceras de estase crônicas dos
membros inferiores é relevante para se estabelecer parâmetros de orientação à investigação
diagnóstica e terapêutica. Setenta e três pacientes portadores de úlceras clinicamente
diagnosticadas como de estase crônica vascular foram incluídos para estudo prospectivo. A
amostra constou de pacientes avaliados por um único investigador proveniente da demanda
espontânea nos ambulatórios de Cirurgia Vascular e Angiologia do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Pernambuco (53 pacientes) e da Santa Casa de Misericórdia de
Santo Amaro (20 pacientes) em Recife-PE no período de abril de 2005 a maio de 2006. Não
houve restrições com relação à faixa etária, raça ou gênero. Foram excluídos pacientes com
doenças associadas, distúrbios imunológicos e em uso de antibiótico. Após anamnese, as
úlceras foram limpas com solução salina a 0,9% e foi colhido material para cultura. Por meio
de Sonar Doppler e Ultrassonografia Doppler, foi avaliado o estado circulatório dos membros
inferiores. Os dados foram analisados através da aplicação do programa SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences). Observou-se que, na amostra, 58,9 dos pacientes
apresentaram insuficiência do sistema venoso profundo, 80,8% apresentaram insuficiência
dos sistemas venosos das safenas magna, parva ou ambos e 96% apresentaram
insuficiência de perfurantes. Ocorreu associação significativa entre doença linfática com
pacientes de idade avançada (p= 0,027) e com o tempo de evolução das úlceras de estase
crônicas dos membros inferiores (p= 0,003). Houve associação significante entre
antecedentes de tratamento cirúrgico e com pacientes de idade avançada (p= 0,002) e não
ocorreu a mesma associação entre com o tempo de evolução das úlceras de estase
crônicas dos membros inferiores. Foi constatada associação significante entre a
insuficiência venosa profunda e o tempo de evolução da doença (p=0,009), não havendo
associação com a idade dos pacientes. Não foi encontrada associação entre doença
linfática, úlceras de estase crônicas dos membros inferiores e espécies de bactérias
isoladas. A insuficiência venosa crônica está associada à gênese e a doença linfática à
cronicidade das úlceras de estase crônicas dos membros inferiores

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3118
Date January 2007
CreatorsEnedino da Silva Júnior, Orlando
ContributorsLamartine de Andrade Aguiar, José
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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