INTRODUCTION: The ulcers of the lower limbs are cited as the main cutaneous manifestation of sickle-cell anemia. Infection of sickle-cell leg ulcers is often considered inevitable, but its role in the emergence and perpetuation of the injury remains controversial. This study aims to characterize the microbiota of leg ulcers in patients with sickle-cell anemia and compare it to the microbiota of ulcers of other etiologies. METHODS: This was a descriptive cross-sectional study, consisting of two groups (patients with sickle-cell leg ulcers and patients with ulcers of other etiologies), where was studied the lesion microbiota and its antimicrobial susceptibility. The material was collected with aseptic technique, by curettage of the ulcer, and was analyzed by standard and automated methods. RESULTS: Each group consisted of 19 patients, and was observed in patients with sickle-cell leg ulcer the prevalence of only one bacteria (57.9%), with 31.6% of sterile cultures, and Staphylococcus aureus (31.6 %) and Pseudomonas aeruginosa (26.3%) were the major microorganisms isolates. In the evaluation of antimicrobial resistance were observed 2 cases (40%) of P. aeruginosa resistant to aminoglycosides, 1 case (20%) to Ciprofloxacin and 3 cases (60%) to Cefepime, and 2 cases (33.3%) of S. aureus resistant to Oxacillin and 1 case (16.7%) to Linezolid. On ulcers of other etiologies were seen bacterial growth in 100% of the 19 cases, with higher microbial diversity and predominance of Gram-negative (89.5%), especially of Pseudomonas spp., Klebsiella spp. and Proteus mirabilis. The antibiogram demonstrated greater resistance, with evidence of resistance to fourth generation´s cephalosporins, carbapenems and aminoglycosides. In contrast, the lesions not related to sickle-cell disease showed more frequent bacterial isolation, higher microbial diversity and less favorable antimicrobial resistance profile. The study results suggest a weak relationship between the local flora and the evolution of sickle cell ulcers. / INTRODUÇÃO: As úlceras em membros inferiores são citadas como a principal manifestação cutânea da anemia falciforme. A infecção das úlceras falcêmicas é frequentemente considerada inevitável, porém seu papel no surgimento e perpetuação das lesões ainda permanece controverso. O presente estudo propõe caracterizar a microbiota da úlcera de membro inferior em pacientes com anemia falciforme e compará-la à microbiota de úlceras de outras etiologia. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, composto por dois grupos (pacientes com úlcera falcêmica e pacientes com úlceras de outras etiologias), sendo estudadas a microbiota lesional e sua suscetibilidade antimicrobiana. A coleta foi realizada com técnica asséptica, por curetagem, sendo o material analisado por técnica padrão e por método automatizado. RESULTADOS: Cada grupo foi composto por 19 pacientes, sendo observado nos pacientes com anemia falciforme e úlcera cutânea o predomínio de uma biota unimicrobiana (57,9%), com 31,6% das culturas estéreis, sendo o Staphylococcus aureus (31,6%) e a Pseudomonas aeruginosa (26,3%) os principais germes isolados. Na avaliação da resistência antimicrobiana, foram observados 2 casos (40%) de P. aeruginosa resistentes a aminoglicosídeos, 1 caso (20%) à Ciprofloxacina e 3 casos (60%) à Cefepima, além de 2 casos (33,3%) de S. aureus resistentes à Oxacilina e 1 caso (16,7%) à Linezolida. Por outro lado, as úlceras de etiologia não falcêmica demonstraram crescimento bacteriano em 100% dos 19 casos, com maior diversidade microbiológica, sendo isolados predominantemente Gram negativos (89,5%), principalmente Pseudomonas spp., Proteus mirabillis e Klebsiella spp.. O antibiograma do grupo demonstrou maior resistência, com evidência de resistência à cefalosporinas de quarta geração, carbapenêmicos e aminoglicosídeos. Em comparação, as lesões não falcêmicas demonstraram isolamento bacteriano mais frequente, maior diversidade microbiológica e perfil de resistência antimicrobiana menos favorável que na anemia falciforme. Os resultados do estudo sugerem uma fraca relação entre a microbiota local e o aparecimento e evolução das úlceras falcêmicas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/3698 |
Date | 30 April 2015 |
Creators | Aragão, Matheus Todt |
Contributors | Silva, Francilene Amaral da |
Publisher | Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFS, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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