Orientador: Maria Dolores Aybar Ramirez / Resumo: Ao nos decidirmos, inicialmente, por um levantamento arqueológico de mulheres escritoras árabes/muçulmanas para uma escolha posterior de obras que nos levassem a um maior conhecimento dessa literatura, deparamos com a escassez de traduções e publicações no Brasil, em comparação com o grande número existente em outros países, principalmente da Europa e da América do Norte. Acreditamos que isso se deva a maior presença dessas mulheres escritoras em tais continentes, gerando um fascínio pelo exótico, mas também um misto de atração e repulsão, sempre acompanhado de estereótipos, já enraizados pelo orientalismo. No Brasil, no entanto, salvo raras exceções, as editoras voltaram-se quase que exclusivamente para as autobiografias de mulheres que tecem duras críticas aos seus países de origem, às suas leis, à situação e normas de conduta para as mulheres, na maioria restritivas e opressoras, reafirmando uma imagem já impregnada de preconceitos. Vemos assim que a oferta de publicações em nosso país também nos impede uma visão mais abrangente e nos força a ratificar impressões essencialistas que em nada contribuem para o conhecimento e possível fruição da literatura produzida por essas mulheres, agora veladas, inclusive, por questões mercadológicas que camuflam e perpetuam as mesmas visões engessadas. Na tentativa de fugir desses relatos, sempre carregados de perseguição e dor, priorizamos para o nosso estudo o romance Meu nome é Salma, da autora jordaniano-britânica Fadia Faqir pois su... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: When deciding, initially, for an archaeological survey of Arab/Muslim women writers for a later choice of works which would lead us to a greater knowledge of this literature, we faced the scarcity of translations and publications in Brazil, in comparison with the large number which exists in other countries, mainly in Europe and North America. We believe that this is due to the greater presence of these women writers in such continents, creating a fascination with the exotic, but also a mixture of attraction and repulsion, always accompanied by stereotypes, already rooted by Orientalism. In Brazil, however, with a few rare exceptions, publishers turned almost exclusively to the autobiographies of women who harshly criticize their countries of origin, their laws, the situation and rules of conduct for women, most of which are restrictive and oppressive, reaffirming an image already steeped in prejudice. We thus see that the supply of publications in our country also prevents us from taking a more comprehensive view and forces us to ratify essentialist impressions which in no way contribute to the knowledge and possible enjoyment of the literature produced by these women, now veiled, by marketing issues which camouflage and perpetuate the same plastered visions. So as to escape these accounts, always laden with persecution and pain, we prioritized the novel My name is Salma, by the Jordanian-British author Fadia Faqir because her narrative, written in English, involves other di... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
Identifer | oai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000931593 |
Date | January 2020 |
Creators | Gandra, Lucilea Ferreira Gandra |
Contributors | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Araraquara). |
Publisher | Araraquara, |
Source Sets | Universidade Estadual Paulista |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | text |
Format | f. |
Relation | Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader |
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