Return to search

História da malária em Santa Catarina

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. / Made available in DSpace on 2012-10-21T01:28:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
191406.pdf: 766588 bytes, checksum: c3e2812fa7c4fca064d6f3a7df70142c (MD5) / A história da malária em Santa Catarina foi abordada sob três principais enfoques: a evolução da ocorrência e da magnitude da doença no Estado, os estudos referentes aos fatores de transmissão e os métodos de combate ao longo do tempo. No que se refere à ocorrência e à magnitude, o período abrangido estende-se de 1877 a 1994, com inúmeras lacunas de maior ou menor amplitude e caracterizadas pela quase ausência de informações disponíveis. Em 1877, um relatório faz referência à ocorrência freqüente de malária no litoral catarinense. Em 1947, o número de casos registrados da doença no Estado era de 26724. Esse número caiu no decorrer dos anos, de tal maneira que, em 1958, foram detectados 1384 casos. Quanto aos fatores de transmissão, procura-se descrever as pesquisas que levaram à descoberta, no início da década de 1940, no litoral do Brasil e, particularmente, no litoral de Santa Catarina, do chamado complexo bromélia-malária, caracterizado pela existência, nas florestas, das bromélias, como criadouros dos mosquitos do sub-gênero Kerteszia, únicos vetores da malária na região. A área correspondente ao complexo bromélia-malária, em Santa Catarina, estende-se, no sentido norte-sul, da divisa com o Paraná à divisa com o Rio Grande do Sul, numa faixa compreendida entre as serras Geral e do Mar ao oceano. No que diz respeito aos métodos de combate utilizados, eles foram diferentes, em função do período histórico considerado.. Até a descoberta do complexo bromélia-malária, os métodos consistiam em obras de drenagem e saneamento de coleções hídricas e no tratamento dos pacientes. Com a descoberta do complexo bromélia-malária, os métodos passaram a ser radicalmente diferentes e consistiam na destruição das bromélias, no combate às larvas de Kerteszia, no tratamento de pacientes com antimaláricos e no combate aos mosquitos alados com inseticidas de efeito residual. O objetivo era manter a doença sob controle. Essa metodologia variada de combate persistiu até 1962, quando foi instituída a campanha de erradicação. A partir daquele ano, o método principal de combate era a dedetização intradomiciliar, complementada com o tratamento radical dos casos detectados. O objetivo era erradicar a malária do Estado. A interrupção da transmissão foi conseguida em 1986, quando ocorreram os últimos casos autóctones da doença.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/85936
Date January 2003
CreatorsSão Thiago, Paulo de Tarso
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Avila-Pires, Fernando D. de
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format95 f.| tabs., mapas
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0016 seconds