Return to search

A gestão escolar como arena política: impasses do novo gerencialismo

Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2017-01-26T17:13:17Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Débora Quetti Marques de Souza_TESE_190920161448.pdf: 1839360 bytes, checksum: e707f63e231174b9c33f53a6e27c163c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-26T17:13:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Débora Quetti Marques de Souza_TESE_190920161448.pdf: 1839360 bytes, checksum: e707f63e231174b9c33f53a6e27c163c (MD5)
Previous issue date: 2016-07-20 / FACEPE / No atual contexto brasileiro em que os aportes gerencialistas encontram-se latentes nas políticas públicas educacionais, o presente trabalho visa dar contribuições para um debate que busca argumentar sobre a prevalência do estado gerencial na gestão educacional e escolar e como este tem sido visto e interpretado pelos agentes escolares, por meio da análise da cultura e das relações de poder. Nesse sentido, elencou-se como objetivo geral analisar a organização da escola a partir do novo gerencialismo na perspectiva da cultura e das relações de poder e, como objetivos específicos, caracterizar a gestão escolar concebida na política atual (novo gerencialismo), identificar as manifestações da gestão escolar democrática numa instituição de ensino pública e verificar os efeitos e impactos da política de premiação por excelência em gestão escolar. As bases teóricas foram formuladas a partir de categorias como gerencialismo (ABRUCIO, 1997; BARROSO, 2005; HYPOLITO, 2011; AFONSO 2009; BALL, 2001, 2005), gestão da escola (COSTA, 1998; LIMA 2008, 2013, 2014; BOTLER, 2010; ESTEVÃO, 2011; FREITAS, 2011), cultura (TORRES, 2004, 2010; GOMES, 2000; JULIA, 2001), e relações de poder/conflito (MORGAN, 2002; PER-ERIK ELLSTRÖN, 2007; JOHNSON, 1997; BLACKBURN, 1997; HOBBES, 2002; LOCKE, 1978; ROSSEAU, 2008; LUKES, 1980). A pesquisa parte de uma abordagem qualitativa com análise descritiva e etnográfica, por meio de um estudo de caso realizado numa escola estadual situada no Agreste Setentrional de Pernambuco, caracterizada por ter sido contemplada com o Prêmio de Referência em Gestão e outros. Os dados foram coletados através de documentos, observações, entrevistas e aplicação de questionários, tendo como foco analisar como a organização e gestão da escola tem se estruturado a partir do novo gerencialismo, entender a cultura e suas manifestações na escola e perceber os efeitos e impactos da política de premiação em gestão escolar. Dentre os dados coletados, observou-se que a gestão escolar, tanto na perspectiva macro e micropolítica, tem relação com uma determinada cultura, a gerencial. Esta, visa objetivos financeiros e economicistas numa perspectiva neoliberal, atendendo as necessidades imediatas do mercado. Na política atual de premiação, a exigência é que a gestão tenha meios eficientes, ótimos, para alcançar os objetivos organizacionais. A “boa” gestão é aquela que atinge o apogeu, que busca a eficiência e a eficácia no alcance das metas educacionais, tendo reconhecimento público por meio do recebimento de prêmios. Ao final, a pesquisa constatou que a democratização da educação e da gestão, saiu da agenda política dos governos nos últimos anos e foi substituída pela modernização, pela gestão de qualidade total. A cultura organizacional é vista agora como um artefato manejável pelas técnicas de gestão e não como resultado de uma construção social-histórica cultural complexa. A escola, mesmo estando sob a égide de uma política gerencial, dispõe de uma diversidade autoorganizativa que envolve conflitos, interesses, dissenso e poder. A escola, neste caso, passa a ser considerada também como um espaço político, de politização e de tomada de decisão. / In the current Brazilian context where managerial perspectives are latent in educational public policies, this research aims to contribute with the debate about the prevalence of managerial model in education and school management and how this has been seen and interpreted by school agents, through the analysis of culture and power relations.Then, the main objective is to analyze the school organization from the new managerialism point of view in the perspective of culture and power relations, and specific ones are: characterizing the school management conceived in current policy (new managerialism); identifying events of democratic management school in a public institution; and, verifying the effects and impacts of political awards for excellence in school management.The theoretical bases were formulated from categories such as managerialism (ABRUCIO, 1997; BARROSO, 2005; HYPOLITO, 2011; AFONSO 2009; BALL, 2001, 2005), school management (COSTA, 1998; LIMA 2008, 2013, 2014; BOTLER, 2010; ESTEVÃO, 2011; FREITAS, 2011), culture (TORRES, 2004, 2010; GOMES, 2000; JULIA, 2001), and power/conflict relations (MORGAN, 2002; PER-ERIK ELLSTRÖN, 2007; JOHNSON, 1997; BLACKBURN, 1997; HOBBES, 2002; LOCKE, 1978; ROSSEAU, 2008; LUKES, 1980). We use a qualitative approach with descriptive and ethnographic analysis, through a case study in a state school in Agreste Setentrional de Pernambuco which has won the Reference Award in Management and others awards. The data were collected through documents, observations, interviews and questionnaires, focusing on analyze how the organization and school management have been structured according with the new managerialism, understanding the culture and its manifestations in school and realizing the effects and impacts of the awards policy in school management. It seems that the school management, in both the macro and micro perspective, is related to a particular culture, management that aims to financial and economistic goals in a neoliberal perspective, addressing the immediate needs of the market. In this current political awards, the requirement is that the management has efficient and optimized tools to achieve organizational goals. The “good” management is one that reaches its apogee, which seeks efficiency and effectiveness in achieving educational goals, and public recognition by receiving awards. Finally, the survey found that the democratization of education and management left the political agenda of governments in recent years and was replaced by modernization, quality management. Organizational culture is now seen as a manageable device for management techniques and not as a result of a complex cultural social-historical building. The school, despite being under the control of a management policy, has a self-organizational diversity that involves conflicts, interests, dissent and power. So, school has become considered as a political space for politicization and decision-making.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18264
Date20 July 2016
CreatorsSOUZA, Débora Quetti Marques de
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/9284144427264959, BOTLER, Alice Miriam Happ
PublisherUniversidade Federal de Perambuco, Programa de Pos Graduacao em Educacao, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds