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Previous issue date: 2013 / CNPq / Entender os fatores e interações que afetam a estrutura de comunidade em um ambiente recifal
é importante para a compreensão e elaboração de propostas de manejo que visem a resiliência e
conservação de populações instáveis no ambiente. Algumas estratégias de conservação e
manutenção destes ecossistemas são as criações de áreas protegidas marinhas que vêm se
tornando locais de recuperação e conservação de várias espécies restritas nestes ambientes. O
trabalho procurou avaliar o efeito do fechamento da área recifal de Tamandaré, litoral Sul
pernambucano após 14 anos de exclusão da pesca, na estrutura de comunidades bentônicas,
especialmente em populações de ouriços Echinometra lucunter, abundância de corais e
cobertura algal viva. Foram comparados dois recifes, dentro e fora da área fechada através de
técnicas de censo visual subaquático com mergulhos livres, utilizando o método conjugado de
linha de transects e quadrats no topo recifal durante três períodos do ano (Verão 2011; Outono
2012; verão 2012) empregados para avaliar a estimativa da densidade populacional de ouriços e
corais; e a técnica de fotoquadrats para a estimativa de cobertura viva dos mesmos. Os
resultados mostraram densidade média de ouriços E. lucunter sete vezes maior no recife aberto
à pesca (Pirambu) em comparação ao recife fechado (Ilha da Barra) indicando que o efeito da
pesca intensiva de seus predadores e a falta de organismos competidores por espaço e
disponibilidade de alimento na área impactada, afeta diretamente a sua abundancia e
distribuição, modificando a composição de outros organismos, complexidade topográfica e os
processos ecológicos do local. Colônias do hidrocoral do gênero Millepora sp. apresentaram
maior densidade populacional na área fechada, onde foram treze vezes mais abundantes neste
recife em comparação ao recife adjacente. Para os corais escleractinios, as espécies Agaricia
humilis e Favia gravida apresentaram maior densidade no recife do Pirambu, enquanto que
Siderastrea stellata apresentou maior abundancia na Ilha da Barra. Apesar das diferenças
encontradas entre as espécies, a cobertura geral viva geral destes organismos foi três vezes
maior no recife fechado à pesca, indicando um ambiente mais propício para o crescimento
destes corais neste recife. A cobertura algal viva apresentou diferenças significativas entre as
duas áreas, onde foram mais abundantes na Ilha da Barra, cobrindo cerca de 80% do topo
recifal, com exceção das algas calcarias incrustantes que apresentaram maior abundância no
recife do Pirambu. Os resultados mostraram que a exclusão do uso de pesca no recife da Ilha da
Barra, na área fechada de Tamandaré, vem mostrando capacidade de resiliência do ecossistema
recifal, importante para a reestruturação e conservação do ecossistema marinho.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10572 |
Date | 31 January 2013 |
Creators | Costa, Anne Karolline Ribeiro, Maida, Mauro |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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