[pt] O presente estudo se propõe a analisar o direito à participação de
adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (MSEMA),
no município de Barra do Piraí, utilizando os conceitos de participação
infantil e juvenil e sujeição criminal como categorias de análise. A pesquisa, de
cunho qualitativo, consiste em compreender os espaços do judiciário (audiências
de apresentação e continuação) e da assistência social (CREAS) sob o ângulo do
direito à participação; e, discutir se os mesmos têm promovido, ou não,
mecanismos de fomento à participação destes adolescentes nos processos de
tomada de decisão sobre suas vidas e rumos futuros. A análise tem como base
entrevistas com adolescentes em cumprimento ou com extinção de MSE-MA,
com profissionais nestes processos e, ainda, observações em ambos os
dispositivos. A partir do estudo realizado, compreendemos que, o direito à
participação transita entre uma participação simbólica - instrumentalizada à favor
de práticas de controle e ajustamento - e uma participação real - na perspectiva da
partilha do poder decisório. A pesquisa indicou que predominam visões e práticas,
perante as quais, não se reconhece a capacidade participativa do adolescente. Seus
depoimentos foram contundentes ao confirmar o desconhecimento acerca dos
direitos e garantias processuais, demonstrando, assim, que estão excluídos da
discussão em torno da política socioeducativa. Quanto ao direito à participação,
seu exercício, quando acontece, se dá de modo banalizado; sem que o adolescente
entenda o sentido ideológico envolvido nas práticas participativas. / [es] Lo presente estudio se propone a analizar el derecho a la participación de
adolescentes en cumplimiento de las medidas socioeducativas en medio abierto
(MSE-MA), en el municipio de Barra do Piraí, utilizando los conceptos de
participación infantil y juvenil y la sujeción penal como categorías de análisis. La investigación, de carácter cualitativo, consiste en comprender los espacios del
poder judicial (audiencia de presentación y continuación) y la asistencia social
(CREAS) desde el ángulo del derecho a participación y discutir si han promovido
o no mecanismos de incentivación a la participación de estos adolescentes em los
procesos de toma de decisiones sobre sus vidas y caminos futuros. El análisis se
basa en entrevistas con adolescentes en cumplimiento o con la finalización del
MSE-MA, con profesionales en estos procesos y también con observaciones en
estos dispositivos. Según el estudio realizado, entendemos que el derecho a la
participación transita alrededor de una participación simbólica, instrumentalizado
a favor de las prácticas de control y ajuste, y participación real, en la perspectiva de compartir del poder de decisión. La investigación indicó que predominan las visiones y prácticas, donde no se reconoce la capacidad participativa del adolescente. Sus declaraciones fueron contundientes al confirmar su desconocimiento sobre los derechos y garantías procesales, demonstrando que
están excluidas del debate sobre la política socioeducativa. En cuanto al derecho a
participar, su ejercicio, cuando sucede, pasa de manera banal sin que el
adolescente entienda el sentido ideológico involucrado em prácticas participativas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:50100 |
Date | 29 October 2020 |
Creators | CLAUDIA DA SILVA RODRIGUES |
Contributors | IRENE RIZZINI |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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