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A confraria de Nossa Senhora do RosÃrio dos Homens Pretos de Quixeramobim (Cearà - Brasil): identidades e sociabilidades. / La confrÃrie de Notre Dame do Rosaire des Hommes Noirs de Quixeramobim (CearÃ-BrÃsil):identitÃs et sociabilitÃs

CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / As irmandades ou confrarias de Nossa Senhora do RosÃrio dos Homens Pretos floresceram no Brasil no perÃodo da escravidÃo, adquirindo grande interesse para os africanos livres e cativos e seus descendentes. Apesar da imposiÃÃo ao culto catÃlico que lhes caracterizava, essas associaÃÃes leigas nÃo deixaram de ser um vetor de criaÃÃo de sociabilidades e de construÃÃo de identidades. Assim, poder-se-ia afirmar que elas foram um meio atravÃs do qual os negros construÃram uma alternativa de existÃncia no mundo que os acolhia, ora aceitando a religiÃo do mestre ora incorporando rituais ou sÃmbolos culturais que rememoravam a pertenÃa Ãs sociedades de onde foram compulsoriamente retirados. Essa ambigÃidade talvez fosse a marca que mais lhe singularizava, pois mesmo para sua constituiÃÃo e existÃncia tinham necessariamente de receber anuÃncia do poder temporal e espiritual atravÃs do reconhecimento de seus estatutos ou compromissos. Esses aspectos em maior ou menor grau foram revelados no estudo que agora apresento sobre a irmandade de Nossa Senhora do RosÃrio dos Homens Pretos, estabelecida na freguesia de Quixeramobim, no interior do CearÃ, Brasil, por volta de 1755, por escravos de procedÃncia Angola. Essa representaÃÃo embora tenha sido pouco engajada na sua criaÃÃo e nem mesmo tenha sido assimilada pelos membros da associaÃÃo ao longo de sua existÃncia quase bicentenÃria, nÃo deixou de ser problematizada com a noÃÃo grupo de procedÃncia. Partindo dessa idÃia pude tambÃm introduzir o conceito de identidade. AlÃm dessa discussÃo, propus uma descriÃÃo etnogrÃfica do processo de constituiÃÃo e de funcionamento da irmandade, atendo-me à dimensÃo diacrÃnica como à sincrÃnica. Para essa Ãltima, o diÃlogo com descendentes de antigos membros da organizaÃÃo confrarial foi imprescindÃvel, sobretudo ao recuperar a memÃria da principal sociabilidade da associaÃÃo: a festa em comemoraÃÃo do seu orago Nossa Senhora do RosÃrio.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:3648
Date15 October 2010
CreatorsAnalucia Sulina Bezerra
ContributorsIsmael de Andrade Pordeus JÃnior
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Sociologia, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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