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Navegar na contracorrente: uma leitura da metrópole fluvial. / Cross-current navigation: a reading of the Fluvial Metropolis.

\"Navegar na contracorrente: uma leitura da Metrópole Fluvial\" aborda o imaginário de São Paulo como Metrópole Fluvial, objetivado no trabalho de Alexandre Delijaicov, entendido como um discurso singular no horizonte da urbanística contemporânea.A questão que motiva esta pesquisa é o descompasso existente entre a escala e a complexidade dos problemas inerentes às aglomerações urbanas contemporâneas, e a dimensão epistemológica da urbanística como disciplina que procura enfrentá-los. Um olhar da história recente da urbanística sugere que quanto mais eficientes se tornaram as nossas condições técnicas de atuar no território, mais dificilmente temos nos aproximado da possibilidade de fazer uso delas como ferramenta para fundar ou refundar as nossas cidades com o vigor que a escala dos seus problemas demanda. A difícil arte de construir coletivamente o lugar para a vida neste planeta parece hoje infinitamente menos desenvolvida do que os meios técnicos com que poderíamos encarar essa tarefa. Nesse contexto, a urbanística contemporânea parece ter assumido uma posição de retaguarda no campo do discurso social, pois, preocupada em responder à lógica do presente, ela parece incapaz de questionar a sua natureza.Assumindo que esta problemática se vincula tanto a uma dimensão objetiva do modo de produção do espaço contemporâneo, quanto aos desdobramentos ideológicos no campo das urbanísticas que acompanharam as viragens do capitalismo do último meio século, o trabalho procura problematizar esse ponto de encontro a partir da leitura do imaginário da Metrópole Fluvial entendida não como um receituário de soluções, senão como modo de problematizar a urbanística contemporânea. / \"Cross-current navigation: a reading of the Fluvial Metropolis\" approaches São Paulo as a Fluvial Metropolis, following Alexandre Delijaicov\'s paper and understanding it as a singular discourse within the horizon of contemporary urbanism. The subject matter of this research arises from the lack of parallelism between the scale and complexity of problems inherent to contemporary urban agglomerations and the epistemological dimension of urban planning as a discipline that seeks to address them. A look back at the recent history of urbanism suggests that the more efficient the technical conditions to operate in the territory became, the harder we came to the possibility of using them as tools to found or re-found our cities with the vigor the scale of their problems demands. The difficult art of collectively building a place to house life on this planet seems today much less developed than the technical means we could face said task with. In this context, contemporary urban planning seems to have taken a rear position within the field of social discourse since, concerned with responding to the logic of the present, it seems incapable of questioning the nature of its implications. Assuming that this issue is connected both to an objective dimension linked to the way of production of contemporary space, and to its ideological dimension within the field of the urban planning trends that followed the turn to capitalism of the last half century, this paper tries to question that meeting point, from the reading of the imaginary of the Fluvial Metropolis, understood not as a prescription with solutions, but as a unique way of challenging contemporary urbanism.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-22062017-145006
Date28 April 2017
CreatorsBenavidez, Martin
ContributorsJorge, Luis Antonio
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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