Neste trabalho foram abordados aspectos da cadeia do molibdênio e da molibdenita nos mercados internacional e nacional, mostrando as ocorrências e suas principais aplicações. Atualmente, no Brasil, a única opção de aproveitamento econômico desse bem mineral é o minério de molibdenita gerado como coproduto ou subproduto da mineração artesanal de esmeraldas, na região de Campo Formoso e Pindobaçu, BA. A caracterização tecnológica de minérios, produtos e do processo utilizado na recuperação da molibdenita de Campo Formoso mostrou que entraves de natureza tecnológica, com destaque relacionado ao concentrado produzido, geram produtos de baixo teor e, consequentemente, de pequeno valor econômico. Isto é devido, principalmente, à presença de outros minerais hidrofóbicos, como o talco, com propriedades físico-químicas semelhantes às da molibdenita e que são co-flotados no processo de beneficiamento. Detectado o problema, e após uma revisão bibliográfica sobre o assunto, realizou-se um estudo fundamental, em escala de laboratório, sobre a separação molibdenita/talco por flotação, com a utilização de diferentes depressores empregados, usualmente, em operações de tratamento de minérios. Dentre os depressores utilizados, a dextrina e o quebracho promoveram janelas de separabilidade entre os minerais molibdenita e talco de 63 e 68%, respectivamente. Os resultados alcançados nesses estudos fundamentais motivaram um aumento de escala, passando dos testes de microflotação em célula Partridge & Smith, para testes de flotação em bancada em célula Denver, com as dosagens dos reagentes calculadas em termos de gramas de reagente por tonelada de alimentação à flotação (concentrado de molibdenita). Na flotação em escala de bancada, os melhores resultados foram obtidos com uso da dextrina como depressor da molibdenita, na dosagem de 100 g/t, para um circuito com cinco etapas de limpeza, foi possível obter um concentrado de molibdenita com 93,4% de MoS2, o qual encontra-se dentro dos requisitos exigidos pelo comércio internacional. / In this scientific and technological contribution, the aspects of the molybdenum and molybdenite chain in the domestic and international markets were discussed, showing the occurrences and their main applications. Currently, in Brazil the only option for the economic exploitation of this mineral resource is the molybdenite as a co-product or by-product of emeralds small-scale mining, at the region of Campo Formoso and Pindobaçu, BA. The technological characterization of ores, products and the process used in the recovery of molybdenite from Campo Formoso has shown that barriers of technological nature, with emphasis on the produced concentrate, generate products of low molybdenite grade and, therefore, of low economic value. This is due to the presence, in particular, of other hydrophobic minerals, such as talc, with physical-chemical properties similar to those of molybdenite and are co-floated in the beneficiation process. Once detected the problem, and after an extensive literature survey on the subject, a fundamental study was carried out, in lab-scale, to separate molybdenite from talc by froth flotation, by testing different depressants conventionally used in actual mineral processing operations. Among the tested depressants, dextrin and quebracho promoted separation gaps between the molybdenite and talc minerals of 63 and 68%, respectively. The achieved results in that fundamental study has motivated an scale up from micro-flotation tests, in Partridge & Smith cell, to bench scale flotation tests in a Denver cell, reagents additions were calculated according to the ore (molybdenite concentrate) throughput into the industrial flotation circuits. In the bench scale flotation tests, the best results, in terms of molybdenite recovery, were reached by using dextrin as molybdenite depressant, at a dosage of 100 g.t-1, for a circuit with five cleaner steps. It was possible to get a molybdenite concentrate with 93.4% of MoS2, which is within the requirements of the international trade.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-26062014-215632 |
Date | 03 May 2013 |
Creators | Paulo Fernando Almeida Braga |
Contributors | Arthur Pinto Chaves, Monica Speck Cassola, Rosa Malena Fernandes Lima, Reiner Neumann, Jorge Alberto Soares Tenório |
Publisher | Universidade de São Paulo, Engenharia Mineral, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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