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Mortalidade relacionada à hanseníase e sua associação com diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica na população brasileira, 1999-2007 / Related mortality will hanseníase and its association of diabetes mellitus and systemic arterial hypertension in Brazilian population 1999-2007

RAMOS, Adriana Valéria Assunção. Mortalidade relacionada à hanseníase e sua associação com Diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica na população brasileira de 1999 a 2007. 2011. 152 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-07T11:43:47Z
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Previous issue date: 2011 / Leprosy is still a public health problem in several countries. The low case fatality rate from leprosy may be responsible for an increased importance of chronic non-communicable diseases (NCD) in this context. The objective of the present study was to characterize patterns of mortality related to leprosy, and the association of leprosy-related deaths with diabetes mellitus (DM) and systemic arterial hypertension (SAH) in Brazil. A quantitative study was performed, based on official data from death certificates registered by the national Mortality Information System (Sistema de Informação de Mortalidade). We analyzed all deaths due to leprosy as underlying, contributing and multiple causes, 1999-2007. The study consisted of four analytical blocks: 1) general description of deaths according to cause of death and their spatial distribution; 2) analysis of deaths according to demographic and clinical variables, and calculation of disease-specific mortality rates (DSM, per 100,000 inhabitants) and proportional mortality (PM) from leprosy as underlying, contributing and multiple causes of death; 3) description of contributing causes of death associated with leprosy as underlying cause of death; 4) identification of the interaction between chronic NCD, DM and SAH in those who died from leprosy as underlying cause. Of a total of 8,942,217 deaths in the study period, leprosy was present in 5,729 (0.06%) death certificates as multiple causes, and in 2,242 (39.1%) as underlying cause of death. The distribution of deaths (multiple causes) in Brazil’s regions was: Southeast (38.6%), Northeast (25.9%), Central-West (14.4%), South (10.7%) and North (10.4%). The majority occurred in males (70.5%), individuals >70 years age (40.7%), residents of capital cities (78%) and in patients with lepromatous leprosy (64.9%). Temporal trends (1999-2007) of PM and DSM as underlying/multiple causes were stable, with values of 0.03/0.06 and 0.14/0.36, respectively. The highest DSM from leprosy as multiple causes of death were observed in individuals >70 years (3.94), males (0.51), residents from Central-West (0.75) and those living in capital cities (0.37). In logistic regression analysis, demographic variables significantly associated with death from leprosy as underlying cause in relation to all deaths were: male sex (adjusted OR 1.92; 95% CI 1.75-2.11); resident in a capital city (adjusted OR 1.39; 95% CI 1.25-1.54); and age in years (adjusted OR 1.01; 95% CI: 1.00-1.01); all p<0.001. The South and Southeast regions were associated with lower chance of death from leprosy (adjusted OR 0.41; 95% CI 0.38-0.45; p<0.001). The following contributing causes of death were significant risk factors for death from leprosy as an underlying cause: adverse events to drugs (RR 208.5; 95% CI 126.3-344.1), toxic liver disease (RR 79.3; 95% CI 52.6-119.6); lower limb ulcers (RR 33.9; 95% CI 23.5-48.7); renal failure (RR 2.2; 95% CI 1.9-2.5); and septicemia (RR 2.1; 95% CI: 2.0-2.3); all p<0.001. Of the immediate, intermediate and contributing causes of death, two chapters of ICD-10 were prominent, XVIII/I, I/IX e I/IX. In the analysis of interaction between NCD, DM and SAH in those who died from leprosy as underlying cause, only septicemia showed higher occurrence of DM-related deaths (RR 1.67; 95% CI 1.26-2.20, p<0.001). Septicemia (RR 0.14; 95% CI 0.05-0.36, p<0.01) and pneumonia (RR 0.16; 95% CI 0.04-0.62, p<0.01) were significantly less frequent in deaths related to SAH. The data show that in the context of demographic and epidemiologic transition, leprosy should be considered a chronic disease. In addition, the data reflect the successful measures done by the state and national leprosy control programs to control the endemic. On the other hand, areas for improvement are emphasized. Leprosy continues being a neglected disease associated with poverty, with considerable regional differences in Brazil / A elevada magnitude da hanseníase demarca sua relevância como problema de saúde pública. A sua baixa letalidade pode ampliar a carga de morbimortalidade em associação ou não a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O objetivo deste trabalho foi caracterizar os padrões de mortalidade relacionada à hanseníase e sua associação com diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) no Brasil. Desenvolveu-se estudo quantitativo baseado nos dados oficiais das declarações de óbito inseridos no Sistema de Informação de Mortalidade. Todos os óbitos por hanseníase como causa básica, associada e múltipla, registrados entre 1999-2007, foram analisados. O estudo foi composto por quatro etapas: 1) caracterização geral dos óbitos segundo tipo de causas de morte e construção de mapas temáticos pelo método cartograma; 2) caracterização dos óbitos segundo variáveis demográficas e clínicas e análise de coeficientes de mortalidade específica (CMEs, por 100.000 habitantes) e proporcional (CMP) por hanseníase como causa básica, associada e múltipla; 3) caraterização das causas de morte associadas nos óbitos por hanseníase como causa básica; 4) verificação da interação entre DCNT, DM e HAS nos óbitos por hanseníase como causa básica. Do total de 8.942.217 óbitos no período, a hanseníase estava presente em 5.729 (0,06%) como causa múltipla e em 2.242 (39,1%) como causa básica. Segundo as regiões, a proporção de óbitos por hanseníase como causas múltiplas foi: Sudeste (38,6%), Nordeste (25,9%), Centro-Oeste (14,4%), Sul (10,7%) e Norte (10,4%). A maioria ocorreu em homens (70,5%), indivíduos >70 anos (40,7%), em residentes de capitais do país (78%) e em pacientes da forma virchowiana (64,9%). O padrão temporal (1999-2007) do CMP e do CME como causa básica/múltipla foi de estabilização, respectivamente, 0,03/0,06 e 0,14/0,36. Os maiores CMEs por hanseníase como causa múltipla foram verificados nos indivíduos >70 anos (3,94), homens (0,51), residentes na região Centro-Oeste (0,75) e fora das capitais (0,37). Em análise de regressão logística, as variáveis demográficas significativamente associadas à ocorrência de morte por hanseníase (causa básica) em relação ao total de óbitos foram: sexo masculino (OR ajustada 1,92; IC 95%: 1,75-2,11); residência na capital (OR ajustada 1,39; IC 95%: 1,25-1,54) e idade em anos (OR ajustada 1,01; IC 95%: 1,00-1,01; todos p<0,001). As causas associadas de morte como fatores de risco significativos para morte por hanseníase como causa básica foram: efeitos adversos de drogas (RR 208,5; IC 95% 126,3-344,1), doença hepática tóxica (RR 79,3; IC 95% 52,6-119,6), úlcera de membros inferiores (RR 33,9; IC 95% 23,5-48,7), insuficiência renal (RR 2,2; IC 95% 1,9-2,5) e septicemia (RR 2,1; IC 95% 2,0-2,3); todos com p<0,001. Entre as causas associadas de óbitos, imediatas, intermediárias e condições mórbidas pré-existentes, destacam-se os dois principais capítulos da CID-10, respectivamente, XVIII/I, I/IX e I/IX. Na análise da interação entre DCNT, DM e HAS nos óbitos por hanseníase como causa básica, apenas septicemia mostrou maior ocorrência de óbito por DM (RR 1,67; IC 95% 1,26-2,20, p<0,001). Septicemia (RR 0,14; IC 95% 0,05-0,36, p<0,01) e pneumonia (RR 0,16; IC 95% 0,04-0,62, p<0,01) foram significativamente menos frequentes nos óbitos relacionados à HAS. Os resultados revelam que, no contexto da transição epidemiológica e demográfica, a hanseníase deve ser considerada como uma doença crônica. Refletem os esforços dos programas nacional, estaduais e municipais de controle da hanseníase no âmbito do controle da endemia, mas também apontam para áreas de melhoramento. No entanto, a hanseníase continua sendo uma doença negligenciada associada com pobreza, com importantes diferenças regionais no país.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/6510
Date January 2011
CreatorsRamos, Adriana Valéria Assunção
ContributorsMontenegro Júnior, Renan Magalhães
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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