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Previous issue date: 2008-09-05 / Os Acidentes Vasculares Encefálicos (AVE) representam, atualmente, a principal
causa de incapacidades neurológicas e uma das doenças com maior índice de
mortalidade e morbidade do mundo moderno. Entre os prejuízos que esta patologia
provoca, se destaca a hemiplegia, distúrbio do movimento que limita ou impede a
utilização do hemicorpo plégico em atividades funcionais. As estratégias utilizadas
atualmente para a reabilitação de indivíduos hemiplégicos baseiam-se nos conceitos
de neuroplasticidade e aprendizado motor, e têm por objetivo influenciar a
capacidade do cérebro de reagir a estímulos organizados com alterações de sua
estrutura e função. Dentre os métodos de tratamento utilizados na reabilitação da
hemiplegia, a Realidade Virtual (RV) vem se destacando como ferramenta de apoio
ao tratamento, já que os Sistemas de RV permitem, ao paciente, experimentar a
prática intensiva e sistematizada de movimentos em um ambiente interativo,
motivante, desafiador e lúdico, além de possibilitarem ao terapeuta, a adequação do
grau de dificuldade das tarefas e a avaliação objetiva dos ganhos obtidos. Neste
contexto, este trabalho tem como objetivo identificar se um programa de reabilitação
utilizando o sistema de Realidade Virtual não imersiva denominado SisTeV (Sistema
de Terapia Virtual para Membros Superiores) provocaria variações nas
características do movimento realizado pelo membro superior de indivíduos
hemiparéticos em decorrência do AVE. Buscou-se identificar também se os ganhos
de desempenho motor, advindos do treinamento, seriam generalizados para
situações do cotidiano destes indivíduos. Estudaram-se também alternativas para
sugerir possíveis mudanças na arquitetura dos ambientes do SisTeV. Para tanto,
foram selecionados como sujeitos da pesquisa, cinco indivíduos hemiparéticos
(amostragem não probabilística do tipo intencional), pacientes do Centro de
Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), que se encontravam em
fase crônica de evolução do AVE. Os mesmos participaram de 12 sessões de 45
minutos de treinamento com o SisTeV, em um período de 12 dias consecutivos, com
folgas aos domingos. Estes pacientes foram previamente avaliados com o Teste da
Função Manual de Jebsen, com a análise de movimentos por cinemetria, durante a
execução de um dos exercícios do SisTeV, por parâmetros do próprio sistema e por
meio de entrevista. Nos resultados obtidos não houve uma uniformidade dos tempos
encontrados com o Teste de Jebsen. Um melhor desempenho na realização dos
exercícios feitos nos ambientes do SisTeV foi observado. Alterações das variáveis
cinemáticas, identificadas na análise de movimento, sugerem que ocorreu melhora
do controle motor após o treinamento, mas a amostragem reduzida não permite
extrapolações. As respostas colhidas com as entrevistas sinalizam para a
possibilidade de generalização dos ganhos. Sugestões de modificações na
arquitetura dos ambientes do SisTeV também foram descritas
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tde/981 |
Date | 05 September 2008 |
Creators | BARBOSA, Dagoberto Miranda |
Contributors | SANTOS, Euler Bueno dos, OLIVEIRA, Marco Antonio Assfalk de |
Publisher | Universidade Federal de Goiás, Mestrado em Engenharia Elétrica e de Computação, UFG, BR, Engenharia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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