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Efeito de duas formas de execução do treino de força, unilateral e bilateral, nos parâmetros neuromusculares dos músculos extensores do joelho

O objetivo deste estudo foi comparar o efeito do treinamento de força realizado unilateralmente e bilateralmente nos parâmetros neuromusculares dos músculos extensores de joelho. Completaram o estudo 45 sujeitos do sexo feminino, destreinados em força, que foram divididos entre o grupo controle (GC; n=16; 22,7 ± 2,8 anos; 58,0 ± 5,7 kg; 163,6 ± 6,2 cm), grupo unilateral (GUL; n=14; 24,8 ± 1,4 anos; 60,8 ± 6,4 kg; 163,0 ± 6,5 cm) e grupo bilateral (GBL; n=15; 24,3 ± 3,7 anos; 160,2 ± 5,8 cm). O GUL realizou o exercício extensão de joelhos com um membro de cada vez e o GBL realizou o exercício com os dois membros simultaneamente. Ambos os grupos, GUL e GBL, treinaram por 12 semanas, duas vezes por semana. Outros exercícios completaram o programa de treinamento e foram realizados de forma similar pelos dois grupos. O GC não realizou o treinamento. Todos os sujeitos realizaram as avaliações pré e pós 12 semanas. Para avaliação da força máxima, foram realizados os testes de uma repetição máxima (1RM), isocinético e isométrico de extensão de joelho. Todos os grupos foram avaliados nas condições de teste UL e BL. A espessura muscular foi mensurada por ultrassonografia do grupo muscular quadríceps femoral. Para mensurar a ativação muscular foi realizada a coleta do sinal eletromiográfico dos músculos vasto lateral e reto femoral, de ambos os membros inferiores, nos testes de força isocinético e isométrico. Os valores de índice bilateral (IB) para verificar presença ou não de déficit bilateral (DB) na força, foram calculados a partir dos valores do teste de 1RM (IBRM) e de pico de torque (PT), encontrados no teste isométrico (IBPT), enquanto para ativação muscular (IBEMG) foram calculados a partir do sinal eletromiográfico coletado no teste de força isométrico. Os resultados do presente estudo mostraram que o GBL e o GUL tiveram incrementos significativos (p<0,05) nos valores de 1RM em ambas as condições de teste (UL e BL), mas que os ganhos foram significativamente maiores (p<0,05) na condição que os sujeitos realizaram o treinamento, enquanto o GC não apresentou alteração(p>0,05). Os valores de PT isométrico e isocinético também apresentaram incrementos significativos (p<0,05) nos dois grupos, GUL e GBL, em ambas as condições de teste, mas não para o GC (p>0,05). Além disso, essas variáveis, nos dois grupos de treino, foram significativamente maiores (p<0,05) na condição de teste UL. O GUL e o GBL mostraram incrementos significativos (p<0,05) na EM, enquanto o GC mostrou redução significativa (p<0,05). Em relação à ativação muscular coletada no teste de força isométrico, os três grupos mostraram incrementos significativos (p<0,05) na ativação nas condições de teste UL e BL. Para a ativação muscular coletada durante teste de força isocinético, todos os grupos mostraram incremento significativo na ativação (p<0,05), para ambas as condições de teste, com exceção do GC na condição de teste UL, que mostrou decréscimo significativo (p<0,05). Nenhum dos grupos mostrou alteração significativa (p>0,05) nos valores de IBPT no momento pós. Quanto aos valores de IBRM, apenas o GUL alterou os valores significativamente (p<0,05) no momento pós, levando o déficit para uma direção negativa. Ainda, apenas o GC alterou significativamente (p<0,05) os valores de IBEMG, sendo que os sujeitos que possuíam DB no momento pré deixaram de possuir no momento pós. O GUL utilizou cargas de treino significativamente mais elevadas (p<0,05) que o GBL apenas no quarto mesociclo de treino. Os resultados desse estudo permitem concluir que ambas as formas de executar o treino de força, UL e BL, são similarmente eficientes para incrementar força, espessura muscular e ativação muscular, dos músculos extensores de joelho. / The aim of this study was to compare the effect of strength training performed uniterallity and bilaterallity in neuromuscular parameters of the knee extensor muscles. Completed the study 45 female subjects, untrained in force, which were divided into control group (CG; n = 16; 22.7 ± 2.8 years; 58.0 ± 5.7 kg; 163.6 ± 6.2 cm), unilateral group (ULG; n = 14; 24.8 ± 1,4 years; 60.8 ± 6.4 kg; 163.0 ± 6.5 cm) and bilateral group (BLG; n = 15; 24.3 ± 3.7 years; 160.2 ± 5.8 cm). The ULG performed the knee extension exercise with one member at a time and GBL performed the exercise with the two members simultaneously. Both groups were trained for 12 weeks, twice per week. Other exercises completed the training program and were performed similarly by both groups. The CG did not perform the training. All subjects performed the evaluations pre and post 12 weeks. For evaluate the maximum strength were performed one repetition maximum (1RM), isokinetic and isometric tests of the knee extension. All groups were evaluated in the UL and BL test conditions. The muscle thickness was assessed by ultrasonography in the quadriceps femoralis muscle group. For measure muscle activation the EMG signal was collected from the vastus lateralis muscle and rectus femoris muscle in both legs, in the isometric and isokinetic strength tests. The bilateral index (BI) values to verify the presence or absence of bilateral deficit (BD) in strength were calculated from the values of 1RM (BIRM) and peak torque (PT), obtained in isometric test (BIPT), while for muscle activation (BIEMG) were calculated from the EMG signal collected in isometric strength test. The results of this study showed that BLG and ULG significantly increased (p<0.05) the strength in 1RM in both test conditions (UL and BL), but the gains were significantly higher (p<0.05) in the condition which the subjects performed the training, while the GC not had significant increases (p>0.05). The isometric and isokinetic PT values also showed significant increases (p<0.05) for the ULG and BLG in both test conditions, but not for the CG (p>0.05). Moreover, these variables in both training groups, were significantly higher (p<0.05) in the UL test condition. The ULG and BLG showed significant increases (p<0.05) in the muscle thickness, whereas the CG showed a significant reduction (p<0.05). In relation to muscle activation obtained in isometric strength test, all three groups showed significant increases (p<0.05) in the activation in UL and BL test conditions. For the muscle activation collected during isokinetic strength test, all groups showed a significant increases in activation (p<0.05) for both test conditions, except the GC in the UL test condition, which showed a significant decrease (p<0.05). Neither group showed significant changes (p>0.05) in the BIPT values at post training. In relation to BIRM values, only the GUL changed the values significantly (p <0.05) at post training, leading to a negative direction. Furthermore, only the CG changed significantly (p<0.05) the BIEMG values, the subjects had DB at pre training period, but not at post training period. The GUL used training loads significantly higher (p<0.05) than GBL only during at fourth mesocycle training. The results of this study show that both forms of performing strength training, UL and BL, are effective similarly for increases in strength, muscle thickness and muscle activation in knee extensors muscles.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/83495
Date January 2013
CreatorsBotton, Cíntia Ehlers
ContributorsPinto, Ronei Silveira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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