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Narrativa jornalística 360º: "framework" para aplicabilidade em livros de estilo de contexto redatorial

O termo "360" é já utilizado há algum tempo para referir algo que cubra ou englobe vários pontos de vista. Em termos de tecnologia, enquadra-se na possibilidade de cobrir, geralmente em ambientes na primeira pessoa, todos os planos de um cenário. A inovação acompanha o dia a dia de todos os que a toda a hora estão em ligados às novas tecnologias e procuram alternativas de acesso à informação, seja por entretenimento ou para se atualizarem do que se passa. O 360 tem vindo a ser usado em ambas as áreas, pelo que é necessário discernir agendas.A presente investigação objetiva sobretudo considerar a narrativa 360 como válida em jornalismo, tendo como apogeu o vídeo, principalmente tomando em conta que vários órgãos de comunicação praticam esta vertente todos os dias, mas sem uma linha condutora comum no que respeita aos temas, enquadramentos, conteúdos extra e regras deontológicas. O vídeo 360 pode ser disseminado pelo simples leitor de vídeo, sem recurso a óculos de realidade virtual num computador, pelo que compreende maior democratização de acesso da parte do utilizador.O jornalista objetiva acima de tudo, com a redação de uma história, valorizar a mensagem ao utilizador, sem ruído ou influenciadores vários que podem deturpar o acesso à narrativa, mediante a prática de várias regras ao seu dispor para alcançar esta finalidade. O 360 confere logo à partida várias opções de exploração, pelo que há de todo uma necessidade de afunilar guias e normas de disponibilização de conteúdos na altura de conceber uma reportagem que tenha como recurso um vídeo 360.O contexto da investigação está fundamentado no Jornalismo Porto Net (JPN), jornal universitário do Porto que recebeu a vertente mais prática da investigação, onde foram realizados vários testes user-centred design e entrevistas não-estruturadas, mediante a apropriação de vídeos já publicados, mas que foram alterados com conteúdos vários, desde texto a gráficos, para fins meramente experimentais. O objetivo foi simular peças mediante a aplicabilidade da política editorial do JPN, tal como o registo e enquadramentos, e a identidade visual, desde a uniformidade visual à disponibilização dos conteúdos. A razão prende-se sobretudo pela falta de investigação geral realizada ao vídeo 360 no contexto jornalístico, como também da inexistência de guias ou manuais de aplicabilidade de vídeo 360 nos órgãos de comunicação que já praticam esta tecnologia. Em síntese, este estudo pretendeu sobretudo apurar as limitações inerentes e como as ultrapassar, erros a evitar e normas corretas a desenvolver até em trabalhos futuros, mas sobretudo objetivou construir as bases de um novo capítulo no livro de estilo do jornal, para dar o primeiro passo em direção à regulamentação das boas práticas jornalísticas aplicadas ao vídeo 360. / The term "360" has been used for some time to refer to something that covers or encompasses various points of view. In terms of technology, it is the possibility of covering, usually in first person environments, all the points of view in a scenario. The innovation accompanies the day-to-day of all those who are at all times linked to the new technologies and look for alternatives to access information, whether for entertainment or to keep up with what is happening. The 360 is been used in both areas, so it is necessary to discern agendas.The main objective of this investigation is to consider the 360 narratives as valid to journalism, in which its apogee is the video, especially taking into account that several media practices it every day, but without a common guiding line with regard to themes, extra content and deontological rules. The 360 videos can be disseminated by the simple video player, without the use of virtual reality glasses on a computer, and therefore there is an inherent democratization of access, mainly for the user.When writing a story, the journalist aims above all to value the delivery of the message to the user, without "noise" or various influencers that can distort the access to the narrative, by practicing various rules at his disposal to achieve this purpose. The 360 immediately confers several options for exploration, so there is a need to tap the guides and rules of content availability at the time of designing a report that uses 360 videos.The context of the research is Jornalismo Porto Net (JPN), an academic journal of Porto that housed the most practical research, where several user-centred design tests and unstructured interviews were carried out, through the appropriation of already published videos that have been altered with various contents, from text to graphics, for purely experimental purposes. The objective was to simulate the practicability of contents through the applicability of JPN's editorial policy, such as speech and framing, as well as visual identity, from visual uniformity to the framing of content. The reason is mainly due to the lack of general research carried out on video 360 in the journalistic context, as well as the inexistence of guides or manuals of 360 video applicability in the media that already practice this technology.In summary, this study was mainly aimed at ascertaining the inherent limitations and how to overcome them, finding errors to be avoided and correct norms to be developed even in future works, but mainly it aimed at building the bases of a new chapter in the style book of the newspaper, to give the first step towards the regulation of good journalistic practices applied to 360 videos.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/107152
Date31 July 2017
CreatorsJoão Emanuel de Freitas Mota
ContributorsFaculdade de Engenharia
Source SetsUniversidade do Porto
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess

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