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Associação genética do polimorfismo do receptor alfa 1 da interleucina 22 à rinossinusite crônica com e sem polipose nasossinusal / Genetic association of the interleukin 22 alpha 1 receptor polymorphism to chronic rhinosinusitis with and without nasosinusal polyposis

Introdução: A rinossinusite crônica (RSC), doença multifatorial, na qual podem estar envolvidos fatores genéticos e ambientais, ainda tem muitos aspectos obscuros na sua patogênese. A genética tem se mostrado promissora na elucidação dessa complexa doença. Alguns estudos apontam que a expressão de interleucina (IL) 22 se apresenta reduzida em pacientes com RSC, podendo resultar também na redução da barreira epitelial e diminuição da produção de citocinas pró-inflamatórias Th1. Objetivos: Pesquisar a frequência dos polimorfismos no gene IL22RA1 (receptor subunidade alfa um da interleucina 22) em pacientes portadores de RSC com e sem pólipos nasais e em indivíduos normais, utilizando a técnica de sequenciamento, pelo método de Sanger, para análise de mutações; comparar as frequências dos polimorfismos encontrados no gene IL22RA1 entre os grupos e com a literatura médica e também comparar a técnica de Sanger com outras técnicas convencionais descritas na literatura. Casuística e Métodos: Foram avaliados 247 pacientes, no período de maio de 2011 a fevereiro de 2016, subdivididos em três grupos: 122 pacientes portadores de RSC com pólipos nasais (RSCcPN), 21 casos de RSC sem pólipos nasais (RSCsPN) e 104 voluntários sem sintomatologia nasal. Foram colhidas amostras de sangue venoso periférico de todos os casos e controles, e realizada a extração de DNA, com posterior análise das mesmas. Após a exclusão das perdas, restaram 70 casos de RSCcPN, 14 de RSCsPN e 68 controles. Resultados: O sequenciamento apontou 10 polimorfismos no gene IL22RA1, nos exon 2 (rs10903022, c.113_114insA/Q26Pfs*11, c.74T>A e c.141C>A), exon 4 (rs17852649), exon 5 (rs16829204), exon 6 (rs142356961) e exon 7 (rs17852648, rs34967816 e rs3795299). Os polimorfismos encontrados nos exons 2 (em homozigose), 5 e 6 foram exclusivos do grupo das patologias analisadas (RSC com e sem PN), sendo as duas últimas consideradas variáveis não sinônimas, ou seja, com capacidade de alterar a estrutura da proteína, podendo produzir impacto na patogênese da RSC. A alteração do exon 6 foi a única variante encontrada, com frequência do alelo menor (MAF) inferior a 0,01, exclusiva do grupo RSCcPN. Conclusões: Foram detectados três polimorfismos no gene IL22RA1, que até o momento não estão descritos na literatura, sendo a inserção c.113_114insA/Q26Pfs*11, possivelmente patogênica, com frequência maior nos grupos com RSC. O polimorfismo rs17852649 em heterozigose no exon 4, foi o único com diferença estatística, com predominância do alelo mutado no grupo controle, podendo conferir proteção contra o fenótipo. Também se destaca o polimorfismo rs142356961, no exon 6, do tipo não sinônimo, ou seja, capaz de alterar a estrutura final da proteína, com índice MAF<0,01, sendo exclusiva de pacientes negros portadores de RSCcPN. Estudos de replicação e com maiores coortes serão necessários para determinar se os achados do presente estudo se deram ao acaso. / Introduction: Chronic rhinosinusitis (CRS), a multifactorial disease, with genetic and environmental factors that may be involved, still have many aspects of its pathogenesis unknown. Genetics has shown itself promising in the elucidation of this complex disease. Some studies have indicated that the expression of IL-22 is reduced in patients with CRS, which may result in reduction of the epithelial barrier and decrease in the production of Th1 proinflammatory cytokines. Objectives: To investigate the frequency of polymorphisms in the IL22RA1 gene in patients with chronic rhinosinusitis with and without nasal polyps and in individuals without these pathologies, using the Sanger sequencing technique for mutation analysis; to compare the frequencies of the polymorphisms found in the IL22RA1 gene between the groups and the medical literature and also to compare the Sanger technique with other conventional techniques in the medical literature. Casuistic and Methods: From May 2011 to February 2016, 247 patients were evaluated, subdivided into three groups: 122 patients with chronic rhinosinusitis with nasal polyps (CRSwNP), 21 cases of chronic rhinosinusitis without nasal polyps (CRSsNP) and 104 volunteers without nasal symptoms. Samples of peripheral venous blood were collected from all cases and controls, and DNA extraction was performed, with subsequent analysis at the Molecular Genetics Laboratory - Ribeirão Preto Medical School Blood Center - USP. After the loss exclusion, there were 70 cases of CRSwNP, 14 CRSsNP and 68 controls. Results: Sequencing indicated 10 polymorphisms in the IL22RA1 gene, exon 2 (rs10903022, c.113_114insA / Q26Pfs * 11, c.74T> A and c.141C> A), exon 4 (rs17852649), exon 5 (rs16829204), exon 6 (rs142356961) and exon 7 (rs17852648, rs34967816 and rs3795299). Polymorphisms in exons 2 (in homozygosis), 5 and 6 were exclusive from the analyzed pathologies group (RSC with and without NP), the latter two being considered non-synonymous variables, that is, with capacity to alter the protein structure, being able to produce impact on the pathogenesis of CRS. The exon 6 alteration was the only variant found, with the minor allele frequency (MAF) under 0.01, exclusive of the RSCcPN group. Conclusions: Three polymorphisms were detected in the IL22RA1 gene, which until now are not described in the literature, and the possibly pathogenic insert c.113_114insA / Q26Pfs * 11, with a higher frequency in the groups with CRS. The polymorphism rs17852649 in heterozygosis in exon 4 was the only one with a statistical difference, with predominance of the mutated allele in the control group, which could confer protection against the phenotype. Also notable is the polymorphism rs142356961, in exon 6, of the non-synonymous type, that is, capable of altering the final structure of the protein, with MAF index <0.01, being exclusive in black patients with chronic rhinosinusitis with nasal polyps. Replication studies and larger cohorts are necessary to rule out the findings at random.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-26042018-171434
Date10 November 2017
CreatorsDinarte, Vanessa Ramos Pires
ContributorsLima, Wilma Terezinha Anselmo
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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