Introdução: Variações das condições ambientais no período neonatal alteram a fisiologia e o desenvolvimento de diferentes sistemas. Modelos animais de estimulação neonatal induzem alterações neuroendócrinas e comportamentais persistentes. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da manipulação neonatal sobre o consumo de dieta palatável em diferentes períodos de exposição a esse tipo de alimento na vida adulta, e seus desfechos em resposta à abstinência ao alimento palatável. Métodos: No dia 0 de vida (dia de nascimento), as ninhadas foram divididas em manipuladas (M) e não manipuladas (NM), as que sofriam manipulação neonatal foram separadas das mães e colocadas em uma incubadora por 10 min/dia (do dia 1 ao dia 10 de vida). Aos 21 dias foi realizada a sexagem, apenas as fêmeas foram utilizadas neste trabalho. Entre os 80 e 100 dias de vida foram pesadas e randomizadas e o trabalho foi divido em: Experimento 1– exposição crônica à dieta palatável – comparação entre 15 dias e 30 dias de consumo da dieta e Experimento 2 – abstinência da dieta palatável – comparação de 24 horas e 7 dias de privação do alimento palatável com animais sem abstinência. A dieta foi oferecida a partir dos 90 dias de vida (todas as ratas tinham no mínimo 90 dias de vida). Foram avaliados: peso corporal, consumo alimentar, depósito de gordura abdominal (antes e depois da abstinência) e os níveis de corticosterona, de TH e p-CREB na amígdala após abstinência. As análises entre os grupos foram realizadas usando diferentes modelos estatísticos, ANOVA de duas vias, ANOVA de medidas repetidas seguidas pelo teste post-hoc de Tukey e o Teste t de Student. Resultados: Experimento 1 – Ambos os 15 e 30 dias de exposição crônica à dieta palatável induzem efeitos metabólicos semelhantes. Experimento 2- As ratas manipulados no período neonatal mostram uma resposta peculiar à abstinência do alimento palatável após a exposição crônica dessa dieta por 15 dias, menor ingestão de alimento palatável após a retirada por 24 horas, acompanhado pelo aumento de TH e pCREB na amígdala. Conclusões: Este estudo sugere que as variações no ambiente neonatal podem afetar a resposta a abstinência aguda de dieta palatável, principalmente em um nível neuroquímico, aumentando o TH e presença de p-CREB na amígdala de indivíduos que sofreram manipulação neonatal e restrição de dieta palatável por 24 horas. / Introduction: Variations in environmental conditions in the neonatal period change the physiology and development of different systems. Animal models of neonatal stimulation induce neuroendocrine alterations and persistent behaviors. The objective of this research was to study the effects of neonatal handling on the consumption of palatable diet in different period of exposure to this type of food in adult life, and its outcome as a response to withdrawal to palatable food. Methods: On the day 0 of life (birth date), the offspring was divided into handled (H) and not handled (NH), the ones which underwent neonatal handling were separated from their mothers and put into an incubator for 10min/day (from day 1 to day 10 of life). By the age of 21 days a sexing was realized, only females were used in this research. Between the 80 and 100 days of life they were weighted and randomized and the study was divided into: Experiment 1- chronic exposure to palatable diet – comparison between 15 days and 30 days of diet consumption and Experiment 2 – withdrawal from palatable diet – comparison of 24 hours and 7 days of deprivation of palatable food on animals without withdrawal. The diet was offered from the 90th day of life on (all rats were at least 90 days of life). The following were evaluated: body weight, food consumption, abdominal fat deposit (before and after withdrawal) and the levels of corticosterone, TH and p-CREB of the amygdala after withdrawal. The analysis among the groups were carried out based on different statistic models, two-way ANOVA, repeated measures ANOVA followed by the Tukey post-hoc test and the Student’s t-test. Results: Experiment 1- both 15 and 30 days of chronic exposure to palatable food induce comparable metabolic effects. Experiment 2 –rats handled during the neonatal period show a peculiar response to palatable food withdrawal after chronic exposure to this diet for 15 days, ingesting less of this food after 24h withdrawal, accompanied by increased amygdala TH and pCREB. Conclusions: This study suggests that variations in the neonatal environment may affect the response to acute withdrawal from palatable diet, mainly at a neurochemical level, increasing the TH and p-CREB presence in the amygdala of neonatally handled individuals that suffered such restriction for 24 hours of palatable food.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/107045 |
Date | January 2014 |
Creators | Colman, Juliana Barcellos |
Contributors | Silveira, Patrícia Pelufo, Benetti, Carla da Silva |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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