Return to search

A tensão entre modernidade e pós-modernidade na crítica à exclusão no feminismo / The tension between modernity and post-modernity in the critic to exclusion in feminism

O objetivo deste trabalho é analisar o projeto de Nancy Fraser de pacificar a chamada guerra de paradigmas na teoria feminista, ou seja, o confronto entre teorias feministas pós-modernas e modernas. Essa análise é feita a partir do debate entre Judith Butler, Seyla Benhabib e Nancy Fraser acerca dos problemas teóricos que emergem das exclusões no movimento feminista, ou seja, da dificuldade de o movimento representar as várias formas de viver a condição feminina, levando em conta as intersecções entre a identidade de gênero, racial, de classe, etc. A intenção de Nancy Fraser é combinar a concepção de sujeito moderno e pósmoderno a fim de somar a desconstrução do sujeito, ou seja, a desnaturalização da identidade feminina com as concepções de igualdade e autonomia que estão presentes no argumento de Benhabib. Essa discussão remete a três tensões conceituais: autonomia e contextualização do sujeito; identidade e reconhecimento da diferença e igualdade e pluralidade. Por fim, concluo que a conciliação entre modernidade e pós-modernidade é problemática porque a concepção de sujeito pós-moderno apresenta desafios teóricos profundos a uma autonomia suficientemente forte para justificar a crítica social. No entanto, isso não significa necessariamente ter de escolher entre poder e autonomia, entre sujeito abstrato e determinado pelo meio. Na concepção de self narrativo de Benhabib, que ela concebe sob a influência do modernismo relutante de Hannah Arendt, encontra-se um modelo de conciliação de poder e autonomia mais promissor para vencer a exclusão no feminismo sem abandonar a identidade coletiva no movimento feminsita. / The subject of this thesis is Nancy Frasers attempt to overcome the tension between post-modernism and modernism in the feminist political theory, known as the paradigm war. This attempt is analysed though her debate with Judith Butler and Seyla Benhabib about the theoretical consequences of dealing with the problem of exclusion within the feminist movement. Nancy Fraser intends to combine Judith Butlers conception of the subject with Benhabibs conception of equality. For her, this is the only way to integrate power and autonomy in feminist political theory. This discussion leads to three theoretical tensions: contextualization of the subject and autonomy; identity and recognition of difference, and equality and plurality. My conclusion is that this combination is not possible because the post modern subjet challenges any conception of autonomy that is strong enough to explain and motivate social criticsm. Nevertheless, in Benhabibs conception of self narrative, inspired in the reluctant modernism of Hannah Arendt, we can find a theoretical model that is more adequate to fight the exclusion in feminist movement without abandoning its colletive identity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-03022010-122141
Date09 September 2009
CreatorsIngrid Cyfer Chambouleyron
ContributorsCicero Romao Resende de Araujo, Marlise Míriam de Matos Almeida, Ronaldo Porto Macedo Júnior, Eunice Ostrensky, Celi Regina Jardim Pinto
PublisherUniversidade de São Paulo, Ciência Política, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0023 seconds