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Uma antropologia para além do homem: religião e hominização na obra esferas de Peter Sloterdijk

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Previous issue date: 2013-05-16 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study is an analysis of the work of Peter Sloterdijk Spheres from two main categories: religion and human
evolution. The first category concerns the vocabulary and the theological and religious narratives that Sloterdijk uses to
develop the theory of the spheres. The second consists an a theory of human evolution, that we can glean from
esferologia. In this case, it is not thinking humanism and anti-humanism, but the hominismo, wherever, long-term
approaches that scale the anthropos. For such an approach, I put the esferologia in dialogue with two central theories in
investigations of evolutionary philosophy: the paradox comprehensive and a theory of emergency. There is a region of
undecidability between linguistic and biological matrices that determine the anthropos. My hypothesis is that a theory
esferologia is able to overcome this structural dichotomy, because it is not a dualistic or monistic, but dyadic philosophy.
Resorted to other theoretical concepts and weaves them to the narrative of the spheres. Among them, theories
about immunization systems, the general systems theory, the definition of the mediologia and the world-system, all
described in the Introduction, where I list the theoretical tools of this work. I focused on the first volume of Spheres,
which deals with the bubbles and the discrete processes of human inner. For Sloterdijk, humans are creatures ecstatic
about which operates Abroad. The humanity of man consists precisely in infinite immunological effective mediums that
anthropos created to achieve preserving immune to extra-human devastation and indifference of nature in relation to
specie. In other words, the humanity of the human being lies precisely in its ability to create efficient systems
immunologically against the crossing of extra-human forces, increasingly growing in modernity.
The human being is an interior which operates on a pure Abroad. It is he who can, through domestication
technologies, incorporating non-self to self, the sense of non-sense. Therein lies the long odyssey antropoesferológica
species. This journey is an uninterrupted continuum that systematically describes the many concepts that man has of
himself, that is, apart from being an emergency sapiens in the mundane scene, in biological terms, it consists in an
unceasing caught itself and the ontological structure the anthropos. These images depicting the journey of several
emerging fascinations proximity, in his paradoxical way of understanding are the only ways that the precarious anthropos
willing to reveal their own humanity. I call these modes of figuration of the ontological structure of human being
antropogemas. The spheres are narratives hominizadoras the itinerary of the species. The esferologia search through
these antropogemas, reaches the region pre-ontologically understanding that underlies the human vision beyond the
bivalent and monovalent, and the dualisms reductionisms and there by overcome internal antinomies present in all such
systems / Este estudo consiste em uma análise da obra Esferas de Peter Sloterdijk a partir de duas categorias centrais: religião e
hominização. A primeira categoria diz respeito ao vocabulário e às narrativas teológicas e religiosas de que Sloterdijk se
vale para desenvolver a teoria das esferas. A segunda consiste em uma teoria sobre a hominização que podemos
depreender da esferologia. Nesse caso, não se trata de pensar o humanismo ou o anti-humanismo, mas sim o hominismo,
ou seja, as abordagens de longa duração que dimensionam o antropos. Para tal abordagem, coloquei a esferologia em
diálogo com duas teorias centrais nas investigações da filosofia evolucionária: o paradoxo compreensivo e a emergência.
Existe uma região de indecidibilidade entre as matrizes biológicas e linguísticas que determinam o antropos. Minha
hipótese é a de que a esferologia é uma teoria capaz de superar essa dicotomia estrutural, pois ela não é uma filosofia
monista nem dualista, mas diádica.
Recorri a outros teóricos e conceitos para entretecê-los à narrativa das esferas. Entre eles, as teorias sobre sistemas
de imunização, a teoria geral dos sistemas, a mediologia e a definição de sistema-mundo, todas descritas na Introdução,
onde enumero o instrumental teórico deste trabalho. Concentrei-me no primeiro volume de Esferas, que trata das
Bolhas, ou seja, dos processos discretos de intimização. Para Sloterdijk, os seres humanos são criaturas extáticas sobre as
quais opera o Exterior. A humanidade do ser humano consiste justamente nos infinitos mediuns imunológicos eficazes
que o antropos criou para conseguir se preservar imune à devastação extra-humana e à indiferença da natureza em
relação à espécie. Em outras palavras, a humanidade do ser humano reside justamente na sua capacidade de criar
sistemas imunologicamente eficientes contra o atravessamento das forças extra-humanas, cada vez mais crescentes na
modernidade.
O ser humano é um interior sobre o qual opera um puro Exterior. É aquele que consegue, por meio de tecnologias de
domesticação, incorporar o não-próprio ao próprio, o não-sentido ao sentido. Nisso consiste a longa odisseia
antropoesferológica da espécie. Essa jornada é um continuum ininterrupto que descreve sistematicamente as diversas
concepções que o ser humano tem de si mesmo, ou seja, além de ser uma emergência do sapiens na cena mundana, em
termos biológicos, ela consiste em uma incessante autocompreensão e autoapreensão da estrutura ontológica do
antropos. Essas imagens que descrevem o itinerário emergente das diversas fascinações de proximidade, em seu
paradoxal modo de compreensão, são os meios precários com os quais o antropos conseguiu desvelar a sua própria
humanidade. Chamo esses modos de figuração da estrutura ontológica do humano de antropogemas. As esferas são
narrativas hominizadoras do itinerário da espécie. A esferologia procura, por meio desses antropogemas, chegar à região
pré-compreensiva que fundamenta ontologicamente o humano, para além das visões bivalentes e monovalentes, dos
dualismos e dos reducionismos e, desse modo, superar antinomias internas destes sistemas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/1891
Date16 May 2013
CreatorsRibeiro, Rodrigo Petronio
ContributorsPonde, Luiz Felipe
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, PUC-SP, BR, Ciências da Religião
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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