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Previous issue date: 2013-02-26 / FACEPE / Com a diminuição dos estoques pesqueiros e a estagnação das capturas observada desde o
final da década de 1980, a aquicultura converteu-se atualmente em uma atividade consolidada
capaz de abastecer e suprir à incessante demanda por produtos pesqueiros e proteicos de alto
valor nutricional por seu crescente aporte na produção mundial de pescados. O bijupirá
(Rachycentron canadum), conhecido internacionalmente como cobia é uma espécie nativa da
costa brasileira e tem sido apontada como excelente candidato para desenvolver a piscicultura
marinha nacional. Visando um melhor conhecimento sobre as exigências nutricionais e a
fisiologia digestiva desta espécie. O objetivo do presente trabalho foi realizar a caracterização
bioquímica e molecular da tripsina presente nos cecos pilóricos do bijupirá (Rachycentron
canadum), testar a compatibilidade da tripsina purificada com sabões em pó e a sua
estabilidade através de ensaios in vitro na presença de agentes surfactantes e oxidantes e
comparar as peptidases digestivas presentes entre espécimes selvagens e cultivados no início
do processo de domesticação em Pernambuco. Peptidases presentes nos cecos pilóricos de
bijupirás selvagens e cultivados (R. canadum) foram caracterizadas quanto as suas
propriedades físico-químicas através de ensaios de pH, temperatura ótima, estabilidade
térmica, SDS-PAGE, efeito de inibidores e zimogramas utilizando substratos específicos para
tripsina e quimotripsina (BApNA e SApNA), respectivamente. A temperatura e o pH ótimos
obtidos para a tripsina-símile dos animais selvagens e cultivados foram de 55 e 60°C e 8,0 e
10,0, respectivamente, enquanto que para quimotripsina-símile foram de 50 e 45°C e 9,5 e 8,0
respectivamente. A tripsina-símile dos bijupirás selvagens e cultivados foi fortemente inibida
com a utilização de inibidores clássicos como o PMSF (inibidor de serino proteases), TLCK
(inibidor clássico de tripsina) e benzamidina (inibidor clássico de tripsina). O mesmo padrão
foi observado para a quimotripsina-símile utilizando o TPCK (inibidor clássico de
quimotripsina). O perfil eletroforético dos animais selvagens e cultivados revelaram bandas
que variaram entre 6 kDa e 195 kDa. As bandas caseinolíticas observadas no zimograma
revelaram pequenas variações que podem ser indicativos do processo inicial de adaptação
enzimática do bijupirá frente às novas condições de cultivos quando comparados aos animais
selvagens. O processo de purificação da tripsina do bijupirá utilizando-se a cromatografia de
afinidade por BPTI-sepharose demonstrou ser um método eficiente, com alta
reprodutibilidade, rápido e viável que permitiu o isolamento da tripsina presente no ceco
pilórico e apresentou pH ótimo de 8,5, temperatura ótima de 50ºC, estabilidade térmica até 55ºC, Km de 0,38mM, Kcat 3,14 s-1 e Kcat/Km 8.26 s-1 mM-1
utilizando BApNA (8mM) como
substrato. Estas caracterísiticas físico-químicas e cinéticas foram semelhantes a outras tripsinas de peixes reportadas na literatura. A mesma apresentou-se estável na presença de
agesntes oxidantes e surfactantes e compatível com sabões em pó comerciais e que pode ser
empregada na indústria de detergentes como nova fonte alternativa de enzimas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/13417 |
Date | 26 February 2013 |
Creators | FRANÇA, Renata Cristina da Penha |
Contributors | BEZERRA, Ranilson de Souza, CARVALHO JÚNIOR, Luiz Bezerra de |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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