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Educação e identidade cultural: experiência de acadêmicos angolanos na UNESC

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação. / This study aims at examining the identity negotiations faced by the Angolan graduate students in direct contact with other students. The research also identifies how the Angolan students see Africa and Brazil; the adaptation strategies they use to cope with the Brazilian language and customs; the relationship with teachers and students; and the Angolan cultural identity imagined from the perspective of their experience in Brazil. The university is a place abundant in knowledge and language production, therefore a place of negotiation and production of identities. The theoretical background is based on the work of scholars such as Stuart Hall, in connection with the ideas of Nestor García Canclini, Tomaz Tadeu da Silva and Kathryn Woodward, who bringing important contributions on the issues related to cultural identities and differences. The text also makes reference to Marciele Cole Nazareth, who brings an important contribution to the understanding of the relationship between different subjects understood as cultural diversity. The corpus is composed of nine interviews and eleven textual productions made by the Angolan students in their selection process at Unesc. From the nine students interviewed, two were male and seven were female. Six texts were produced by young women and five by young men. The age of the students varied between 20 and 30 years old. The research occurred in two different moments: the first during the 2005 selective process, and the other during the 2010 selective process. The data collected revealed a strong process of strangeness in relation to the linguistic differences in Brazil and Angola. In the educational processes I could detect a wish of and movement toward negotiation and adaptation. There is certain pressure, certain imposition. Although it may seem subtle, the pressure is violent, since it uses the power of language and has strong emotional, relational and identity components. / O presente estudo tem como objetivo identificar e analisar as negociações identitárias dos acadêmicos angolanos relacionadas ao ensino no contexto universitário a partir das experiências vivenciadas com o outro. A pesquisa quer também identificar, nos angolanos, a partir das entrevistas e produções textuais, como eles veem a África e o Brasil; conhecer as estratégias de adaptação à nossa língua e aos nossos costumes; e, na universidade, como foi percebida a relação entre professor e aluno em contraste com a realidade angolana; como foi construída e imaginada a identidade cultural angolana a partir dessa experiência no Brasil. O espaço universitário é pleno de produção de conhecimento e linguagem, portanto um espaço de negociação e produção de identidades. Como embasamento teórico a pesquisa utiliza como referência o trabalho de Stuart Hall, teórico dos Estudos Culturais, evidenciando pontos de conexão com as ideias de Nestor García Canclini, Tomaz Tadeu da Silva, juntamente com Kathryn Woodward, os quais trazem contribuições importantes nas questões relacionadas às identidades culturais e à diferença. O texto dialoga também com Marciele Nazaré Coelho, a qual traz uma importante contribuição nas relações entre os diferentes sujeitos entendida como diversidade cultural. O corpus da pesquisa é composto de nove entrevistas e onze produções textuais feitas pelos acadêmicos angolanos durante o processo seletivo da Unesc. Dos nove entrevistados, dois eram do sexo feminino e sete eram do sexo masculino. Das produções textuais selecionadas, seis foram compostas por mulheres e cinco produções por homens. A faixa etária dos estudantes variava entre 20 a 30 anos. A pesquisa ocorreu em dois momentos: o primeiro durante o processo seletivo no ano de 2005 e o segundo em 2010 com as entrevistas. A análise dos dados revelou estranhamento quanto às diferenças de linguagem entre o português falado no Brasil e o português falado em Angola. Nos processos educacionais foi possível detectar um desejo e um movimento de negociação e adaptação. Há certa pressão, certa imposição para a mudança. Embora pareça sutil, a pressão é violenta, pois faz uso do poder da linguagem e tem fortes componentes emocionais, relacionais e identitários.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesc.net:1/1468
Date15 March 2013
CreatorsConstantino, Graciane Mondardo
ContributorsCabral, Gladir da Silva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNESC, instname:UNESC, instacron:UNESC
CoverageUniversidade do Extremo Sul Catarinense
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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