Return to search

Muitas linhas de um mesmo riscado: a umbanda das zonas de contato

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-03-15T13:33:49Z
No. of bitstreams: 1
Luan Rocha de Campos.pdf: 1658173 bytes, checksum: af836889dde68d358b07b65fd4b1b0a2 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-15T13:33:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Luan Rocha de Campos.pdf: 1658173 bytes, checksum: af836889dde68d358b07b65fd4b1b0a2 (MD5)
Previous issue date: 2017-02-16 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Born in the zone of contact between minority and discriminated groups, umbanda will be a religion of constant transformation. Without a definite canon or single doctrinal body, it will be studied by the academy and regarded as a religious phenomenon still in the process of being complete. Concerned with their legitimation, intellectuals from inside the umbanda seek in the process of intellectualization and purification of the elements considered barbarians an alternative way in view of what is accepted in society as a whole. From the postcolonial point of view, therein lies a process of domination typical of a rationalist-European thought, that places the need for intellectualization first, to the detriment of a knowledge that is born out of the interaction of bodies and natures. From this, the umbanda is forced to conform to the epistemic molds of a logic considered as the most evolved. Nowadays, we find in the umbandista environment a movement similar to the federative period, which has from the institutionalization a project of unification and universalization of Umbandist knowledge, without taking into account the locality and historical particularity of each terreiro or family saint. In this sense, it is valid, through postcolonial theory, to reread the history of umbanda to discover among the lines of a still thriving colonial project masked as an initiative in defense of freedom, equality and human alterity, a disguise that hides the stigma of the old European colonies / Nascida na zona de contato entre grupos minoritários e discriminados, a umbanda será uma religião da constante transformação. Sem cânone definido ou corpo doutrinário único, será estudada pela academia e encarada como um fenômeno religioso ainda em vias de se fazer. Preocupados com sua legitimação, intelectuais de dentro da própria umbanda buscam no processo de intelectualização e de purificação dos elementos considerados bárbaros um caminho alternativo em vista de que seja aceita em toda a sociedade. Sob a ótica pós-colonial, nisso reside um processo de dominação típico de um pensamento racionalista-europeu que coloca a necessidade de intelectualização num primeiro plano, em detrimento de um saber que nasce a partir da interação de corpos e naturezas. A partir disso, a umbanda se vê obrigada a se adequar aos moldes epistêmicos de uma lógica tida como a mais evoluída. Atualmente, verificamos no meio umbandista um movimento similar ao período federativo, que tem a partir da institucionalização um projeto de unificação e universalização dos saberes umbandistas, sem levar em consideração a localidade e a particularidade histórica de cada terreiro ou família de santo. Nesse sentido, é válido, por meio da teoria pós-colonial, reler a história da umbanda para encontrarmos nas entre-linhas projetos coloniais ainda vivos, que se mascaram de iniciativas em defesa da liberdade, igualdade e alteridade humana, mas que por detrás carregam o estigma próprio das antigas colônias européias

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19769
Date16 February 2017
CreatorsCampos, Luan Rocha de
ContributorsGuerriero, Silas
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds