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A sequência meta-vulcanossedimentar do circular, Carajás (PA): Geologia, petrografia, litoquímica e geocronologia / not available

A Sequência Meta-vulcanossedimentar do Circular (SMC) constitui um conjunto de rochas supracrustais que estão totalmente circundadas por meta-granitóides ortoderivados, o contato entre eles é composto por falhas de cavalgamento e cisalhamento com transporte tectônico para S-SW. A SMC é composta por formações ferríferas intercaladas a plagioclásio-biotita xistos, granada-biotita xistos e metabasitos, interpretados como uma sequência meta-vulcanoclástica com meta-tufos, metasedimentos terrígenos e meta-vulcânicas com contatos concordantes entre si. Intrusões de metagabros e meta-granodioritos cortam a SMC e apresentam-se metamorfisadas. Paragêneses minerais formadas por granada+biotita+grunerita nas vulcanoclásticas e andesina+hornblenda+epidoto nos metagabros, indicam que estas rochas foram metamorfisadas em fácies anfibolito e retrometamorfisadas na fácies xisto verde, marcada por cloritização e sericitização. Evidências petrográficas indicam que houve pelo menos três eventos deformacionais na SMC, o mais antigo (Sn-1) é marcado por restos de charneiras e arcos poligonais intrafoliais a uma foliação principal Sn, a última (Sn+1) é formada por microfalhas rúpteis que deslocam a Sn. Diques e sills de metagabros metamorfisados em fácies anfibolito indicam que houve pelo menos um evento deformacional após sua colocação. Os meta-granitóides do embasamento da SMC estão associados a séries magmáticas cálcio-alcalinas e cálcio-alcalinas de alto potássio, com características geoquímicas sugestivas de colocação em ambiente sin-colisional. Meta-vulcânicas e meta-tufos de composição traqui-basáltica apresentam características que podem ser associadas a magmas básicos evoluídos, já os metagabros intrusivos possuem composição basáltica e apresentam características indicativas de que são geoquimicamente mais primitivos que as meta-vulcânicas. A partir de dados isotópicos de U-Pb em zircão foi obtida uma idade concordante de 2659 ±6Ma para uma intrusão meta-granodiorítica que corta as formações ferríferas e meta-vulcanoclásticas, definindo, assim uma idade mínima para a SMC. O embasamento da sequência é formado por meta-monzogranitos que apresentaram uma idade de cristalização de 2665 ±29Ma. Os metagabros apresentaram idade discordante de 2560 ±13 interpretada como idade mínima para a colocação dos mesmos. As evidências de campo, petrográficas, litoquímicas e geocronológicas permitiram inferir uma história evolutiva para as rochas da Sequência Meta-vulcanossedimetar do Circular. A área apresenta uma evolução antiga e complexa, com no mínimo três fases de deformação, três fases de magmatismo tanto básicos quanto ácidos, variadas fases de hidortermalismo e desenvolvimento de zonas de cisalhamento. Em uma porção localizada da SMC ocorre uma mineralização de cobre formada por brechas hidrotermais e formações ferríferas hidrotermalizadas, as primeiras são formadas por verdadeiros condutos hidrotermais que exibem feições de fraturamento hidráulico por pressão de fuidos e silicificação, os segundos são formações ferríferas que hospedam a mineralização de cobre com textura stockwork, possivelmente por servirem de armadilhas químicas para a precipitação de sulfetos. Os sulfetos principais são calcopirita e pirrotita. A ausência de deformação nos sulfetos sugere que sua origem esteja associada a eventos posteriores às deformações neoarqueanas, como por exemplo a granitogênese anorogênica paleoproterozóica. Evidências geológicas e geoquímicas indicam que a mineralização é do tipo IOCG. / The Meta-volcanosedimentary Circular Sequence (SMC) is a set of supracrustal rocks that are totally surrounded by meta-granitoids, the contact between them is tectonic composed by thrust fault and transcorrent fault zones with milonitic foliation and tectonic transport for S-SW. The SMC is formed by banded iron formations intersperced with plagioclase-biotite schists, garnet-biotite schists and metabasites, interpreted as a metavulcanoclastic sequence with meta-tuffs, meta-volcanics rocks and basic affinity terrigenous meta-sediments with concordant contacts with each other. Intrusions of metamorphosed gabbros and granodiorites cut the SMC. In metavulcanoclastic rocks, mineral paragenesis is formed by garnet + biotite + grunerite, in meta-gabbros andesina + hornblenda + epidote indicates metamorphism in amphibolite facies and retrometamorphism in green schist facies, marked by chloritization and sericitization. Petrographic evidences indicates a minimum of three deformational events in the SMC, the first (Sn-1) is marked by hinges remains and intrafolial polygonal arches in a main foliation Sn (second), the third (Sn+1) is formed by ruptile micro-faults, which move Sn. Dykes and sills of meta-gabbros metamorphosed in amphibolite facies indicate at least one deformation event after its placement. The SMC basement is composed by meta-granitoids with calcium-alkaline to calcium-alkaline with high potassium magma series, suggesting they were placed in a sincollisional environment. Metavulcanic rocks formed by traquibasaltic composition have characteristics that can be associated to more evolved basic magmas than meta-gabbros, witch have basaltic composition and characteristics that their protoliths were more primitive magmas. From the isotopic data of U-Pb in zircon, a concordant age of 2659 ± 6 Ma was obtained for a meta-granodioritic intrusion that cuts the banded iron formation and metavulcanoclastic rocks, thus defining a minimum age for SMC. The basement is formed by meta-monzogranites that presented a crystallization age of 2665 ± 29Ma. The metagabrro have a discordant age of 2560 ± 13 interpreted as minimum age for his placement. Field works, petrographic description, geochemistry data and geochronological evidences allowed to infer history evolution for the Circular Meta-volcanosedimetary Sequence. The area presents an old and complex evolution, with at least three phases of deformation four intrusion phases of basic and acid magmas, various stages of hidrothermalism and development of shear zones. In a localized portion of SMC, copper mineralization occurs through hydrothermal brecchia and iron formations. The brecchias are formed on hydrothermal conduits by hydraulic fracturing with fluids pressure and silicification associated, the hydrothermalized iron formations hosts the copper mineralization with stock work texture, possibly because they serve as chemical traps for the sulphides precipitation. The main sulphides are chalcopyrite and pyrrhotite. The absence of deformation in sulphides suggests its origin is associated with pos-neoarquean deformations events, such as the anorogenic paleoproterozoic granitogenesis. Geological and geochemical evidence indicates that cooper mineralization is a IOCG type.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-22082017-091203
Date31 March 2017
CreatorsPedro Moraes Reis
ContributorsCaetano Juliani, Claudinei Gouveia de Oliveira, Colombo Celso Gaeta Tassinari, Roberto Perez Xavier
PublisherUniversidade de São Paulo, Geoquímica e Geotectônica, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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