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A imitação no desenvolvimento infantil e suas implicações para a educação segundo as concepções Antroposófica e Walloniana

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Previous issue date: 2003 / Este trabalho trata do papel da imitação no desenvolvimento da criança
sob duas visões epistemologicamente diferentes: a Teoria Psicogenética de
Henri Wallon e a Teoria Antroposófica de Rudolf Steiner, criador do sistema
Waldorf de ensino. Nele procura-se comparar como os dois autores, em
momentos históricos distintos, evidenciaram, cada um à sua maneira, a
importância do processo imitativo no desenvolvimento infantil. Wallon considerou
a imitação um processo constitutivo do desenvolvimento psíquico da criança,
uma vez que, por meio da imitação, a criança se iguala ao outro (fusão com o
outro) e se compara com ele, reconhecendo semelhanças e diferenças
(diferenciação do outro). Há todo um esforço para ajustar seu movimento
postural, um dos recursos de que dispõe na fase inicial de sua ontogênese, em
um equivalente ao do outro, para ser como ele, ou fazer o que ele faz. Nesse
esforço de aproximar-se resulta o diferenciar-se: a imagem perceptivo-motriz do
outro precisa ser segmentada e seqüenciada para se realizar em ato, esforço
que implica uma duplicação de ações na realidade aquelas que o outro fez e
as que ela própria fez. Já Steiner colocou a imitação na prática, em sua
pedagogia, como um pressuposto didático por excelência na Educação Infantil
Waldorf, pela sua constante presença e importância na fase inicial de vida, nos
aprendizados e desenvolvimento da criança, em suas muitas nuances e
sucessivas transformações, até a conquista do pensar como função consciente.
Este estudo sobre imitação tem relevância atual e é tratado com destaque nos
Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, no sentido de queas instituições educacionais infantis criem condições, no seu cotidiano, de modo
a permitir as atividades próprias da criança, incluindo as brincadeiras livres,
sempre dinâmicas, estimuladoras do pensar e ricas em imitações. Os autores da
Pedagogia Waldorf concebem o ser humano de modo integral, assim como
Wallon, mas diferentemente desse, aqueles entendem-no integrado, também, a
sua preponderante dimensão espiritual. Enquanto perspectiva educativa, a
Waldorf busca sincronizar as atividades escolares propostas com as reais
necessidades da fase de desenvolvimento da criança, sempre considerando sua
dimensão espiritual, além da física, anímica emocional, e as relações sociais.
O presente estudo propõe uma reflexão sobre os possíveis benefícios que as
concepções da Teoria Psicogenética de Wallon e da Antroposofia de Steiner
podem trazer para a prática educacional infantil na atualidade

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4748
Date January 2003
CreatorsMatwijszyn, Marise
ContributorsIsabel Patricio de Carvalho Pedrosa, Maria
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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