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O abraço do medo : violência e identidade na obra de Lygia Bojunga /

Orientador: Cláudia Maria Ceneviva Nigro / Banca: Giséle Manganelli Fernandes / Banca: Roxana Guadalupe Herrera Alvarez / Banca: Divanize Carbonieri / Banca: Flávia Andréa Rodrigues Benfatti / Resumo: Quando se trata de violência, não é exagero dizer que todos estamos de alguma forma envolvidos. Salvo pouquíssimas exceções, quem não a pratica ou a sofre, testemunha algum ato de violência, físico ou moral. Acreditamos que uma característica da literatura é retratar os problemas que afetam o ser humano, como é o caso da violência. Por meio da leitura de obras literárias, o homem dialoga com o mundo e consigo mesmo. Assim, problemas de diversas naturezas emergem de maneira distinta para cada leitor, num movimento possível de catarse. O objetivo geral deste trabalho é destacar formas de manifestação da violência na obra de Lygia Bojunga. Buscamos as marcas da violência não apenas nas ações das personagens - expressas desde o autoritarismo familiar até o estupro e o assassinato -, mas também no dizer performático de personagens e narradores. Nosso corpus é composto das vinte e duas obras publicadas por Bojunga, analisadas a partir do estabelecimento de diálogos entre elas, considerando três aspectos da violência - autoritarismo, desigualdade socioeconômica e gênero. Por meio de uma leitura interdisciplinar, embasada nos Estudos Subalternos, analisamos a literatura vinculada à ideologia em cada livro, envolvendo, dessa forma, os contextos histórico, social e político. Mostramos que, diante de crises existenciais geradas pela violência do embate entre o eu e o outro - responsáveis por constantes transformações identitárias -, personagens e narradores questionam a estrutura hierárquica, em meio a situações hostis, a que sujeitos subalternos são expostos / Abstract: When it comes to violence, it is no exaggeration to say that we are all involved somehow. With few exceptions, who does not practice it or is subjected to it, witnesses some act of violence, either physical or moral. We believe that a feature of literature is to point out the problems which affect humans, such as violence. By reading literary works, man dialogues with the world and with himself. Thus, several kinds of problems emerge differently for each reader in a possible process of catharsis. The aim of this study is to highlight forms of violence manifestation in Lygia Bojunga's work. We identified marks of violence not only in characters' actions - expressed from family authoritarianism to rape and murder - but also in characters' and narrators' performative way of saying words. Our corpus is composed of Bojunga's twenty-two published books, and analysed from the communication established by three aspects of violence - authoritarianism, socioeconomic inequality and gender. Through an interdisciplinary reading, based on Subaltern Studies, we investigate literature attached to ideology in each book, involving thus a more critical approach of the historical, social and political contexts. When facing existential crises generated by the struggle violence between the self and the other - responsible for constant identity transformations -, we present that characters and narrators question the hierarchical structure within hostile situations in which subaltern subjects are exposed to / Doutor

Identiferoai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000868852
Date January 2016
CreatorsLaranja, Michelle Rubiane da Rocha.
ContributorsUniversidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas.
PublisherSão José do Rio Preto,
Source SetsUniversidade Estadual Paulista
LanguagePortuguese, Portuguese, Texto em português; resumos em português e inglês
Detected LanguageEnglish
Typetext
Format228 f. :
Coveragex-x-
RelationSistema requerido: Adobe Acrobat Reader

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