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Tese THIAGO MAGALHÃES. 2016.pdf: 1427992 bytes, checksum: 34f7557c55899cd7c86016703d07af9d (MD5) / A raça/cor é empregada como um eixo central na pesquisa biomédica e das iniquidades em saúde. Por outro lado, o aperfeiçoamento tecnológico tem permitido a estimativa cada vez mais acurada da ancestralidade biogeográfica individual. Visto que a raça/cor e a ancestralidade biogeográfica podem atuar como marcadores de exposições tanto a fatores genéticos quanto a determinantes não genéticos que afetam o status de saúde dos indivíduos, o conhecimento e a quantificação da relação existente entre raça/cor e ancestralidade, como também da relação entre essas variáveis e diferentes determinantes sociais da saúde, é de grande importância no campo da epidemiologia. Isso é especialmente destacado para desfechos cuja prevalência ou gravidade são desigualmente distribuídos entre grupos étnico-raciais distintos, a exemplo da asma e alergias. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo investigar as relações entre ancestralidade biogeográfica, raça/cor auto-relatada, determinantes sociais da saúde e asma e atopia. A tese foi estruturada em três capítulos, sendo que o primeiro foi desenvolvido a partir de um estudo caso-controle para dengue realizado nas cidades de Salvador e Fortaleza, enquanto que os dois últimos foram estudos transversais conduzidos na população integrante do Social Changes Asthma and Allergy in Latin America (SCAALA) - Salvador. No primeiro artigo, que avaliou a associação entre a ancestralidade biogeográfica e a raça/cor auto-relatada, verificou-se que a força dessa relação foi maior em Salvador do que em Fortaleza, embora significante nas duas cidades. Além disso, análises acerca da estruturação da diversidade genética revelaram uma maior estrutura genética presente em Salvador comparativamente a Fortaleza. No segundo artigo nós investigamos e comparamos a associação da ancestralidade biogeográfica e da raça/cor auto-relatada com diferentes variáveis sociodemográficas, ambientais e marcadores de infecções. Enquanto a ancestralidade biogeográfica e a raça/cor foram significativamente associadas com marcadores de infecções, apenas a ancestralidade biogeográfica foi um preditor para status socioeconômico e variáveis ambientais. O aumento da proporção de ancestralidade individual africana foi associado com condições socioeconômicas e ambientais mais precárias, com o contrário sendo observado para a ancestralidade europeia. Por fim, no terceiro artigo foi analisada a associação entre a proporção de ancestralidade individual africana e sintomas de asma, fenótipos de asma e atopia, considerando a influência de variáveis socioeconômicas, ambientais, infecções e fatores psicossociais. O aumento da proporção de ancestralidade africana foi negativamente associado com atopia, medida através do teste de reatividade cutânea (SPT), e positivamente associado com asma não atópica. Esses achados sugerem que eventuais fatores genéticos subjacentes à ancestralidade africana são mais prováveis de desempenhar algum papel na asma não atópica, o que precisará ser confirmado em estudos posteriores.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/21635 |
Date | 03 June 2016 |
Creators | Silva, Thiago Magalhães da |
Contributors | Barreto, Mauricio Lima, Fiaccone, Rosemeire, Iriart, Jorge Alberto Bernstein, Teixeira, Maria da Glória Lima Cruz, Gonçalves, Marilda de Souza, Cruz Filho, Alvaro Augusto Souza da, Chor, Dóra |
Publisher | Instituto de Sapude Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, ISC-UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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