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Julgamento de lances futebolísticos na perspectiva do árbitro de futebol de campo

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Previous issue date: 2006 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Neste estudo pretendeu-se verificar o raciocínio moral implicado no julgamento de lances
futebolísticos, na perspectiva do árbitro de futebol de campo. Para compreender e buscar
explicações sobre ato de julgar tomou-se como referencial o construto teórico de Jean Piaget,
referente ao juízo moral, incluindo o conceito de justiça que tem início com a noção de justiça
imanente, evoluindo para a justiça retributiva e, finalmente, conquistando seu estágio mais
refinado, a justiça distributiva, cujo estabelecimento reflete a mudança de um tipo de moral
heterônoma para uma autônoma. Por outro lado, levou-se também em consideração a teoria de
Lawrence Kohlberg, que aprofundou os estudos de Piaget, preconizando a existência de três
níveis no desenvolvimento moral (pré-convencional, convencional e pós-convencional),
desdobrados em seis estágios, que ele considerou universais. A amostra foi composta por 91
respondentes do sexo masculino, com idade média de 34 anos, sendo 61 árbitros pertencentes
a duas Federações de Futebol sediadas no Nordeste brasileiro, e 30 torcedores de clubes
também nordestinos, com os quais o pensamento dos árbitros foi contrastado. Para dar acesso
ao fenômeno pretendido, os participantes analisaram, julgaram e responderam por escrito a
oito situações hipotéticas, sendo quatro dilemáticas e quatro não dilemáticas, ocorridas no
ambiente do futebol e fora dele. Os resultados indicaram que árbitros e torcedores
apresentavam mais semelhanças do que diferenças, quanto aos critérios utilizados no
julgamento, à discordância sobre decisões que representavam injustiça e quanto à coerência
entre o julgamento que faziam sobre as ações morais dos outros e as suas próprias. À luz dos
estudos de Kohlberg, no julgamento de situações que denotavam lances futebolísticos,
predominou o raciocínio moral convencional, com aplicação da justiça distributiva do estágio
4. Sob a ótica da teoria de Piaget, verificou-se que o raciocínio moral autônomo estava
implicado no julgamento dos referidos lances, com predominância da justiça distributiva
igualitária nas situações futebolísticas não dilemáticas e da justiça distributiva eqüitativa nas
futebolísticas dilemáticas. A pesquisa colaborou para ampliação dos conhecimentos da
Psicologia do Desenvolvimento Moral do adulto, objetivando instigar o debate teórico sobre o
tema, na área da Psicologia Cognitiva e Psicologia do Esporte, esperando-se, por outro lado,
que a difusão destes conhecimentos, na comunidade científica ou fora dela, possa ter reflexos
na prática da arbitragem do futebol, tendo em vista uma maior conscientização dos
simpatizantes e dos próprios árbitros, sobre a relevância de seu trabalho dentro de campo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8916
Date January 2006
CreatorsMaria Silva de Moura, Santana
ContributorsRoazzi, Antonio
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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