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Previous issue date: 2011 / The objective of this thesis is to analyze the relationship among genealogy, biopolitics and liberalism in Michel Foucault. The concept of biopolitics (or biopower) appeared, in Foucault’s political thought, in conclusion of his researches around genealogy of disciplinary power– notably regarding his work Discipline and Punish (1975), and lectures at the Collège de France in the first half of decade of 1970 – mainly in the course Society Must be Defended (1975-1976) and in the last chapter of his work History of Sexuality I: The will of know (1976), “Right of Death and Power Over Life”. In this works, the biopolitics is developed in opposition to the sovereign power of life and of death. Already in the courses Security, Territory, Population (1977-1978) and The Birth of Biopolitics (1978-1979), Foucault develops the concept of biopolitics linking it to “genealogy of modern State”. The research interest of Foucault turns, now, to the study of modern’s market economy of post-War, particularly of German Ordoliberalism and of American Neo-liberalism of Chicago School and yours Theory of Human Capital, in order to realize the reformulation of the biopolitics question within the framework of neoliberal governmentality. My thesis, in this sense, wants to appoint to threes central elements of analysis developed by Michel Foucault around de relationship among genealogy, biopolitics and liberalism. (a) One of the fundamental features of neoliberalism is the increasing economization of processes related to the life of individuals and of the populations: in others words, the widespread application of economic grid to others phenomena of social life (the issue of crime, of education, of genetic engineering etc. ) that are not merely phenomena economics.(b) The problem of freedom, precisely because the freedom is a fundamental element of the exercise of political power, of neoliberal governmentality: the neoliberalism is a producer of freedoms, in that it requires them to the proper functioning of the market economy; in compensation – and here reside its paradox-, it creates managements mechanism of this same freedom, appointed by Foucault as security mechanisms. The paradox is that, at the same time that liberalism produces a certain number of freedoms, it is required to create mechanisms that block these freedoms. (c) The individual, according to the liberal perspective, is thought essentially as Homo Oeconomicus, as competitive and producer individual: and therefore the process of subjectification and socialization of individuals, as our understanding, is fundamentally permeated by the dynamics of economic rationality. / Esta tese tem por objetivo analisar a relação entre genealogia, biopolítica e liberalismo em Michel Foucault. O conceito de biopolítica (ou biopoder) apareceu, no pensamento político de Foucault, como conclusão de suas pesquisas em torno da genealogia dos micropoderes disciplinares – notadamente no que se refere à sua obra Vigiar e Punir (1975) e aos cursos no Collège de France na primeira metade dos anos de 1970 – principalmente no curso Em Defesa da Sociedade (1975-1976) e no último capítulo de sua obra História da Sexualidade I: A Vontade de Saber (1976), “Direito de Morte e Poder Sobre a Vida”. Nestas obras, a biopolítica é desenvolvida em oposição ao poder soberano de vida e de morte. Já nos cursos Segurança, Território, População (1977-1978) e Nascimento da Biopolítica (1978-1979), Foucault desenvolve o conceito de biopolítica articulandoo à “genealogia do Estado moderno”. O interesse de pesquisa de Foucault volta-se, agora, ao estudo das modernas economias de mercado do pós-guerra, em particular do Ordoliberalismo alemão e do neoliberalismo americano da Escola de Chicago e sua Teoria do Capital Humano, com o intuito de perceber a reformulação da questão da biopolítica nos marcos da governamentalidade neoliberal. Minha tese, nesse sentido, quer apontar para três elementos centrais das análises desenvolvidas por Michel Foucault em torno da relação entre genealogia, biopolítica e liberalismo.(a) Uma das características fundamentais do neoliberalismo é uma crescente economização dos processos relacionados à vida dos indivíduos e das populações: trata-se, sobretudo, da aplicação generalizada da grade econômica a outros fenômenos da vida social (a questão da criminalidade, da educação, da engenharia genética, etc. ) que não meramente fenômenos econômicos. (b) O problema da liberdade, justamente porque a liberdade é um elemento fundamental do exercício do poder político, da governamentalidade neoliberal: o neoliberalismo é produtor de liberdades, na medida em que ele necessita delas para o bom funcionamento da economia de mercado; em compensação – e aqui reside seu paradoxo –, ele cria mecanismos de gestão dessa mesma liberdade, nomeados por Foucault como mecanismos de segurança. O paradoxo está em que, ao mesmo tempo que o liberalismo produz certo número de liberdade, ele é obrigado a criar mecanismos que bloqueiam essas mesmas liberdades. (c) O indivíduo, segundo a ótica neoliberal, é pensado essencialmente enquanto homo oeconomicus, enquanto indivíduo competitivo e produtor: e, por isso, o processo de subjetivação e de socialização dos indivíduos, conforme nosso entendimento, é perpassado fundamentalmente pela dinâmica da racionalidade econômica.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/3504 |
Date | January 2011 |
Creators | Danner, Fernando |
Contributors | Oliveira Junior, Nythamar Hilario Fernandes de |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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