As células T regulatórias (Tregs) são essenciais para a manutenção da tolerância periférica, prevenção de doenças autoimunes e limitantes nas doenças inflamatórias crônicas. Além disso, essas células exercem um papel fundamental no controle da rejeição de transplantes. Diferentes protocolos mostraram que é possível obter Tregs a partir de células T naive CD4+ in vitro. Para tal, é consenso que o TGF-? e a interleucina-2 (IL-2) são capazes de direcionar as células T naive CD4+ a se tornarem regulatórias após um estímulo antigênico (anti-CD3/CD28). Nosso grupo recentemente notou que, durante a imunomodulação de linfócitos T pelas células estromais mesenquimais (CTMs), estas eram capazes de produzir adenosina que, por sua vez, participa do processo de imunorregulação. Outros trabalhos indicam que as CTMs suprimem a proliferação dos linfócitos T pela geração de Tregs e que as CTMs induzem a geração de Tregs através da regulação negativa da via TCR e da via AKTmTOR. Evidências apontam que a adenosina pode atuar regulando negativamente a via mTOR. Portanto, acredita-se que a adenosina possa participar do processo de geração de Tregs através da modulação da via mTOR. Além disso, estudos recentes indicam que a ativação de receptores de adenosina, mais especificamente A2a, com agentes agonistas, leva ao aumento da produção de células Tregs, enquanto que a utilização de agentes antagonistas destes receptores leva à diminuição da diferenciação de Tregs. Porém, estes estudos mostram a geração de Tregs a partir de células T naive de camundongos. Visto a grande importância das Tregs no contexto imunológico, a produção eficiente de Tregs in vitro tem importância fundamental para o desenvolvimento de novos protocolos terapêuticos para o tratamento de doenças autoimunes e no combate à rejeição de transplantes. Assim, o objetivo central deste trabalho foi avaliar a participação de agonistas e antagonistas de receptores de adenosina na indução de células T regulatórias geradas in vitro (iTreg) pela ativação de células T CD4+ naive isoladas de sangue de cordão umbilical (SCU) humano. Para isso, células mononucleares foram isoladas de bolsas de SCU e as células T naive foram isoladas imunomagnéticamente. Essas células foram ativadas com beads ligadas a anticorpos anti-CD2/CD3/CD28 e cultivadas por cinco dias na presença de IL-2 e diferentes concentrações de drogas agonistas e antagonistas de receptores de adenosina. Em seguida, foram avaliados os principais marcadores de células T regulatorias por meio de citometria de fluxo e o meio de cultura foi coletado ao final da geração para quantificação de citocinas. Além disso, o RNA total foi extraído de todas as condições de cultivo para a análise da expressão de genes envolvidos na geração e desenvolvimento das Tregs, por PCR quantitativo. O potencial de supressão de células T efetoras também foi avaliado. / Regulatory T cells (Tregs) are essential for the maintenance of peripheral tolerance, prevention of autoimmune and limiting diseases in chronic inflammatory diseases. In addition, these cells play a key role in the control of transplant rejection. Different protocols have shown that it is possible to obtain Tregs from naive CD4+ T cells in vitro. To this end, there is consensus that TGF-? and interleukin-2 (IL-2) are capable of directing the naive CD4 + T cells to become regulatory following an antigenic stimulus (anti-CD3/CD28).. Our group recently noted that during the immunomodulation of T lymphocytes by mesenchymal stromal cells (MSCs), they were able to produce adenosine which in turn participates in the immunoregulation process. Other studies indicate that MSCs suppress the proliferation of T lymphocytes by generation of Tregs and that MSCs induce generation of Tregs by downregulation of the TCR pathway and the AKT-mTOR pathway. Evidence indicates that adenosine may act by downregulating the mTOR pathway. Therefore, it is believed that adenosine may participate in the generation of Tregs by modulating the mTOR pathway. In addition, recent studies indicate that activation of adenosine receptors, more specifically A2a, with agonist agents, leads to increased production of Treg cells, whereas the use of antagonistic agents of these receptors leads to a decrease in Treg differentiation.. However, these studies show the generation of Tregs from naive T cells of mice. In view of the great importance of Tregs in the immunological context, the efficient production of Tregs in vitro is of fundamental importance for the development of new therapeutic protocols for the treatment of autoimmune diseases and in the fight against transplant rejection. Thus, the central objective of this study was to evaluate the participation of adenosine receptor agonists and antagonists in induction of regulatory T cells generated in vitro (iTreg) by the activation of naive CD4+ T cells isolated from human umbilical cord blood (SCU). For this, mononuclear cells were isolated from SCU and naive T cells were immunomagnetic isolated. These cells were activated with beads bound to anti-CD2/CD3/CD28 antibodies and cultured for five days in the presence of IL-2 and different concentrations of agonist drugs and antagonists of adenosine receptors. Next, the major regulatory T-cell markers were assessed by flow cytometry and the culture medium was collected at the end of the generation for quantification of cytokines. In addition, total RNA was extracted from all culture conditions for the analysis of the expression of genes involved in the generation and development of Tregs by quantitative PCR. The potential for suppression of effector T cells was also evaluated.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-19072018-135504 |
Date | 02 May 2018 |
Creators | Freitas, Helder Teixeira de |
Contributors | Panepucci, Rodrigo Alexandre |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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