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Plasticidade morfol?gica de ?rvores e sua aplica??o na restaura??o da Caatinga

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Previous issue date: 2016-09-23 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / A Plasticidade fenot?pica em esp?cies de plantas tem se
demonstrado um bom mecanismo para explicar parte da distribui??o
e ocorr?ncia de esp?cies no planeta. Estudos v?m sendo
desenvolvidos para testar o papel da plasticidade em processos como
invas?o de esp?cies ex?ticas e expans?o geogr?fica de esp?cies para
locais heterog?neos, perturbados ou estressantes. Para tal, leva-se
em considera??o a capacidade de uma esp?cie em modificar suas
estruturas frente ? um ambiente independente do gen?tipo. Dentro
do contexto da biologia do desenvolvimento, a literatura tem utilizado
uma abordagem com linhagens de gen?tipos conhecidos, o que
chamamos de plasticidade fenot?pica strictu sensu. Por outro lado,
estudos que tenham como foco aspectos ecol?gicos, tendem a
assumir como plasticidade qualquer modifica??o do fen?tipo frente a
mudan?as no recurso ambiental. Para esta abordagem ecol?gica, o
termo utilizado ? a Plasticidade fenot?pica latu sensu, onde s?o
inclu?dos e assumidos como mecanismos: normas de rea??o,
variabilidade gen?tica e a pr?pria plasticidade strictu sensu, intra e
interespec?fica. Neste caso espec?fico, um bom delineamento na
coleta de dados ? fundamental para que n?o ocorra algum vi?s
interpretativo. As caracter?sticas pl?sticas possuem uma grande
import?ncia adaptativa. Atrav?s delas ? poss?vel compreender quais
estrat?gias morfol?gicas e fisiol?gicas permitem com que as plantas
lidem com perturba??es pontuais e com ambientes altamente
estressantes. A compreens?o destas estrat?gias pode trazer, al?m do
melhor entendimento das comunidades naturais, uma ferramenta ?til
em programas de restaura??o. O semi?rido brasileiro ? um bioma
altamente estressante, caracterizado por um forte filtro ambiental de
estresse h?drico e altas temperaturas. Ademais, 53% de seu territ?rio
j? foi desmatado, e os m?todos de restaura??o utilizados possuem
baixa efetividade. A compreens?o das estrat?gias de aloca??o de
biomassa das plantas neste sistema ? urgente para que esses m?todos de restaura??o possam ser mais efetivos. Neste sentido, o primeiro cap?tulo desta tese busca compreender as poss?veis rela??es
entre padr?es de plasticidade e a capacidade de esp?cies arb?reas
serem bem sucedidas em programas de restaura??o. P?de-se
observar que esp?cies diferiram significativamente em sua
capacidade pl?stica no que diz respeito ? aloca??o de biomassa em
raiz versus parte a?rea. As esp?cies mais pl?sticas apresentaram em
geral um maior potencial de sobreviv?ncia em campo, demonstrando
que a flexibilidade na aloca??o de biomassa, desempenha um
importante papel em ambientes estressantes. Grime (1977) em seu
trabalho cl?ssico aponta 3 principais estrat?gias de capta??o e uso de
recursos que plantas utilizam para lidar com diversas press?es
ambientais: Ruderais, Competidoras e Estresse-tolerantes. Sabe-se
que plantas Competidoras tendem a apresentar maior plasticidade
fenot?pica enquanto que em plantas Estresse-tolerantes a
plasticidade ? menos expressiva. Pouco se compreende sobre como
estas estrat?gias de capta??o de recurso funcionam no semi?rido
brasileiro. Da mesma forma, ainda permanece como uma lacuna
entender se existe varia??o pl?stica das esp?cies com estrat?gias
distintas em diferentes situa??es de disponibilidade de recurso. Por
isto, no segundo cap?tulo buscou-se testar se caracter?sticas
morfofuncionais dessas esp?cies vegetais estariam correlacionadas
com suas estrat?gias de resposta ? seca e se esp?cies arb?reas
diferem nas suas estrat?gias de aloca??o em raiz e parte a?rea
quando enfrentam situa??es de estresse h?drico. Espera-se que as
esp?cies ?Competidoras? tendam a apresentar maior capacidade de
realoca??o de biomassa frente as altera??es abi?ticas do que as
esp?cies com caracter?sticas ?Estresse-tolerantes?. As estrat?gias de
crescimento e aloca??o em raiz e parte a?rea das esp?cies lenhosas
estudadas diferiram de acordo com as disponibilidades de recursos.
Algumas esp?cies apresentaram respostas de maior ac?mulo de
biomassa em raiz em rela??o ? parte a?rea quando irrigadas, outras
apresentaram maior investimento em biomassa em raiz quando em
tratamentos de seca. Em geral, a rela??o do investimento em raiz e parte a?rea n?o demonstrou estar correlacionadas com
caracter?sticas morfofuncionais de altura, SLA e densidade de
madeira, no entanto, ?rvores mais altas se mostraram mais
propensas a alongarem suas ra?zes em situa??es de seca. A
diversidade de estrat?gias que possuem as esp?cies da Caatinga
pode ser atribu?da aos seus diferentes hist?ricos de press?es, aliado
ao filtro ambiental que a Caatinga exerce, modulando um grupo de
estrat?gias que n?o podem ser completamente explicadas pelo
modelo do tri?ngulo do Grime (1977). A compreens?o em larga escala
de como os tipos de plasticidades morfol?gicas e fisiol?gicas e de
parte a?rea e raiz variam de acordo com fatores abi?ticos ainda n?o ?
clara. Por isto, no terceiro cap?tulo testamos se esp?cies que
apresentam maior plasticidade fisiol?gica apresentam tamb?m maior
plasticidade morfol?gica, se plantas s?o mais pl?sticas em atributos
fisiol?gicos ou morfol?gicos e se o tipo de recurso dispon?vel, seja
este acima ou abaixo do solo poderia influenciar diferencialmente a
plasticidade de aloca??o em raiz e parte a?rea. Vimos que de modo
geral n?o h? diferen?a entre investimento de plasticidade entre
atributos fisiol?gicos e morfol?gicos. Pode-se tamb?m verificar que
existe diferen?a nos n?veis de plasticidade entre esp?cies, por?m
aquelas que s?o mais pl?sticas em atributos morfol?gicos tamb?m o
s?o em atributos fisiol?gicos. Adicionalmente, verificou-se que a
altera??o de um recurso de solo como ?gua e nutrientes leva a uma
maior aloca??o em ra?zes, enquanto que a altera??o em recursos
acima do solo como luz e CO2 leva a uma maior aloca??o de biomassa
em folhas e galhos. Esses resultados demonstram que plantas n?o s?
diferem em sua capacidade de serem pl?sticas frente ?s altera??es
ambientais, mas que tamb?m o seu maquin?rio fisiol?gico e
morfol?gico evolui conjuntamente para expressar caracter?sticas
pl?sticas. Adicionalmente, a plasticidade em plantas ? usada como
um meio de intensificar a captura de um recurso quando este se
torna dispon?vel.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/22538
Date23 September 2016
CreatorsPinheiro, C?ntia Cardoso
Contributors10250312883, http://lattes.cnpq.br/3024078007563102, Fonseca, Carlos Roberto Sorensen Dutra da, 75617633791, http://lattes.cnpq.br/2567786500828682, Venticinque, Eduardo Martins, 07873068862, http://lattes.cnpq.br/3582966116563351, Darrigo, Maria Rosa, 21418555860, http://lattes.cnpq.br/8098101502317380, Lion, Mar?lia Bruzzi, 70472971115, http://lattes.cnpq.br/7186744029880585, Ganade, Gislene Maria da Silva
PublisherPROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM ECOLOGIA, UFRN, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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