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Previous issue date: 2015 / This work intends to contribute to the discussion that occurs in analytic philosophy on the epistemology of Hegel, investigating the Dilemma of the criterion based on the interpretation of Hegelian response to it made by Westphal and suggesting possibilities of dialogue from the approach with the Chisholm. The Dilemma of the criterion relates to the arguments of Sextus Empiricus on the impossibility of deciding whether there is or not a Criterion of truth. The argument support that there is a circularity between demonstration and criterion, which branches to the contradictory requirement that the criterion is conditioned and unconditioned, and is based on the application of skeptical Trilemma of Agrippa. We agree with Westphal that Hegel faces the Dilemma of criterion to propose to verify the legitimacy of different conceptions of knowledge without presupposing a concept of knowledge as a criterion. However we consider his approach ambiguous to identify criteria that have been borne by Hegel. These criteria defined the coherence in pragmatic, internal and reflexive dimensions. In addition, Westphal points to several assumptions not shown in Hegel: a realism that assumes that coherence is only possible if there is correspondence, a trust in the capabilities and cognitive dispositions of consciousness, the idea of a common culture to unite the figures of consciousness, the readers of Phenomenology and Hegel himself and a teleological view of history. These theses are not integrated with fallibilism that Westphal attributes to Hegel and at the same time, they did not solve the Dilemma of criterion. These theses are interesting, also for its critical potential, but we believe that the essence of Hegel's response to the Dilemma of the criterion is in its immanent approach of justification that it is expressed in the Phenomenology in two methodological perspectives: phenomenological exposure and the dialectical phenomenology. This contains three steps: auto exposure of ontological and epistemological assumptions, reductio ad absurdum and determinate negation. All Phenomenology’s assumptions are submitted to an attempted reductio ad absurdum, and what all they assume is shown as absolute knowledge. This notion contains the elimination of the scission between knowledge and object and, with it, the scission between truth and justification, which underlies to transcendent approach to justification, presupposed by the Dilemma of the criterion and the epistemological approaches. Hegel's answer to the Dilemma of the criterion thus assumes an exhaustive reduction to absurd of all transcendent approaches and the legitimacy of the demonstration by refutation. From this, we propose some points of contact between the approach of Hegel and the Chisholm. Firstly, this author has a very restricted view of the nature of the criteria, which could be extended from Hegel's vision. Second, both Chisholm as his critics use forms of immanent approach that could be better respected, including their relationship with skepticism by a dialogue with Hegel. Third, the potential implicit in the Hegelian approach to knowledge could be further exploited through contact with the theoretical and language resources available in contemporary analytic epistemology. / Este trabalho pretende contribuir com a discussão que ocorre na filosofia analítica sobre a epistemologia de Hegel, investigando o Dilema do critério a partir da interpretação que Westphal faz da resposta hegeliana a ele e sugerindo possibilidades de diálogo a partir da aproximação com a abordagem de Chisholm. O Dilema do critério diz respeito aos argumentos de Sexto Empírico sobre a impossibilidade de decidir se há ou não um critério de verdade. O argumento sustenta que há uma circularidade entre demonstração e critério, decorrente da exigência contraditória de que o critério seja condicionado e incondicionado, e baseia-se na aplicação do Trilema cético de Agripa. Concordamos com Westphal que Hegel enfrenta o Dilema do critério ao propor-se verificar a legitimidade de diferentes concepções de conhecimento sem pressupor um conceito de conhecimento como critério. Mas consideramos sua abordagem ambígua, ao identificar critérios que teriam sido assumidos por Hegel. Esses critérios definiriam a coerência nas dimensões pragmática, interna e reflexiva. Além disso, Westphal aponta diversos pressupostos não demonstrados em Hegel: um realismo que supõe que a coerência só é possível se há correspondência, uma confiança nas capacidades e disposições cognitivas da consciência, a tese de uma cultura comum a unir as figuras da consciência, os leitores da Fenomenologia e o próprio Hegel e uma visão teleológica de história. Essas teses não se integram com o falibilismo que Westphal atribui a Hegel e, ao mesmo tempo, tornam não resolvido o Dilema do critério. Consideramos essas teses interessantes, inclusive pelo seu potencial crítico, mas acreditamos que o essencial da resposta hegeliana ao Dilema do critério está em sua abordagem imanente da justificação, que na Fenomenologia expressa-se em duas perspectivas metodológicas: a exposição fenomenológica e a fenomenologia dialética. Esta contém três passos: autoexposição dos pressupostos ontológicos e epistemológicos, redução ao absurdo e negação determinada. Todos os pressupostos da Fenomenologia são submetidos a uma tentativa de redução ao absurdo, e o que todos eles pressupõem evidencia-se como saber absoluto. A noção de saber absoluto contém a eliminação da cisão entre saber e objeto e, com ela, da cisão entre verdade e justificação, que subjaz à abordagem transcendente da justificação, pressuposta pelo Dilema do critério e pelas abordagens epistemológicas. A resposta hegeliana ao Dilema do critério, assim, pressupõe uma redução ao absurdo exaustiva de todas as abordagens transcendentes e a legitimidade da demonstração por refutação.A partir disso, propomos alguns pontos de contato entre a abordagem de Hegel e a de Chisholm. Em primeiro lugar, esse autor tem um ponto de vista bastante restrito sobre a natureza dos critérios, que poderia ser alargado a partir da visão de Hegel. Em segundo lugar, tanto Chisholm como seus críticos utilizam formas da abordagem imanente que poderiam ser mais bem conceituadas, inclusive em sua relação com o ceticismo, mediante um diálogo com Hegel. Em terceiro lugar, a potencialidade implícita na abordagem hegeliana do conhecimento poderia ser mais bem explorada através do contato com os recursos teóricos e linguísticos disponíveis na epistemologia analítica contemporânea.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/7136 |
Date | January 2015 |
Creators | Gaboardi, Ediovani Antonio |
Contributors | Luft, Eduardo |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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