Este trabalho investiga os sentidos atribuídos pelos alunos ao que estudam em História. A pesquisa tratou de um grupo de 170 estudantes que compuseram as turmas do Centro de Estudar Acaia Sagarana ao longo dos anos de 2011 a 2015. O Centro de Estudar Acaia Sagarana é um núcleo do Instituto Acaia, sediado em São Paulo (SP), que trabalha anualmente com um grupo de 36 alunos que têm o projeto de continuar estudando, egressos do Ensino Médio da rede pública estadual paulista. Nas aulas de História, uma das sequências didáticas, que ocorre na metade do ano letivo, trata do processo de Independência do Brasil. Em torno dela, pesquisamos os conhecimentos prévios dos alunos e as concepções com as quais eles chegam às aulas, tanto no que concerne especificamente à Independência, quanto em relação à formação territorial brasileira. Notamos que tais conhecimentos prévios derivam e participam dos imaginários sociais, que são aqui compreendidos como parte da realidade social e não como reflexo dela. Assim, na mesma medida em que a imagem da Independência que os alunos têm está muito relacionada, por exemplo, às pinturas de História do século XIX, sua compreensão da formação territorial brasileira se ancora na cartografia a que tiveram acesso, notadamente nas tradições da cartografia escolar. Se estes são os conhecimentos prévios dos alunos, como eles empreendem aprendizagens a partir daí? A pesquisa trata então de investigar as alterações nas maneiras de conceber a Independência e a História que os alunos evidenciam em suas produções nas aulas de História. Assim, este trabalho trata do ensino, mas fundamentalmente da aprendizagem em História, buscando compreender como os alunos constroem ideias cada vez mais complexas em torno do pensar historicamente. Ao fazê-lo, tratamos de um processo de elaboração curricular autoral, que toma o professor como profissional intelectual. / This study investigates the meanings that students attribute to what they study in History. We dealt with a group of 170 students of the Centro de Estudar Acaia Sagarana from 2011 to 2015. The Centro de Estudar Acaia Sagarana is a project held at the Instituto Acaia, in São Paulo (SP). Annually, it works with a group of 36 students who come from the public schools at the end of High School and have the project to continue studying. One of the didactic modules in the History course focuses Brazils Independence process. This study takes place approximately at the middle of the year. We investigated the students\' prior knowledge and the conceptions they bring to the classes, both regarding specifically the Independence process, and the Brazilian territorial formation. We noted that such prior knowledge derives from and participates in the social imagination, which is to be understood as part of the social reality rather than reflecting it. The image of the Independence the students have is closely related, for example, to nineteen centurys paintings of historical national themes. Also, their understanding of the Brazilian territorial formation is widely anchored in the maps they have had access to, most probably at school. If these are the students\' prior knowledge, how do they learn from there? We then come to investigate the changes in the ways of conceiving the Independence and History that students show in their texts produced in the History classes. This work deals with the teaching, but mainly with the learning of History, trying to understand how students build increasingly complex ideas in historical thinking. In doing so, we dealt with a process of authorial curriculum design, conceiving the teacher as an intellectual professional.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-09082016-102112 |
Date | 08 April 2016 |
Creators | Helene, Daniel Vieira |
Contributors | Prado, Maria Ligia Coelho |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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