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TERRITÓRIO DA PROSTITUIÇÃO E INSTITUIÇÃO DO SER TRAVESTI EM PONTA GROSSA – PR

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Previous issue date: 2008-01-28 / The objective of this work is to understand the co-relation between the territory of travesti prostitution and the institution of the subject travesti in the city of Ponta
Grossa, Parana. The linearity between sex, gender, sexual practices and sexual desire is a common feature of contemporary western society that seeks at all costs to
keep explanations of the order based on the heterosexual nature of the bodies and behaviour. From this perspective the subjects that do not correspond to the standards established are considered deviant, patients and many qualitative created
to classify the society and maintain their alleged natural order. The focus group elected to this search is precisely that which defies simplistic explanations and complexifica the established order, the travesti. We use this term to appoint people that they identified and that, in their majority, were involved with the activity of prostitution. The spatiality developed by travestis are elements of fundamental
importance in the existence of the group, even if marginal. The space determines the positions of subjects, composed relations of forces, and guides the choices and their
understanding of the reality. After the analysis of all interviews conducted with the focus group of travestis, found a set of 906 evocations for relations established in the
family, relations of conjugality, and the relationship between this group and travestis with residents and police. The spatiality that comprise the memoirs travestis
simultaneously create the bonds of affection the group of belonging and differentiation among other groups. It’s constitute of experience travesti and identity travestis, heteronormativity related to reproduction, as well as their transgression. The main spatiality mentioned in the speeches of the travestis were related to the house, the urban space, and the territory. The experiences which are experienced by
travestis, related to home and the urban space, are shared in the group by promoting processes of identification, a process that flow for space that becomes territory. It is the experience of the area, established by rules and behaviors oriented to the bodies, which produce the identities travestis, achieving locate these people to other social groups. However, the positions of subjects are mobile in central and margin, as the territory of travestis prostitution is relational, involving configurations of power between the subjects that shape relations. The territory consists of multiple
dimensions, as the transvestite in each of them is in center and margin of power relations. This is possible various location of travestis that can subvert the order of forces between me and other, because they are both separate and connected. The territory is a place to get gains from the marketing of sexual practices, but also an important element in the constitution of being travestis, as a place of learning to be
travestis. Territory that is made and constituent, as well as body, sex, gender, desire and life. / O objetivo deste trabalho é compreender a co-relação existente entre o território da prostituição travesti e a instituição do sujeito travesti na cidade de Ponta Grossa, Paraná. A linearidade entre sexo, gênero, prática sexual e desejo sexual é uma característica comum da sociedade ocidental contemporânea que procura a todo custo
manter explicações da ordem heterossexual baseadas na natureza dos corpos e comportamentos. Sob esta perspectiva os sujeitos que não correspondem aos padrões estabelecidos são considerados desviantes, doentes e outros tantos qualificativos criados para classificar a sociedade e manter sua pretensa ordem natural. O grupo focal eleito para esta pesquisa é justamente aquele que desafia as explicações
simplistas e complexifica a ordem estabelecida, as travestis. Utilizamos este termo para nomear as pessoas que assim se identificavam e que, em sua maioria, estavam envolvidas com a atividade da prostituição. As espacialidades desenvolvidas
pelas travestis são elementos de fundamental importância na existência do grupo, mesmo que marginal. O espaço condiciona as posições de sujeitos, compõe relações
de forças, e orienta as escolhas e sua apreensão da realidade. Assim, após a análise de todas as entrevistas realizadas com o grupo focal das travestis, detectamos
um conjunto de 906 evocações referentes às relações estabelecidas na família, relações de conjugalidade, e relação entre as travestis e deste grupo com moradores
e policiais. As espacialidades que compõem as memórias travestis simultaneamente criam os laços de afetividade do grupo de pertença e a diferenciação entre outros grupos. São constituidoras da experiência travesti e da identidade travesti, relacionadas a reprodução da heteronormatividade, bem como de sua transgressão. As principais espacialidades evocadas nas falas das travestis estavam relacionadas
a casa, ao espaço urbano, e ao território. As experiências que são vividas pelas travestis, relacionadas a casa e ao espaço urbano, são compartilhadas no grupo, promovendo
processos de identificação, processo que conflui para o espaço que se torna território. É a vivência do território, instituído por normas e comportamentos orientados
aos corpos, que produzem as identidades travestis, conseguindo localizar estas pessoas perante outros grupos sociais. Porém, as posições de sujeitos são móveis,
em centro e margem, pois o território da prostituição travesti é relacional, envolvendo configurações de poder entre os sujeitos que configuram as relações. O território
é constituído por múltiplas dimensões, podendo a travesti em cada uma delas se encontrar em centro e margem de relações de poder. É esta possível plurilocalização das travestis que pode subverter a ordem de forças entre eu e outro, pois estes
são simultaneamente separados e conectados. O território é um local de obtenção de ganhos da comercialização das práticas sexuais, mas também um elemento importante na constituição do ser travesti, como um local de aprendizado do ser travesti. Território que é constituído e constituínte, assim como corpo, o sexo, o gênero, o desejo e a vida.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.uepg.br:prefix/494
Date28 January 2008
CreatorsOrnat, Marcio Jose
ContributorsSilva, Joseli Maria, Peres, Wiliam Siqueira, Ribeiro, Miguel Angelo Campos
PublisherUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, Programa de Pós Graduação Mestrado em Gestão do Território, UEPG, BR, Gestão do Território : Sociedade e Natureza
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG, instname:Universidade Estadual de Ponta Grossa, instacron:UEPG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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