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Pr??ticas de rastreamento para o c??ncer de pr??stata entre os m??dicos brasileiros

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Previous issue date: 2017-11-24 / O c??ncer de pr??stata ?? uma causa importante de morbimortalidade entre os homens. A busca de um diagn??stico precoce, atrav??s de exames de rastreamento, ?? uma pr??tica comum em diversos tipos de c??ncer, por??m no caso do c??ncer de pr??stata ainda ?? um tema bastante controverso, uma vez que persistem d??vidas se os eventuais benef??cios de sua utiliza????o superam os danos. Se a realiza????o ou n??o do procedimento j?? ?? duvidosa, mais incerteza ainda existe em como realiz??-la na pr??tica, ou seja, com que exames, em que indiv??duos (idade, ra??a, hist??ria familiar) e se devemos interromp??-lo em algum momento. Por outro lado, algumas pr??ticas de rastreamento s??o universalmente aceitas como inadequadas pelas entidades cient??ficas e reguladoras (rastreamento em indiv??duos muito jovens ou com expectativa de vida muito reduzida, por exemplo). Para avaliar eventuais oportunidades de melhoria das pr??ticas m??dicas ?? necess??rio conhecer a realidade atual. Sendo assim, essa tese tem o objetivo geral de estudar as pr??ticas e cren??as em rela????o ao rastreamento do c??ncer de pr??stata entre os m??dicos brasileiros, tendo sido desenvolvida pelo estudo de seus objetivos secund??rios, atrav??s dos seguintes artigos:

Artigo 1: ???Current guidelines for prostate cancer screening: systematic review and a minimal core proposal???. Nesse artigo objetivou-se verificar o estado atual das recomenda????es e dos guias de conduta das principais entidades cient??ficas e reguladoras, a respeito do rastreamento para o c??ncer de pr??stata (RCaP), a fim de identificar os principais pontos de foco de cada um e de extrair um n??cleo m??nimo comum de recomenda????es que pudesse servir de orientador para os m??dicos envolvidos no atendimento de pacientes com indica????o ao rastreamento. A revis??o foi feita pela metodologia PRISMA. Foram identificados seis pontos de foco nas guias, e estabelecido um conjunto de pr??ticas capaz de atender a maioria das recomenda????es, para cada um dos seis pontos: (1) A indica????o ou n??o de rastreamento: deve ser individualizada e precedida de uma decis??o informada; (2) Os exames utilizados: PSA com ou sem exame digital retal; (3) A idade de in??cio geral: 50 ou 55 anos; (4) A idade de in??cio em homens com risco aumentado: 40 ou 45 anos; (5) O intervalo entre os rastreamentos: anual ou bienal; e (6) A idade de suspens??o do rastreamento: 70 anos ou expectativa de vida menor que 10 anos.

Artigo 2: ???Prostate cancer screening: Beliefs and practices of the Brazilian physicians with different specialties???. Esse trabalho objetivou descrever as cren??as e pr??ticas em rela????o ao RCaP, de m??dicos brasileiros de diferentes especialidades exposta a pacientes com poss??vel indica????o para o rastreamento (cl??nicos gerais, geriatras e urologistas). Foi realizado um estudo de corte transversal, atrav??s da aplica????o de question??rio autoadministrado nos principais congressos das especialidades m??dicas de interesse, durante o ano de 2016. Foi realizado c??lculo de tamanho amostral para um intervalo de confian??a de 95% e margem de erro de 10%, segundo crit??rios de tamanho amostral para inqu??ritos estat??sticos (surveys), e levando em conta o levantamento demogr??fico de m??dicos brasileiros. O n??mero amostral calculado foi de 96 cl??nicos gerais, 85 geriatras e 94 urologistas. Os dados foram analisados por estat??stica descritiva com an??lise de medidas de tend??ncia central e correla????o. Foi encontrada uma diferen??a significativa de conduta entre os especialistas no que se refere a realizar uma discuss??o pr??via sobre os benef??cios e danos associados a RCaP (p=0,026), exames utilizados (p<0,001), idade de in??cio do rastreamento com ou sem fatores de risco adicionais (p<0,001) e idade de suspens??o (p<0,001).

Artigo 3: ???Preval??ncia e fatores associados a taxa de ader??ncia aos guias de rastreamento para o c??ncer de pr??stata entre m??dicos brasileiros???. Objetivou-se verificar se as pr??ticas de RCaP declaradas por m??dicos brasileiros de diferentes especialidades est??o de acordo com um n??cleo m??nimo capaz de abranger a maioria das recomenda????es das diferentes entidades cient??ficas ou reguladoras. Foi realizado estudo de corte transversal com an??lise de question??rio, conforme m??todo descrito no Artigo 2. Para an??lise dos fatores associados foi realizada an??lise multivariada considerando o percentual de adequa????o como vari??vel de desfecho, a fim de predizer as caracter??sticas associadas a um aumento da possibilidade de adequa????o. A adequa????o ??s recomenda????es esteve significativamente associada ??s especialidades de urologia (P<0,001) e geriatria (p 0,018), a ter t??tulo de especialista (p 0,021), e a estar formado h?? menos de 14 anos (p 0,002).

Artigo 4: ???Tend??ncia de uso do PSA para rastreamento para o c??ncer de pr??stata em uma s??rie temporal de um laborat??rio privado nacional no Brasil (1997-2016)???. Foi realizado um estudo de corte transversal seriado a partir do banco de dados de um grande laborat??rio de an??lises cl??nicas de abrang??ncia nacional no Brasil, de1997 a 2016. Foi analisada a tend??ncia geral de uso de PSA no per??odo, ajustado para o n??mero total de exames no sexo masculino. Observou-se tamb??m a tend??ncia de uso em faixas et??rias espec??ficas, estratificadas pelo potencial de benef??cio ou dano decorrente do rastreamento para o CaP. A an??lise da s??rie temporal foi realizada pela observa????o da linha de regress??o geral utilizando o m??todo dos m??nimos quadrados generalizados, e o impacto das recomenda????es atrav??s da utiliza????o de modelos de regress??o din??mica integrada (ARIMA). Como toda a popula????o alvo foi estudada, as estat??sticas inferenciais n??o foram calculadas, mas o valor de p foi utilizado de forma descritiva. De outubro de 1997 a 31 de dezembro de 2016 foram realizados 2.521.283 exames de PSA. Os dados indicam uma curva de tend??ncia geral decrescente do uso do PSA no per??odo estudado. Essa tend??ncia ?? mais evidente no grupo com maior potencial de se beneficiar do RCAP (55-69 anos) e menos acentuada entre os pacientes com idade superior a 74 anos. O percentual de PSA realizados na faixa et??ria de menor possibilidade de benef??cio (< 40 anos) sobre o total de exames de PSA, permaneceu est??vel. Embora estatisticamente significante, o impacto da redu????o do uso do PSA ap??s a publica????o de 2012 da USPSTF, foi clinicamente irrelevante.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www7.bahiana.edu.br:bahiana/1931
Date24 November 2017
CreatorsAraujo, Fernando Antonio Glasner da Rocha
ContributorsBarroso J??nior, Ubirajara de Oliveira, Correia, Lu??s Cl??udio Lemos, Pinto, Luiz Eduardo Caf?? Cardoso, Matos, Andr?? Costa, Moreira Jr, Edson Duarte, Olmos, Rodrigo Diaz
PublisherEscola Bahiana de Medicina e Sa??de P??blica, BAHIANA, Medicina e Sa??de Humana, BAHIANA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, instname:EBM, instacron:EBM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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