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Uso de drogas na adolescência : associações com sexo, práticas parentais, autoeficácia e perspectiva de tempo futuro

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-11-25T15:47:07Z
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2016_NayaraDavidMendesAlcanforAgapitoKhouri.pdf: 4376584 bytes, checksum: 35709e684e4e78dc8c02762967212da4 (MD5) / A utilização das drogas lícitas e ilícitas ocorre entre indivíduos de várias idades, porém a adolescência representa o período de maior experimentação, e, consequentemente, vivencia os prejuízos advindos desse crescimento do consumo. É possível delimitar fatores de risco e proteção ao uso de drogas nos diferentes ambientes da população adolescente, com destaque para o ambiente familiar, as diferenças entre os sexos, a autoeficácia e a perspectiva de tempo futuro. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo geral investigar associações entre uso de drogas, sexo, práticas parentais, autoeficácia e perspectiva de tempo futuro. Buscou-se aporte na Teoria da Aprendizagem Social de Bandura. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, de corte transversal e de caráter correlacional. Participaram do estudo 698 alunos da rede pública de ensino, com idade entre 10 e 15 anos, de ambos os sexos, provenientes de oito escolas do Distrito Federal e uma escola de Goiânia, GO. Os participantes responderam ao “Questionário sobre saúde e vida escolar”, contendo questões sobre características sociodemográficas, padrão de uso de drogas (álcool, cigarro, inalantes, maconha, cocaína e crack/merla), práticas parentais, autoeficácia e planos para o futuro. Os dados foram analisados pelo software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) for Windows versão 22, com técnicas estatísticas descritivas e inferenciais. Do total de participantes, 381eram meninas (54,6%), com média etária de 12,72 anos (DP = 1,17). Os dados indicaram que a média de idade para o primeiro consumo de álcool foi de 11,58 anos (DP = 1,98), quase metade da amostra (47,6%) já havia experimentado bebida alcóolica, os inalantes foram a segunda droga de maior prevalência para uso na vida (19,5%), seguidos pelo tabaco (11%), maconha (6,5%), cocaína (0,9%) e crack/merla (0,4%). Para a associação entre uso de drogas e sexo, houve uma tendência dos meninos consumirem mais, apesar de haver associação significativa apenas para uso de cigarro na vida (p = 0,028), não confirmando dados de estudos anteriores. Práticas parentais foram avaliadas por seis subescalas: cobrança de responsabilidade (M = 4,34), apoio emocional (M = 3,93), incentivo à autonomia (M = 3,25), controle punitivo (M = 3,33), intrusividade (M = 2,47) e supervisão do comportamento (M = 4,06). As associações com uso de drogas foram significativas, principalmente, para apoio emocional, intrusividade (associação negativa) e supervisão do comportamento, o que, em parte, confirma descrições da literatura acerca de fatores de proteção associados à dimensão da responsividade. As três medidas de autoeficácia - autoeficácia para aprendizagem autorregulada, eficácia autoassertiva e autoeficácia para conseguir suporte parental alcançaram valores acima da média (M = 3,73; M = 3,91; M = 3,49, respectivamente). Houve uma tendência de associação negativa entre autoeficácia ligada à assertividade e o uso de drogas e associações significativas entre o uso de drogas, autoeficácia para conseguir suporte parental e autoeficácia para aprendizagem autorregulada, o que foi convergente com outros estudos. Dentre os planos para o futuro, a maioria (71,5%) referiu desejo em fazer faculdade após a conclusão do ensino médio. Não foram encontradas associações significativas entre perspectiva de tempo futuro e uso de álcool, mas para outras drogas sim, o que confirma apenas parte das afirmações de outros estudos e sugere um aumento da tolerância para o uso de álcool. Os resultados confirmaram o papel importante que as práticas parentais, a autoeficácia e a perspectiva de tempo futuro podem desempenhar enquanto fatores de proteção ao uso de drogas, e, portanto, estas variáveis deveriam ser trabalhadas em contextos educacionais e de saúde ligados à população infanto-juvenil. / The use of illicit and legal drugs occurs in individuals of several ages. However, the period of adolescence represents the major experimentations and, thereafter, experiences the losses of the growing usage. Thus, it is possible to set out the risk and protective factors of drugs using in different youth environments, especially the family environment, the gender differences, self-efficacy and the future time perspective. In this sense, the study aims to investigate the associations between the use of drugs, gender, parenting practices, self-efficacy and future time perspective. It’s based on the Social Learning theory exposed by Bandura. This is a quantitative, cross-sectional and co relational research. The participants were 698 students from eight public schools from the Federal District of Brazil, between 10 and 15 years old, males and females. One School is from Goiania, the capital city of Goiás. Participants responded to the “Questionário sobre saúde e vida escolar”, which contains questions about sociodemographic characteristics, pattern of drug use (alcohol, tobacco, inhalants, marijuana, cocaine and crack/merle), parenting practices, self-efficacy and future planning. Data were analyzed by SPSS software (Statistical Package for Social Sciences) for windows version 22, by statistical techniques (descriptive and inferential). 381 were girls (54.6%), with age group of 12.72 years old (DP= 1.17). The average age of first alcohol consumption was 11.58 years old (DP= 1,98), almost half of the sample (47.6%) has experienced alcoholic drinks, inhalants were the second drug of major prevalence (19.5%), followed by tobacco (11%), marijuana (6.5%), cocaine (0.9%) and crack/merle (0.4%). In the association of the use of drugs and gender, there was a tendency of boy consuming more, despite a significant association with tobacco in life (p=0.028), in contrast with previous studies. Parenting practices were assessed by six subscales: Responsibility billing (M=4.34), emotional support (M=3.93), encouraging autonomy (M=3.25), punitive control (M=3.33), intrusiveness (M=2.47) and conduct oversight (M=4.06). The associations with the use of drugs were significant, mostly in the emotional support, intrusiveness (negative association) and conduct oversight, which in part, confirms the literature about the protective factors associated with the responsiveness dimension. The three measures for self-efficacy – self efficacy for self-regulating learning, self assertive efficacy and self-efficacy to get parental support achieved scores above average (M=3.73; M= 3.91; M=3.49, respectively). There was a tendency of negative association between self assertive efficacy and the use of drugs and significant associations between the use of drugs, self-efficacy to get parental support and self-efficacy for self-regulating learning, which converged with previous studies. For futures plans, most of the sample (71.5%) showed the desire of getting to college after concluding their basic studies. There were no significant associations between the future perspective and the use of alcohol, but, indeed, for other kinds, which confirm part of previous study conclusions and suggest an increased tolerance of the use of alcohol. Results confirmed the important role that parenting practices, self-efficacy and future time perspective can develop as protective factors for the use of drugs. Ergo, these variables can be applied in educational and health contexts related to youth populations.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/22358
Date19 September 2016
CreatorsKhouri, Nayara David Mendes Alcanfor Agapito
ContributorsMurta, Sheila Giardini
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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