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Análise qualiquantitativa da permeabilidade dentinária do terço apical de diferentes grupos dentais / Qualiquantitative analysis of apical dentin permeability in different dental groups

Neste trabalho avaliou-se ex vivo, por método histoquímico, a permeabilidade dentinária das paredes dos canais radiculares do terço apical de diferentes grupos dentais humanos. Analisou-se o padrão de distribuição de túbulos dentinários e a presença de dentina esclerosada neste terço. Foram utilizados 80 dentes, sendo 8 de cada grupo dental (incisivos centrais, incisivos laterais, caninos superiores e inferiores, primeiros pré-molares superiores raízes vestibulares e palatinas, primeiros pré-molares inferiores e segundos pré-molares superiores e inferiores), o que compôs 88 raízes, divididas em 11 grupos. Os canais radiculares dos dentes foram instrumentados com o sistema rotatório K3 de acordo com a técnica Free Tip Preparation (PÉCORA et al. 2002), utilizando como solução para irrigação NaOCl a 1% e irrigação final com EDTA a 15%. Após o preparo, as raízes foram imersas em solução de sulfato de cobre a 10% por trinta minutos e, a seguir, imersas em solução alcoólica de ácido rubeânico a 1% pelo mesmo tempo. Essa reação química evidencia a permeabilidade dentinária com a formação do rubeanato de cobre de coloração escura. O terço apical das raízes foi seccionado transversalmente em cortes seriados com espessura de 100 micrômetros. Cinco cortes de cada terço apical foram lixados, lavados, desidratados, clarificados e montados em lâminas para exame em microscopia óptica. A quantificação da porcentagem de infiltração de íons cobre foi realizada por análise morfométrica, assim como a quantificação de dentina tubular. Os dados foram anotados para estabelecer os padrões de infiltração de dentina esclerosada. Os valores da porcentagem de infiltração dos íons cobre foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey. Os resultados evidenciaram que a infiltração de íons cobre no terço apical variaram de 4,60% a 16,66%. Os dentes incisivos centrais e laterais inferiores apresentaram os maiores valores de permeabilidade dentinária (16,66%). Os dentes caninos superiores, segundo e primeiro pré-molares inferiores apresentaram as menores porcentagens de infiltração: 4,60%, 4,80% e 5,71%, respectivamente (p<0,001). Os demais dentes apresentaram-se em situação intermediária de permeabilidade. A análise da distribuição dos túbulos dentinários, marcada pela penetração de íons cobre, possibilitou uma classificação em sete tipos. Tipo I distribuição total ao redor do canal; Tipo II distribuição semitotal; Tipo III distribuição unipolar; Tipo IV bipolar; Tipo V tripolar; Tipo VI tetrapolar; Tipo VII sem penetração, ou seja, com total presença de dentina esclerosada. Essa classificação corresponde ao efeito dúplice, ou seja, indica a presença de túbulos dentinários ao mesmo tempo em que expressa a ausência de dentina esclerosada. A distribuição bipolar (Tipo IV) foi a que apresentou a maior incidência, de dentina esclerosada: 10,0% a 57,5% no terço apical em todos os dentes estudados. A maior quantidade de dentina esclerosada, ou seja, onde não ocorreu infiltração de íons cobre (Tipo VII) foi observada, com maior incidência, nos dentes caninos superiores, primeiros e segundos pré-molares inferiores. / This ex vivo study evaluated histochemically the dentin permeability of the root canal walls in the apical third of different human dental groups, analyzing the pattern of dentinal tubule distribution and the presence of sclerotic dentin in this region. Eighty teeth were used, being 8 of each dental group - maxillary and mandibular central incisors, lateral incisors and canines, maxillary first premolars (buccal and palatal roots), mandibular first premolars, and maxillary and mandibular second premolars -, totalizing 88 roots that were distributed in 11 groups. The root canals were instrumented with the K3 rotary system according to the Free Tip Preparation technique (PÉCORA et al. 2002), using 1% NaOCl as irrigant and final irrigation with 15% EDTA. After root canal preparation, the roots were immersed in a 10% copper sulfate solution for 30 minutes and then in a 1% rubeanic acid alcoholic solution for the same time. This chemical reaction reveals dentin permeability by the formation of copper rubeanate, which is a dark-colored compound. Semiserial 100-&micro;m-thick cross-sections were obtained from the apical third of the roots. Five sections of each apical third were ground, washed, dehydrated, cleared and mounted on glass slides for examination under optical microscopy. The percentage of copper ion infiltration and the amount of tubular dentin were quantified by morphometric analysis. The data were recorded to determine the patterns of infiltration into the sclerotic dentin. The percent values of copper ion infiltration were analyzed statistically by analysis of variance and Tukeys test. The results showed that the infiltration of copper ions in the apical third ranged from 4.60% to 16.66%. The mandibular central and lateral incisors presented the highest dentin permeability values (16.66%), while the maxillary canines and mandibular second and first premolars presented the lowest percent infiltration values, 4.60%, 4.80% and 5.71%, respectively (p<0.001). The other teeth presented intermediate permeability. Based on the analysis of dentinal tubule distribution, marked by copper ion penetration, a 7-type classification was established: Type I total distribution around the canal; Type II semitotal distribution; Type III unipolar distribution; Type IV bipolar distribution; Type V tripolar distribution; Type VI tetrapolar distribution; Type VII no penetration (total presence of sclerotic dentin). This classification corresponds to the double effect, which indicates at the same time the presence of dentinal tubules and the absence of sclerotic dentin. The bipolar distribution (Type IV) had the highest incidence (10.0% to 57.5%) in the apical third of all studied teeth. Greatest amount of sclerotic dentin, which means where no copper ion infiltration occurred (Type VII), was observed more frequently in the maxillary canines and mandibular first and second premolars.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-19032010-120232
Date05 March 2010
CreatorsRodrigo Gonçalves Ribeiro
ContributorsJesus Djalma Pecora, Carlos Roberto Berger, Antonio Miranda da Cruz Filho, Marcia da Silva Schmitz, Manoel Damião de Sousa Neto
PublisherUniversidade de São Paulo, Odontologia (Odontologia Restauradora), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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