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Estudo da bioacumulação e eliminação do ácido ocadáico, produzido pelo dinoflagelado Prorocentrum lima, em mexilhões da espécie Perna perna (Mollusca:Bivalvia)

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. / Made available in DSpace on 2012-10-17T14:06:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T18:13:51Z : No. of bitstreams: 1
171838.pdf: 19634714 bytes, checksum: 99f5c0c862581a5884cf50a4866ebf30 (MD5) / Nos últimos anos, o fenômeno conhecido como "maré vermelha", caracterizado por uma massiva proliferação de organismos pertencentes ao fitoplâncton que podem ser tóxicos, tem gerado problemas ambientais, econômicos e de saúde pública. Embora eventos de florações de algas tóxicas sejam considerados fenômenos naturais, nas últimas décadas esses eventos têm se tornado cada vez mais freqüentes. Existem algumas hipóteses que tentam explicar o aumento aparente da freqüência desses eventos, porém não existe dúvida de que as atividades humanas têm influenciado na expansão desses fenômenos. Freqüentemente, os moluscos que se alimentam de organismos produtores de toxinas não são afetados, mas acumulam as toxinas no seu organismo. Essas toxinas podem, subseqüentemente, ser transmitidas ao homem através do consumo de frutos-do-mar contaminados, tornando-se, assim, uma ameaça à Saúde Pública. Uma das síndromes transmitidas pelo consumo de moluscos é conhecida como "Envenenamento Diarréico por Consumo de Mariscos", DSP, que se caracteriza por ser um grave distúrbio gastrointestinal. O ácido ocadaico (AO), a principal toxina de DSP produzida por dinofiagelados, ao acumular-se no hepatopâncrea de mexilhões e ostras, causa a síndrome diarréica em consumidores. Além disso, ele também é conhecido como sendo um potente promotor de tumores. O objetivo deste trabalho foi estudar, utilizando as técnicas de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), a bioacumulação e a eliminação do ácido ocadaico, produzido pelo dinofiagelados da espécie Prorocentrum lima em mexilhões da espécie Perna perna, a fim de conhecer os mecanismos de acumulação e eliminação dessa toxina, visando a obter dados para diminuir os riscos de contaminação humana. Em ensaios de laboratório, foi comprovado que o ácido ocadaico convertia em tóxicos os mexilhões P. perna, alimentados com o dinofiagelado. Mediante as análises dos hepatopâncreas e das fezes dos mexilhões, objetos do estudo, foi investigado a acumulação e a eliminação do ácido ocadaico nos moluscos, verificando-se que a concentração da toxina no organismo dos mexilhões foi proporcional à quantidade de células de P. lima disponíveis. Esses ensaios também demonstraram a rápida eliminação de AO. Após 48 horas da substituição da alimentação dos moluscos com o P. lima por Chaetoceros sp, o AO deixou de ser detectado nas amostras analisadas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/78417
Date January 2000
CreatorsLemieszek, Márcia Bonow
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Matias, William Gerson
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatxv, 144 f.| il., grafs., tabs. +
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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