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Análise do preparo para a transição de adolescentes que vivem com doença falciforme para a vida adulta: um estudo de método misto

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Previous issue date: 2016-05-27 / Com o aumento da sobrevida das pessoas com doença falciforme, tem sido grande o
número de adolescentes que precisam transitar aos cuidados do adulto. O período de
transição é de vulnerabilidade, com aumento na morbimortalidade, principalmente nos
primeiros anos após a transferência dos cuidados. A transição baseada apenas na faixa
etária e sem preparo adequado pode levar a dificuldades de adaptação à vida adulta,
como dependência excessiva dos pais, baixa adesão terapêutica, descontinuidade e
abandono do tratamento, que pode resultar em complicações da doença e pior
prognóstico. Um programa que promova assistência na transição da pediatria para a
vida adulta torna-se importante. Um aspecto a ser explorado é o preparo desses jovens
para a transição, a fim de identificar as necessidades individuais e o nível de autonomia
para o cuidado. Outro componente importante a ser avaliado são as práticas de transição
desenvolvidas pelos hematopediatras, pois podem estar relacionadas ao preparo destes
jovens. Diante deste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar o preparo de jovens
com doença falciforme para a transição dos cuidados pediátricos para os cuidados do
adulto, do ponto de vista dos adolescentes, seus cuidadores e hematopediatras. O estudo
foi descritivo, com utilização de metodologia mista e foi realizado em hospital de
referência em hematologia da cidade do Recife. No componente quantitativo
participaram 61 adolescentes com idade entre 16-18 anos com doença falciforme, 54
cuidadores e 5 hematopediatras. Os adolescentes responderam questionário de avaliação
de preparo para a transição e de estilo parental materno, os cuidadores responderam ao
questionário de preparo para a transição dos adolescentes e os hematopediatras
responderam ao questionário sobre práticas na transição. Nível de preparo adequado foi
identificado por 59,3% dos cuidadores e 55,7% dos adolescentes . Ao comparar as
médias dos dois grupos, os adolescentes se avaliaram melhor (p=0,21). O nível de
preparo apresentou correlação positiva com sexo feminino, idade maior e o fato de ter
vindo só para a consulta. Observamos uma tendência na associação entre o nível de
preparo e o índice do estilo parental (r=0,3), sugerindo que o estilo parental pode ter
influência no preparo. No componente qualitativo foram realizadas entrevistas
semiestruturadas com 21 adolescentes e 16 mães. Os 5 hematopediatras participaram de
um grupo focal. As entrevistas e o grupo focal foram gravadas e transcritas. Para análise
dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática com o
auxílio do software Atlas.ti (versão 7.0). Após análise das entrevistas das mães e
adolescentes, os resultados foram agrupados em duas categorias temáticas: cuidados
com a saúde e transição dos cuidados da adolescência para vida adulta e os resultados
do grupo focal foram agrupados em uma categoria temática: a transição na perspectiva
dos hematopediatras. Este estudo apresenta como contribuição uma visão de como está
o preparo de adolescentes com doença falciforme para a transição para o sistema de
cuidados de adultos e os fatores envolvidos nesse processo sob o olhar de três atores
envolvidos: adolescentes, cuidadores e hematopediatras em um serviço de referência no
nordeste do Brasil. / With the increase of the survival rates of people with Sickle Cell Disease, there has
been a great number of adolescents who need to transition to adult care. The phase of
transition is of vulnerability with increased morbimortality, especially in the first years
following the transition of care. The transition based solely on the age range and
without proper preparation may lead to difficulties in the adaptation to adult life, such as
excessive dependence on the parents, low therapeutic adherence, discontinuity and
abandonment of the treatment, which may result in complications of the disease and
worse prognostics. A program that promotes assistance in the transition from pediatrics
to adult life becomes important. An important data to explore is the transition readiness
of these youths, with the objective of identifying the individual needs and the level of
autonomy for self-care. Another important point to be analyzed are the practices of
transition developed by the pediatric hematologists, as they can be related to the
readiness of these youths. Facing this context, the objective of this study was to evaluate
the transition readiness of adolescents with Sickle Cell Disease from the pediatric care
to adult care, from the point of view of the adolescents, their caretakers and the pediatric
hematologists. The study was descriptive, with use of mixed methodology and was
conducted at a reference hospital in hematology of the city of Recife. In the quantitative
component the participants were 61 adolescents aged between 16-18 years old with
Sickle Cell Disease, 54 caretakers and 5 pediatric hematologists. The adolescents
answered questionnaires about evaluation of the transition readiness and of maternal
parenting style, the caretakers answered to the questionary about the transition of the
adolescents and the pediatric hematologists answered the questionary about transition
practices. An adequate level of readiness was identified by 59,3% of the caretakers and
by 55,7% of the adolescents. Comparing averages from both groups, the adolescents
evaluated themselves better (p=0,21). The level of readiness showed positive correlation
with women, higher age and the fact of going alone to the appointment. We observed a
tendency in the association between the level of readiness and the inventory of styles
and parenting practices, (r=0,3), suggesting that the maternal parenting style may have
influence in the readiness. In the qualitative component, semi-structured interviews
were conducted with 21 adolescents and 16 mothers. The five pediatric hematologists
took part in a focal group. The interviews and focal group were recorded and
transcribed. For the analysis of the data was utilized the technique of analysis of content
in the thematic modality with the support of the software Atlas.ti (version 7.0). After
analyzing the interviews of the mothers and adolescents, the results were grouped in
two thematic categories: healthcare and transition from adolescent care to adult care,
and the pediatric hematologists were grouped in one thematic category: the transition in
the perspective of the pediatric hematologists. This study presents as contribution a
vision of the situation of the readiness for transition of the adolescents with Sickle Cell
Disease and the factors involved in this process under the view of three actors involved:
adolescents, caretakers and pediatric hematologists in a reference service at the
northeast of Brazil.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/23534
Date27 May 2016
CreatorsPERES, Jaqueline Cabral
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/9412071335524619, LIMA, Luciane Soares de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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