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Previous issue date: 2015-07-06 / Uma das principais características do M. tuberculosis (Mtb) refere-se a
sua capacidade de produzir infecção latente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que dois bilhões de pessoas estejam infectadas pelo bacilo da tuberculose, e que, somente 10% dessas, desenvolvem doença ativa. Até recentemente o único exame laboratorial disponível para o diagnóstico da infecção latente pelo Mtb era a prova tuberculínica (PT). Entretanto, algumas de suas limitações estimularam o desenvolvimento de ensaios de liberação de interferongama por linfócitos T em resposta ao desafio de antígenos sintéticos específicos do Mtb (ESAT-6, CFP-10 e TB7.7). O objetivo do nosso estudo foi avaliar a concordância entre a prova tuberculínica e o teste QuantiFERON®-TB Gold in tube, no diagnóstico da infecção latente pelo Mtb, em crianças e adolescentes, contatos domiciliares de casos índices com doença pulmonar bacilífera. Métodos: Estudo comparativo, conduzido na Região Metropolitana de Vitória-ES, no período de Março
de 2008 a Outubro de 2013. Dados clínicos, demográficos e epidemiológicos foram coletados de todos os participantes. A infecção latente pelo Mtb foi mensurada através da PT e do QFT-GIT. Definiu-se latência através da positividade da PT (induração ≥ 10mm) e do QFT-GIT (controle negativo ≤8.0 UI/mL, Antígeno TB menos controle negativo ≥0.35 UI/ml e ≥25% do valor do controle negativo). Os
voluntários da pesquisa foram avaliados pelos dois testes entre oito a dez semanas após a identificação dos respectivos casos índices. O teste Kappa foi utilizado na comparação dos resultados dos testes para avaliação da concordância entre eles. Os fatores associados com a positividade de ambos os testes na análise bivariada (p≤0,30) foram incluídos no modelo multivariado (regressão logística), sendo calculadas as razões de chance (OR) e os IC95%. Resultados: Foram arrolados 291 participantes. A concordância global entre os resultados da PT e do QFT-GIT foi elevada (87,6%) - k 0,75 [IC 95%: 0,63-0,86]. Nos indivíduos com idade ≤ 5 anos a concordância foi ainda maior (93,65%) - κ 0,87 [IC 95%: 0,63-1,12]. Não houve associação estatisticamente significativa entre a presença de cicatriz ao BCG e a
positividade dos dois testes. Houve uma correlação positiva entre o tamanho da induração da PT e probabilidade de positividade do QFT-GIT. Conclusão: Não há vantagem na utilização do QFT-GIT em relação à PT. O segundo mês após a identificação do caso índice seria o tempo recomendado para a realização dos testes em questão.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/4589 |
Date | 06 July 2015 |
Creators | BONI, P. M. R. |
Contributors | MIRANDA, A. E., SANTANNA, C. C., Rodrigues, RR, DALCOLMO, M. M. P., PALACI, M., Dietze, R |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Doenças Infecciosas, Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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