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Previous issue date: 2016-03-17 / Este trabalho se divide em duas partes. No primeiro capítulo avaliamos a importância de áreas preservadas para a atividade de morcegos insetívoros aéreos dentro de uma zona urbana.
Vários trabalhos apontam que o processo de urbanização é negativo para morcegos. No entanto, o impacto da urbanização pode diferir entre morcegos que forrageiam em espaços abertos e aqueles que forrageiam em espaços ricos em obstáculos, sendo que estes últimos normalmente persistem apenas em áreas preservadas como parques e reservas. Nosso objetivo foi comparar a atividade de morcegos insetívoros aéreos entre áreas verdes de diferentes
tamanhos e sítios urbanos distantes de fragmentos de vegetação dentro da região da grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Para tanto, monitoramos a atividade de morcegos com um detector de ultrassom durante dois anos em três habitats: área verde grande (> 30 ha), área verde pequena (< 5 ha), e área urbana distante de áreas verdes. A área verde grande apresentou o maior nível de atividade seguido da área verde pequena e da área urbana. A área
verde grande apresentou um aumento maior de atividade de forrageadores de espaço com obstáculos que de espaço aberto quando esta é comparada aos demais habitats, enquanto a área verde pequena apresentou um aumento maior de atividade de morcegos de espaço aberto quando esta é comparada à área urbana. Dessa forma, na Grande Vitória, mesmo pequenos parques são importantes para a preservação da quiropterofauna. No entanto, morcegos que
forrageiam em espaços com obstáculos, como Myotis sp. parecem depender de grandes áreas preservadas. No segundo capítulo, para que pudéssemos ter uma base de dados de referência para o reconhecimento das espécies do gênero Molossus, cujas vocalizações foram comumente registradas na Grande Vitória, comparamos as características dos sons de ecolocalização de três espécies deste gênero: M. molossus, M. coibensis e M. rufus. M. rufus apresentou pulsos com frequências mais baixas que as outras espécies. Este padrão pode ser explicado pelo fato de M. rufus ser notadamente maior que as outras espécies. Todavia, a duração de pulsos de M. rufus e M. coibensis não diferiu e foi mais longa nestas espécies que em M. molossus quando comparamos pulsos de frequência quase constante e mais curta quando comparamos pulsos de frequência modulada. Assim, outros fatores, que não o
tamanho corporal, como o comportamento de voo ou de forrageio, devem explicar o padrão que encontramos para os parâmetros de tempo nestas espécies.
Palavras-chave: Ecolocalização, urbanização, uso de habitat, tamanho corporal, Molossus.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/9931 |
Date | 17 March 2016 |
Creators | ALMEIDA, M. H. |
Contributors | TOKUMARU, R. S., LEITE, Y. L. R., PEREIRA, M. J. V. C. R., Ludmilla Aguiar, BARRETO, F. C. C., MENDES, S. L., DITCHFIELD, A. D. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Biologia Animal, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biologia Animal), UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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