Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. / Made available in DSpace on 2012-10-17T14:54:46Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T16:28:55Z : No. of bitstreams: 1
175948.pdf: 6120034 bytes, checksum: 09b6c44615aaff45623d3f34aa073b1d (MD5) / Foi realizado estudo descritivo da Doença Meningocócica (DM) no Estado de Santa Catarina, abrangendo o período de 1994 a 1998, através dos dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), programa automatizado utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES-SC). O Estado registrou, no período considerado, 2.070 casos e 286 óbitos pela DM, o que correspondeu, em média, a 414 casos e 57,2 óbitos/ano, com uma incidência cumulativa (Ic) de 8,5 casos/100.000 habitantes, e letalidade de 13,8%. O ápice do período, classificado como epidêmico, foi o ano de 1995, quando a Ic atingiu a 11,1 casos/100.000 habitantes. O meningococo do sorogrupo C foi o principal responsável por esse aumento, respondendo por 54,7% dos casos sorogrupados da doença naquele ano. A análise dos dados da DM demonstrou que 53,9% dos casos e 68,5% dos óbitos acometeram crianças menores de 5 anos de idade. A maior incidência ocorreu no sexo masculino, enquanto que a letalidade foi maior no sexo feminino. A doença apresentou comportamento sazonal, registrando, em média, 35,0% (IC 95%:33,0-37,1) dos casos durante o inverno, contra 18,4% (IC 95%:16,8-20,1) no verão. Em termos de distribuição espacial, as maiores Ic da doença foram registradas na Fachada Atlântica, Ic médias na Região do Planalto, e Ic baixas na Região Oeste do Estado. A letalidade, por sua vez, apresentou situação inversa, sendo menor na Fachada Atlântica, e maior na Região Oeste de Santa Catarina. As dezoito Regionais de Saúde do Estado foram classificadas, de acordo com o padrão da Ic, em quatro níveis, apresentando também, tendência de relação inversa entre Ic e letalidade, sendo recomendável que as Regionais de Saúde com letalidade acima de 20,0% passem a ser prioridade da SES-SC visando a redução desse percentual. A confirmação do diagnóstico clínico da DM através de cultura, CIEF e aglutinação pelo látex ocorreu para apenas 33,5% dos casos, sendo aconselhável o aumento desse percentual, bem como dos 33,1% dos casos sorogrupados da doença, o que pode ser alcançado através da conjugação de esforços entre a SES-SC e os municípios do Estado. No ano de 1996, como decorrência da situação epidemiológica apresentada pela DM, foi realizada campanha de vacinação contra o meningococo do sorogrupo C, em 42 municípios catarinenses considerados em situação de epidemia. No período de 12 meses após a vacinação registrou-se, na faixa da população vacinada, uma redução de 75,3% no número de casos da DM do sorogrupo C (c2 = 17,3; p<0,05; OR 16,0 (IC 95%:6,0- 44,0). No conjunto dos municípios não vacinados, a DM continuou ascendente, sugerindo que a vacinação seletiva foi efetiva no controle da enfermidade. Pelas características da doença, especificidades da vacina e transcendência que a enfermidade representa para a população, a opção pela vacinação foi acompanhada por uma série de controvérsias, tanto de ordem técnica como política. O relato de alguns aspectos considerados mais relevantes visa contribuir para o dimensionamento das dificuldades de sua realização.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/78474 |
Date | January 2000 |
Creators | Puricelli, Rubens Carlos Bassani |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Westrupp, Maria Helena Bittencourt, Kupek, Emil |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | [162] f.| il., tabs. + |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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