Return to search

A imagem na era de sua reprodutibilidade eletrônica. / The image in the age of electronic reproduction.

A acolhida que as imagens eletrônicas e sintéticas vêm recebendo por parte da crítica é reveladora de um novo otimismo tecnológico e abre espaço para a discussão sobre as conseqüências das novas tecnologias sobre a sociedade. Fala-se, em relação a estas imagens, de um novo regime de visibilidade e de um novo imaginário – numérico – que transgride nossos códigos perceptivos e cognitivos e nossa relação simbólica com o mundo. Contudo, a desvinculação destes sistemas imagéticos de qualquer prática social mais ampla e da produção imagética que as antecedeu – especialmente a pintura, a fotografia e o cinema – é ilusória. Em muitos casos, os elementos apontados como marcas de ruptura são muito mais a potencialização de questões já presentes na história da arte do que a constituição de um novo sistema representativo. A potencialidade aberta por estes novos processos de enunciação da imagem deve, portanto, ser pensada a partir de uma perspectiva mais longa, inserida na lógica cultural do Capitalismo contemporâneo. Com isso, na esteira das colocações de Walter Benjamin e de Adorno, trataremos de ver o que as configurações sociais contemporâneas e o advento das novas tecnologias fazem com a arte, situando as imagens eletrônicas dentro das relações de produção de seu tempo. / The welcome that electronic and synthetic images have from the critique reveals a new technological optimism and gives room to the discussion of the consequences of the increasing interference of new technologies in society. Related to these images, is discussed a new regime of visibility and a new imaginary – run by numbers – that transgresses our perceptive and cognitive codes and our symbolic relation with the world. However, the well- known idea of an epistemic breach between the new images and the previous image production systems (in particular painting, photography and cinema) is illusory. Very often, the elements presented as marks of the rupture are in a great deal more the enhancement of questions already present in art history than the constitution of a new representational system. The open possibility created by these new processes of enunciation of image must, therefore, be interpreted from a wider perspective, rooted in the cultural logic of contemporary Capitalism. Thereby, following the path of Walter Benjamin and Adorno, we shall try to see what the contemporary social configurations and the advent of new technology do to art, placing the electronic images inside the productive relations of its time.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-03072002-101335
Date02 October 1995
CreatorsRuy Sardinha Lopes
ContributorsOtila Beatriz Fiori Arantes, Ina Camargo Costa, Celso Fernando Favaretto
PublisherUniversidade de São Paulo, Filosofia, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds