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Previous issue date: 2015-02-06 / A capacidade de mover-se com independ?ncia e seguran?a ? fundamental para a execu??o das atividades de vida di?ria e manuten??o da qualidade de vida do indiv?duo. Diversos fatores, dentre eles o envelhecimento podem contribuir para seu decl?nio. Estudos t?m demonstrado associa??o entre experi?ncias de viol?ncia dom?stica (VD) e diversos problemas de sa?de f?sica e mental. At? o momento, n?o h? estudos que tenham avaliado a associa??o entre experi?ncias de VD no curso de vida e limita??es de mobilidade na senesc?ncia. OBJETIVOS: estimar a preval?ncia da VD (f?sica e psicol?gica) em idosos, e avaliar o impacto da VD no curso de vida na limita??o de mobilidade. MATERIAIS E M?TODO: Estudo observacional anal?tico a partir da primeira coleta de dados do estudo longitudinal International Mobility in Aging Study (IMIAS). Idosos (n = 1995) de ambos os sexos entre 65 e 74 anos de cinco localidades distintas (Kingston e Saint-Hyacinthe, Canad?; Tirana, Alb?nia; Maniazales, Col?mbia; e Natal, Brasil) participaram do estudo. Dados sobre vari?veis sociodemogr?ficas, econ?micas, condi??es de sa?de e experi?ncias de VD (f?sica e psicol?gica) durante o curso de vida foram coletados. A limita??o de mobilidade na senesc?ncia foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery (SPPB) e pela dificuldade de andar 400 metros e/ou subir um lance de escadas. As preval?ncias foram avaliadas mediante frequ?ncias absolutas e relativas das exposi??es ? VD, limita??o de mobilidade e co-vari?veis. Diferen?as de g?nero, bem como entre cidades foram analisadas utilizando o teste de qui-quadrado. Associa??o entre exposi??o ? VD e limita??o de mobilidade foi avaliada utilizando a regress?o log?stica bin?ria multivariada, ajustando pelas co-vari?veis. An?lise de media??o foram utilizadas, para avaliar poss?veis caminhos entre a exposi??o ? VD no curso de vida e a limita??o de mobilidade. RESULTADOS: A viol?ncia f?sica foi rara, com valores entre 0,63 e 0,85%. Relatos de viol?ncia psicol?gica variaram entre 3,2% e 23,5% (homens) e de 9% para 26% (mulheres). Mulheres experimentaram mais viol?ncia do que os homens em Saint-Hyacinthe (homens: 3,2% vs mulheres: 14%, p <0,001), Tirana (homens: 4,3% vs mulheres: 10,3%, p = 0,017), em Manizales (homens: 8,3 % vs mulheres: 18,3%, p = 0,004) e Natal (homens: 11,1% vs mulheres: 26%, p = 0,002). Em geral, o baixo suporte social pelo parceiro foi associado com a VD. Estar trabalhando foi associado a vitimiza??o entre os homens, enquanto o oposto foi verdade para as mulheres. Arranjos de vida Multi-familiares e baixo suporte pelos parceiros, filhos e fam?lia foram associados com a VD. Baixo suporte social foi da maior import?ncia para as mulheres do que os homens. A VD f?sica foi associada tanto com o SPPB < 8 (OR 1,623 95%IC 1,161-2,269) como com a dificuldade para andar 400 metros e/ou subir um lance de escadas (OR 1,394 95%IC 1,063-1,829). A limita??o de mobilidade decorrente da viol?ncia f?sica no curso de vida pelo parceiro ?ntimo foi mediada pelas condi??es cr?nicas (efeito 25,56% 95%IC 0,036-0,277) e depress?o (efeito 33,05% 95%IC 0,087-0,333). No caso da viol?ncia f?sica por outros familiares, a limita??o de mobilidade foi mediada pelas condi??es cr?nicas (efeito 20,85% 95%IC 0,022-0,202), n?o ades?o ? pr?tica de atividades f?sicas (efeito 34,14% 95%IC 0,076-0,351) e depress?o (efeito 44,40% 95%IC 0,144-0,315). CONCLUS?ES: A viol?ncia dom?stica no curso de vida ? uma realidade, que pode acarretar consequ?ncias que favorecem a limita??o de mobilidade em idosos. S?o necess?rias pol?ticas p?blicas que combatam efetivamente a viol?ncia dom?stica, garantindo um envelhecimento mais digno e independente funcionalmente. / A capacidade de mover-se com independ?ncia e seguran?a ? fundamental para a execu??o das atividades de vida di?ria e manuten??o da qualidade de vida do indiv?duo. Diversos fatores, dentre eles o envelhecimento podem contribuir para seu decl?nio. Estudos t?m demonstrado associa??o entre experi?ncias de viol?ncia dom?stica (VD) e diversos problemas de sa?de f?sica e mental. At? o momento, n?o h? estudos que tenham avaliado a associa??o entre experi?ncias de VD no curso de vida e limita??es de mobilidade na senesc?ncia. OBJETIVOS: estimar a preval?ncia da VD (f?sica e psicol?gica) em idosos, e avaliar o impacto da VD no curso de vida na limita??o de mobilidade. MATERIAIS E M?TODO: Estudo observacional anal?tico a partir da primeira coleta de dados do estudo longitudinal International Mobility in Aging Study (IMIAS). Idosos (n = 1995) de ambos os sexos entre 65 e 74 anos de cinco localidades distintas (Kingston e Saint-Hyacinthe, Canad?; Tirana, Alb?nia; Maniazales, Col?mbia; e Natal, Brasil) participaram do estudo. Dados sobre vari?veis sociodemogr?ficas, econ?micas, condi??es de sa?de e experi?ncias de VD (f?sica e psicol?gica) durante o curso de vida foram coletados. A limita??o de mobilidade na senesc?ncia foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery (SPPB) e pela dificuldade de andar 400 metros e/ou subir um lance de escadas. As preval?ncias foram avaliadas mediante frequ?ncias absolutas e relativas das exposi??es ? VD, limita??o de mobilidade e co-vari?veis. Diferen?as de g?nero, bem como entre cidades foram analisadas utilizando o teste de qui-quadrado. Associa??o entre exposi??o ? VD e limita??o de mobilidade foi avaliada utilizando a regress?o log?stica bin?ria multivariada, ajustando pelas co-vari?veis. An?lise de media??o foram utilizadas, para avaliar poss?veis caminhos entre a exposi??o ? VD no curso de vida e a limita??o de mobilidade. RESULTADOS: A viol?ncia f?sica foi rara, com valores entre 0,63 e 0,85%. Relatos de viol?ncia psicol?gica variaram entre 3,2% e 23,5% (homens) e de 9% para 26% (mulheres). Mulheres experimentaram mais viol?ncia do que os homens em Saint-Hyacinthe (homens: 3,2% vs mulheres: 14%, p <0,001), Tirana (homens: 4,3% vs mulheres: 10,3%, p = 0,017), em Manizales (homens: 8,3 % vs mulheres: 18,3%, p = 0,004) e Natal (homens: 11,1% vs mulheres: 26%, p = 0,002). Em geral, o baixo suporte social pelo parceiro foi associado com a VD. Estar trabalhando foi associado a vitimiza??o entre os homens, enquanto o oposto foi verdade para as mulheres. Arranjos de vida Multi-familiares e baixo suporte pelos parceiros, filhos e fam?lia foram associados com a VD. Baixo suporte social foi da maior import?ncia para as mulheres do que os homens. A VD f?sica foi associada tanto com o SPPB < 8 (OR 1,623 95%IC 1,161-2,269) como com a dificuldade para andar 400 metros e/ou subir um lance de escadas (OR 1,394 95%IC 1,063-1,829). A limita??o de mobilidade decorrente da viol?ncia f?sica no curso de vida pelo parceiro ?ntimo foi mediada pelas condi??es cr?nicas (efeito 25,56% 95%IC 0,036-0,277) e depress?o (efeito 33,05% 95%IC 0,087-0,333). No caso da viol?ncia f?sica por outros familiares, a limita??o de mobilidade foi mediada pelas condi??es cr?nicas (efeito 20,85% 95%IC 0,022-0,202), n?o ades?o ? pr?tica de atividades f?sicas (efeito 34,14% 95%IC 0,076-0,351) e depress?o (efeito 44,40% 95%IC 0,144-0,315). CONCLUS?ES: A viol?ncia dom?stica no curso de vida ? uma realidade, que pode acarretar consequ?ncias que favorecem a limita??o de mobilidade em idosos. S?o necess?rias pol?ticas p?blicas que combatam efetivamente a viol?ncia dom?stica, garantindo um envelhecimento mais digno e independente funcionalmente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/21169 |
Date | 06 February 2015 |
Creators | Guedes, Dimitri Taurino |
Contributors | 39643069400, Maciel, Alvaro Campos Cavalcanti, 93261438487, Souza, Damiao Ernane De, 79881122449, Giacomin, Karla Cristina, 72786922615, Gama, Zenewton Andre Da Silva, 01016659466, Guerra, Ricardo Oliveira |
Publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Norte, PROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM CI?NCIAS DA SA?DE, UFRN, Brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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