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Previous issue date: 2016-04-15 / A presente pesquisa se propôs a investigar como os jovens agressores e/ou vítimas de violência física e/ou psicológica no namoro avaliam esses tipos de violência. Trata-se de um estudo exploratório, de caráter qualitativo, baseado em uma amostra composta por 10 jovens, 5 mulheres e 5 homens, com idades entre 18 e 30 anos, que vivenciaram violência física e/ou psicológica em seu relacionamento afetivo/sexual no passado. A coleta de dados foi realizada em três momentos: no primeiro, por meio de um questionário aplicado em diversas salas de aulas da Universidade Federal do Espírito Santo, sendo que os acadêmicos que concordaram em participar do segundo momento foram contactados por e-mail e por telefone. No terceiro momento utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado com questões sobre: violência física e/ou psicológica no namoro, características pessoais dos participantes e seus parceiros (as), conhecimento sobre a temática violência, a avaliação da violência e as formas de enfrentamento utilizadas em sua ocorrência e a rede de apoio procurada. As entrevistas foram agendadas conforme a disponibilidade do participante, em horário definido e nas dependências do Núcleo de Psicologia Aplicada (NPA) no prédio da graduação de Psicologia da UFES. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevistas foram analisadas conforme a Análise de Conteúdo, por meio da análise temática. Os resultados demonstram que os jovens compreendem muito bem o significado de violência física e psicológica. Evidencia-se uma bidirecionalidade das duas formas de violência, sendo que tanto os homens quanto as mulheres participantes foram vítimas e/ou agressores em suas relações. As estratégias de enfrentamento apresentadas ante os conflitos entre o casal, foram por meio de agressões físicas e verbais. Quando a violência ocorrer, os jovens fugim da situação, tentam a acalmar seu parceiro ou revidam com violência também. A maioria dos jovens, em especial as mulheres, não procuraram ajuda especializada, nem mesmo da sua rede de apoio diante da situação. A análise dos relatos mostra que os episódios de violência não são suficientes para reconhecê-la como tal, uma vez que as crenças de um amor romântico persistem na sociedade, bem como ainda subsistem os padrões de identidade de gênero desiguais, que motivam e legitimam a reprodução da violência no namoro. Portanto, encontramos jovens universitários vivendo relações afetivo-sexuais violentas, em que tanto homens como mulheres são vítimas e agressores. Esses jovens possuem ferramentas de resolução de conflito abusivas e, por medo ou vergonha, preferem não conversar sobre a situação com amigos, familiares ou profissionais.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/9051 |
Date | 15 April 2016 |
Creators | GUERRERO, D. C. M. |
Contributors | NASCIMENTO, A. S., ARANZEDO, A. C., MENANDRO, P. R. M. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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