[pt] Este trabalho examina as relações entre recursos pessoais e bem-estar no trabalho de professores brasileiros, e para esse fim foram realizados dois estudos. Os
estudos basearam-se no Modelo de Recursos e Demandas de Trabalho, que sugere
que os recursos pessoais podem proteger os indivíduos contra o estresse relacionado
com o trabalho. Os recursos pessoais examinados nesses estudos incluem autoeficácia ocupacional, trabalho significativo e a flexibilidade psicológica no trabalho.
Enquanto dos desfechos possíveis são o burnout, o engajamento e a adição ao trabalho. A amostra foi composta por 111 professores do Ensino Básico, fundamental
e médio do estado do Rio de Janeiro, sendo 76 por cento de mulheres, com idade média de
40 anos (DP = 10 anos), 45 por cento instituições públicas. Os instrumentos utilizados foram um levantamento sociodemográfico, com o objetivo de reconhecer a amostra,
um levantamento da experiência dos professores com o Ensino Remoto Emergencial (ERE), a Escala de Sentido no Trabalho, a Escala de Autoeficácia Ocupacional
– Versão Breve, a Escala de Engajamento no Trabalho de Utrecht, a Escala de Flexibilidade Psicológica no Trabalho, a Escala de Adição ao Trabalho e a Escala de
Burnout – 12. Para a análise dos dados foram empregadas análises das correlações
de Pearson, modelagem por equações estruturais e análise de moderação. Os resultados dos estudos indicam que as experiências com ERE foram fatores de risco para
a Adição ao Trabalho e que os recursos pessoais atuaram como fatores protetivos
ao Burnout em professores. Os resultados também sugerem que os recursos pessoais atuaram como antecedentes do engajamento no trabalho, e que a flexibilidade
psicológica atuou como variável moderadora da relação dos demais recursos com
o engajamento. Tais resultados podem ser relevantes para o desenvolvimento de
intervenções que contribuam para a promoção do bem-estar e para a prevenção do
adoecimento dos professores. / [en] This paper examines the relationships between personal resources and wellbeing at work in Brazilian teachers during the COVID-19 pandemic, and for this
purpose two studies were carried out. The studies were based on the Job Demands
and Resources Model, which suggests that personal resources can protect individuals against work-related stress. Personal resources examined in these studies include
occupational self-efficacy, meaningful work, and psychological flexibility at work.
While possible outcomes are burnout, work engagement and addiction to work. The
sample was composed of 111 teachers of Rio de Janeiro, 76 percent of whom were women, with an average age of 40 years (SD = 10 years), 45 percent from public institutions.
The instruments used were a sociodemographic survey, with the aim of recognizing
the sample, a survey of teachers experience with the ERE, the Work and Meaning
Inventory, the Occupational Self-Efficacy Scale – Brief Version, the Utrecht Work
Engagement Scale, the Psychological Flexibility at Work Scale, the Dutch Work
Addiction Scale and the Burnout Assessment Tool – 12. Pearson correlation
analysis, structural equation modeling and moderation analysis were used to
analyze the data. The results of the studies indicate that experiences with Emergency Remote Teaching were risk factors for workaholism and that personal resources acted as protective factors against burnout in teachers. The results also suggest
that personal resources acted as antecedents of work engagement, and that psychological flexibility acted as a moderating variable in the relationship between other
resources and engagement. Such results may be relevant for the development of
interventions that contribute to promoting well-being and preventing teachers from
becoming ill.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:66333 |
Date | 26 March 2024 |
Creators | LETÍCIA SCANDIANI SOAVE |
Contributors | LEONARDO FERNANDES MARTINS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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