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O ensino de linguagem entre a tradição e as perspectivas científicas: diretrizes para uma abordagem transdisciplinar

257 f. / Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-06-26T15:44:06Z
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Marcos Bispo dos Santos.pdf: 2449560 bytes, checksum: a9a09a5354b5d2edcee751069f7ae9e4 (MD5) / A constituição de uma disciplina curricular é resultado de um complexo processo que
envolve fatores de ordem social, científica e política. De determinada área do conhecimento
são selecionados objetos específicos destinados a cumprir uma função pedagógica no
quadro dos objetivos da educação. No caso do ensino de linguagem, os conteúdos sempre
foram recortados de uma tradição que hoje, após uma série de transformações históricas, é
comumente chamada de gramática tradicional. Na verdade, a redução de toda uma tradição
de estudos da linguagem, que se iniciou no campo da filosofia (estoica, platônica,
aristotélica) e logo se ramificou para os diversos campos da atividade humana, ocasiona uma
série de prejuízos para a compreensão desse mesmo objeto. Sabe-se que a gramática não
teve sempre o formato que se verifica nos diversos compêndios atuais. Nenhum de seus
conceitos se estabeleceu sem uma quantidade significativa de debates e mesmo hoje,
quando os estudos científicos da linguagem têm apontando uma série de incongruências em
praticamente todos os seus postulados, sua vitalidade ainda impressiona: é ela que ainda
constitui, empiricamente, a base do ensino de linguagem e que, apesar de suas
incontestáveis limitações, serve como ponto de partida para a abordagem científica. A
perspectiva científica instaurada pela Linguística, a partir do século XIX, põe em xeque o
paradigma tradicional e estabelece novas concepções de linguagem e, consequentemente,
novos objetos de estudo. Não tardou para que a nova ciência se tornasse a principal fonte de
consulta quando o assunto é ensino de linguagem. Ainda no quadro do paradigma científico,
a Linguística Aplicada que, inicialmente, se define como aplicadora de teorias linguísticas,
passa a defender uma concepção de ciência orientada para a resolução de problemas sociais
decorrentes do uso da linguagem em contextos de ação para, a posteriormente, assumir-se
como prática problematizante diante dessas mesmas questões. Este trabalho defende a tese
de que as críticas que os modelos científicos direcionam à condição atual do ensino de
linguagem não são suficientes para viabilizar as transformações no ensino demandadas pelo
mundo pós-moderno. Partindo do pressuposto de que as ciências sociais só se legitimam
quando interferem na sociedade, quando devolvem a essa sociedade a solução dos
problemas que a afetam e que constituem a razão de ser dessas ciências, tem como seus
grandes objetivos: (i) submeter as ciências da linguagem a essa reflexividade e, ao mesmo
tempo, propor questionamentos sobre sua relevância social, especificamente no campo do
ensino de linguagem; (ii) propor diretrizes gerais para o ensino de linguagem, uma totalidade
não totalitária capaz de funcionar como parâmetro norteador das pesquisas, fundada sobre
o tripé metodológico genealogia-arqueologia-transdisciplinaridade, entendido como a
alternativa coerente para fazer frente às demandas científicas e sociais decorrentes da
condição pós-moderna. / Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. Salvador-Ba, 2010.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/12041
Date27 June 2013
CreatorsSantos, Marcos Bispo dos
ContributorsCésar, América Lúcia Silva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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