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Relação entre variáveis físico-químicas e a concentração de leptospira patogênica em águas urbanas: estudo na comunidade de Pau da Lima, Salvador, BA

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Dissertação Vladimir Airam Querino.pdf: 1384661 bytes, checksum: 133efc11c812fd22f5fccc16357d4d36 (MD5) / A leptospirose é uma doença endêmica que apresenta grande importância à saúde
urbana. No Brasil aproximadamente 3.000 casos são notificados a cada ano,
principalmente em áreas pobres e com falta de políticas públicas. Por conta da grande
dificuldade de isolar o patógeno no meio ambiente, pesquisas são direcionadas no
diagnóstico humano e na transmissão através de animais. A compreensão da dinâmica da Leptospira na água e no solo, juntamente com o conhecimento de como os fatores ambientais podem afetar a sua sobrevivência e abundância, podem ser uma resposta para determinar o risco de transmissão da doença. Com o advento de técnicas da biologia molecular, é possível identificar a concentração de Leptospira patogênica em amostras de água. Tendo o objetivo de caracterizar a associação entre as variáveis físico-químicas com a concentração de Leptospira patogênica em águas urbanas, o presente estudo foi guiado por coletas de amostras de água em uma comunidade urbana, para aplicar qPCR e análises físico-químicas. O objetivo principal deste trabalho foi caracterizar a relação entre os fatores sazonais dos parâmetros de qualidade da água, com a concentração de Leptospira patogênica em águas urbanas. Para isso, os dados foram submetidos aos testes estatísticos (kruskal Wallis, MannWhitney e Ró de Spearman). Das 288 amostras coletadas, 4,5% foram positivas para Leptospira. O valor máximo da concentração de Leptospira patogênica foi de 432 GEq/mL. A temperatura variou entre 21ºC e 36ºC, apresentando uma mediana de 25ºC. O valor da mediana do pH foi 7,2 para os dois períodos. A turbidez variou entre
0,000NTU e 1,038NTU, a condutividade elétrica alcançou valores superiores a 1,000 μS/cm. A mediana da condutividade elétrica foi de 0,895μS e 0,921 μS para os
respectivos períodos, julho/2011 e janeiro/2012. O TDS e a salinidade tiveram
respectivamente, uma mediana nos valores 0,489 mg/L e 0,2o/oo. A taxa de positividade foi de 11(7,4%) amostras no turno da manhã do total de 148 e 2(1,4%)
amostras no turno da tarde do total de 140. O nível mais alto apresentou 3(7,5%)
amostras positivas, do total de 40, enquanto no nível médio 1(1,5%) amostra positiva, do total de 65 e por fim, no nível mais baixo do vale 9(5%) amostras foram positivas, do total de 183. O córrego com esgoto apresentou 10(6%) amostras positivas, do total de 167. Enquanto na matriz de água empoçada foi observado a positividade de 3(2,5%)
amostras, do total de 121.Das possíveis associações entre a concentração de
Leptospira com as variáveis físico-químicas, apenas a relação com o pH e turbidez foram positivas. E nenhum dos pares de correlação foi significativo, estatisticamente. Os pares condutividade elétrica/salinidade, condutividade elétrica/TDS e salinidade/TDS apresentaram correlação significativa. Comparando os dois períodos, apenas a temperatura e TDS apresentaram diferenças significativas. Comparando os dois turnos, a temperatura e pH mostram-se mais influenciadas pela variação diária. Todas as variáveis apresentaram diferença significativa entre os níveis do vale e entre as matrizes de água. A amplificação do gene lipL32, através da técnica qPCR apresentou um bom desempenho na detecção de Leptospira patogênica em amostras ambientais. A maior positividade de Leptospira durante o mês de julho está em concordância com a incidência da doença durante o mesmo período. É provável que a maior taxa de positividade de Leptospira no turno da manhã tenha ocorrido por conta do hábito noturno dos roedores. Os resultados obtidos não mostraram evidências que o
IX nível mais baixo do vale atua como um fator de risco para leptospirose, indicando que outros fatores podem estar contribuindo no risco da doença de acordo a moradia. Os dados apresentados não têm evidência estatística, que exista correlação significativa entre a concentração de Leptospira e as variáveis físico-químicas. Ainda assim é observado que as variáveis mensuradas pode influenciar na concentração do patógeno,
in vivo. Dentre todas as variáveis físico-químicas, a condutividade elétrica, a salinidade e o TDS foram as que apresentaram correlação significativa entre si. Com base nos resultados obtidos, foi evidenciado que existe diferença na concentração de Leptospira patogênica e variáveis físico-químicas em relação à variação espaço-temporal.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/18150
Date22 April 2014
CreatorsSilva, Vladimir Airam Querino da
ContributorsPerelo, Louisa Wessels, Costa, Federico, Oliveira, Iara Brandão de, Hagan, José
PublisherUniversidade Federal da Bahia. Escola Politécnica, Meio Ambiente, Águas e Saneamento, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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