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Bandeira livre: uma etnografia sobre os motoristas de táxi da cidade de São Salvador da Bahia

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1.9 BANDEIRA LIVRE_versão_FINAL_versão PDF.pdf: 5858375 bytes, checksum: 82ef620378a6e396317961bcb54febfe (MD5) / FAPESB / Bandeira Livre: uma etnografia sobre os motoristas de táxi da cidade de São
Salvador da Bahia trata do táxi, dos taxistas e das condições de seu uso nesta capital.
Como uma “janela de tempo” informo as condições que contribuíram para uma nova
forma de pensar e conceber esta “metrópole dos trópicos”, em termos de seu
planejamento urbano, da popularização do uso e do consumo de automovíeis como
meio de transporte e a consequente emergência de um grupo de trabalhadores, que
antecederam os taxistas, entre os anos de 1910-50, conhecidos por “choferes de praça”.
Os choferes de praça se tornaram portadores de valores modernos: deslocamento,
velocidade, sentimentos de liberdade e de autonomia, domínio do homem sobre as
máquinas. Se para os usuários, o carro de praça, em contraste com o bonde ou “jahus” –
representava a diferenciação de status, a individualidade de um grupo social que
desejava através do automóvel, o distanciamento daqueles que não fossem seus pares –,
para os choferes de praça, de origem não-abastada, em sua maioria – este tipo de serviço
significou uma forma de romper distâncias e fronteiras sociais. Em contrapartida, os
desmotorizados da cidade, se encontravam despreparados sensorialmente para enfrentar
esse novo estímulo, o trânsito e o tráfego. Com a produção nacional de automóveis
(1960-70 - fuscas/Volkswagen, sobretudo), ocorreu a padronização dos carros táxis no
Brasil. Em Salvador, esse processo se associou a uma política de cidade turística, que
tornou os táxis e os taxistas dessa cidade, indissociáveis de sua paisagem urbana e do
hábito de seu uso pelos citadinos. Com os Regulamentos que orientaram as formas de
exploração desse serviço de transporte na capital baiana (1980 e 1992), diversificaramse
os meios de ingresso e relação dos motoristas com a “indústria do táxi
soteropolitana”. A pesquisa etnográfica, nos pontos e filas de táxi tornou possível a
observação das disputas, dos conflitos, das estratégias, das negociações entre esses
trabalhadores do volante por espaço, usuários e corridas de táxi. Compreendendo o
interior dos carros táxi como “microcosmos sociais”, captando como se fossem “lentes
de aumento” variadas formas de se comportar, mover e consumir a cidade, os taxistas
devem ser considerados como importantes mediadores de relações sociais entre os
usuários e espaços em Salvador. De dia, de noite ou de madrugada, em meio ao
anonimato, a fugacidade dos encontros, os taxistas têm em si qualidades: a onipresença,
a ambiguidade, a adaptabilidade, a malícia; são responsáveis pelo movimento, pelo
intercâmbio social ou pelas situações consideradas transitórias. / Free flag: an ethnography on taxi drivers in the city of São Salvador da Bahia is
the taxi, the taxi drivers and the conditions of its use in the capital. As a “time window”
inform the conditions that contributed to a new form of thinking and design is
“metropolis of the tropics” in terms of its urban planning, the popularization of the use
and automovíeis consumption as a means of transport and the consequent emergence of
a group of workers, leading up to the taxi drivers, between the years of 1910-50, known
as “square Chauffeurs”. The square Chauffeurs have become carriers of modern values:
displacement, velocity, feelings of freedom and autonomy, man's dominion over the
machines. To users, car square in contrast to the tram or “jahus” represented the
differentiation status, individuality of a social group that wanted by the car, the distance
from those who were not his peers. For square Chauffeurs, non-wealthy origin, mostly
this kind of service meant a way of breaking distances and social boundaries. In
contrast, desmotorizados the city, they were unprepared to face this new sensory
stimulus, transit and traffic. With domestic production of cars (1960-70 - beetles /
Volkswagen, above), it was the standardization of cars taxis in Brazil. In Salvador, this
process is associated with a tourist city policy, which made the cabs and taxi drivers of
this city, inseparable from its urban landscape and the habit of their use by city dwellers.
With Regulations that guided forms of exploitation of the transport service in Salvador
(1980 and 1992), it has diversified the entry of media and a list of drivers with the
“soteropolitana taxi industry” Ethnographic research in points and taxi queues made
possible the observation of disputes, conflicts, strategies, negotiations between these
Flywheel workers space, users and taxi rides. Understanding inside the car taxi as
“social microcosms”, capturing as if they were “magnifying glass” different ways of
behaving, move and consume the city, taxi drivers should be considered as important
mediators of social relationships between users and spaces Savior. Day, night or dawn,
amid the anonymity, transience of meetings, taxi drivers have in them qualities:
omnipresence, ambiguity, adaptability, malice, responsible for movement, the social
exchange or the situations considered transitional.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/25974
Date02 September 2016
CreatorsMachado Junior, Edmundo Fonseca
ContributorsSansone, Lívio, Eckert, Cornélia, Magnani, José Guilherme Cantor, Rodrigues, Núbia Bento, Hita, Maria Gabriela
PublisherFaculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Antropologia, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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