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A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos

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SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf: 494903 bytes, checksum: 7b34f2954c34cb5b124312d0bf10540f (MD5) / Cada vez mais, as emissoras de televisão apostam na transmissão de informações por meio dos diálogos entre jornalistas e convidados: programas de entrevistas, de debates e telejornais, que modificaram a tradicional função dos apresentadores de ler as notícias, para transmiti-las através de uma conversa. A presente tese propõe-se a compreender os lugares, papéis e configurações da conversação nos programas jornalísticos televisivos que a utilizam como principal estratégia na relação com a audiência. Este estudo ancora-se nas formulações dos Estudos Culturais ingleses e latino-americanos como instrumento teórico-metodológico para pensar: primeiro, na conversação como estratégia de construção dos programas individualmente, o que foi feito por meio do conceito de modo de endereçamento, que diz respeito ao tom e estilo dos programas. Em segundo lugar, na relação entre o uso da conversação e estruturas mais amplas que norteiam os modos de leitura e escritura. Para isso, foi utilizado o conceito de gênero televisivo (e suas variantes, os subgêneros), concebido como uma estratégia de comunicabilidade histórica e socialmente formada. Por fim, foi necessário considerar que os recentes papéis da conversação no telejornalismo devem ser compreendidos a partir de uma dimensão processual, o que foi feito através do conceito de estrutura de sentimento, conceito dá conta dos movimentos de construção de um modelo dominante de telejornalismo e das possíveis alternativas que o tencionam. Para as análises foram selecionadas dez edições de seis programas da televisão brasileira: Observatório da Imprensa (TV Brasil), Roda Viva (TV Cultura), Jornal das Dez (Globo News), Bom Dia Brasil (Rede Globo), Sem Censura (TV Brasil) e Marília Gabriela Entrevista (GNT), gravados durante um período variado de 2006 a 2009. Por meio das análises, foi possível constatar pelo menos duas dimensões mais evidentes sobre a conversação no telejornalismo. Primeiro, o emprego da conversação como estratégia para que o jornalismo efetue seu papel na democracia promovendo uma arena de discussão de temas de interesse público. Associadas a esta dimensão, é recorrente o uso de expressões como “discussão” e “debate”, que ratificam um lugar discursivo de aprofundamento das informações, participação e busca pela verdade. Em segundo lugar, a conversação é apresentada à audiência como a forma verbal por meio da qual o jornalismo televisivo se aproxima do campo do entretenimento, possibilitando novas formas de recepção de seus produtos, baseadas na informação aliada à diversão e ao prazer. Nesse caso, a conversação provoca um efeito de espontaneidade, uma vez que a conversação em cena busca assemelhar-se às conversas casuais da vida cotidiana. A conclusão aponta três modelos em que a conversação se mostra mais evidente no telejornalismo - a conversa informativa, argumentativa e testemunhal – e o modo como essas práticas conversacionais empregadas pelos mediadores provocam transformações no telejornalismo: a retomada da matriz opinativa; a valorização dos testemunhos pessoais como prova de veracidade das informações; e uma inclinação do telejornalismo a uma temática voltada para o cotidiano.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/5121
Date11 January 2012
CreatorsMauricio, Fernanda
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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