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Uma abordagem de segurança adequada às ações de inteligência no ciberespaço

O pós-Guerra Fria, a globalização econômica e a popularização da Internet inseriram a prática de inteligência no rol de prioridades de governos e empresas. O ciberespaço tornou-se ao mesmo tempo facilitador e destino obrigatório na busca de inteligência. A postura clássica de inteligência perde eficácia no ciberespaço, e uma nova postura de segurança, adequada a este contexto, se faz necessária. Partindo da definição de componentes de segurança da informação dada por Marco Cepik (2003) buscar-se-á evidenciar que a postura que apresenta resultados tangíveis, deve ser pautada na aplicação do conceito de contrainteligência. Serão avaliados e classificados, sob esta categorização, os controles de segurança apresentados i) pelo padrão NIST (National Institute of Standards and Technology) SP-800-53 (rev3) e ii) pelo instituto SANS. Assim será possível concluir que os controles de segurança do tipo contrainteligência ainda são menosprezados no meio de segurança da informação. A análise do modus-operandi dos atancantes e a aplicação de uma prática de contrainteligência neste contexto, ilustrada através de um estudo de caso, permitirão concluir que controles deste tipo têm seu espaço na arquitetura de segurança da informação das organizações e podem trazer benefícios, principalmente quando os ativos da informação endereçados são equipamentos e a interferência humana é baixa. Para o caso de ataques que têm em sua concepção um forte direcionamento social, os controles de contrainteligência mostraram-se de aplicabilidade nula. Também será possível observar que estes controles não são a solução final para os problemas de segurança da informação. Estes devem ser parte da arquitetura de segurança da informação das organizações e devem estar integrados aos outros tipos de controles, onde, explorando-se o potencial de complementaridade, pode-se chegar a resultados interessantes. A última conclusão mostrará que diversas organizações não aplicam as tecnologias de segurança de forma adequada. Sem uma correta política de segurança da informação, sem a definição de processos e responsáveis, sem o adequado treinamento e capacitação de todos os funcionários da organização, o número registrado de incidentes de ciberespionagem continuará crescendo. Organizações neste nível precisam estabelecer as condições mínimas de segurança da informação antes de dedicar esforços para técnicas de contrainteligência. Neste sentido, uma abordagem inicial para uma ciberdoutrina será apresentada, complementada por uma política de governança de dados. Para as organizações que possuem uma infraestrutura de segurança avançada, os controles de segurança do tipo contrainteligência mostram-se adequados para utilização, trazendo benefícios diretos como: a redução do vazamento de informações relevantes; a oportunidade de rápida identificação das ações indesejadas, com potencial para identificação dos invasores; a redução de falsos-positivos; a redução do esforço de determinação de ataques pela menor geração de registros a serem processados; o aprendizado do modus-operandi dos atacantes; e a perda de interesse dos atacantes no alvo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:agregador.ibict.br.BDTD_ITA:oai:ita.br:2979
Date15 September 2011
CreatorsCaetano Spuldaro Neto
ContributorsSérgio Roberto Matiello Pellegrino, Jony Santellano
PublisherInstituto Tecnológico de Aeronáutica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA, instname:Instituto Tecnológico de Aeronáutica, instacron:ITA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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